domingo, 2 de dezembro de 2007



PSD: Menezes despreocupado com problemas do presidente da Câmara de Lisboa

2 de Dezembro de 2007, 19:30

Angra do Heroísmo, 02 Dez (Lusa) - O líder do PSD manifestou-se hoje "despreocupado com os problemas do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa", que ameaçou demitir-se se for recusada a contracção de um empréstimo que os vereadores social-democratas prometem chumbar".
"Os autarcas do PSD irão dizer o que pensam desse assunto porque são responsáveis, também não temos medo nenhum de eleições antecipadas em lugar nenhum do país e não recebemos ameaças de ninguém", sublinhou.
Luís Filipe Menezes, que falava em Angra do Heroísmo onde se encontra para presidir a um jantar de militantes social-democratas, disse ainda que "chegou a altura do primeiro-ministro José Sócrates deixar de correr pela Índia e regressar ao país onde a intranquilidade pública se está a tornar numa bandeira negativa".
Luís Filipe Menezes sustentou que "a nível internacional a nossa intranquilidade pública, com homicídios seguidos no grande Porto, bombas em viaturas em Lisboa e apreensão de droga no Algarve estão a prejudicar o turismo e a captação de investimento estrangeiro".
"É preciso que o primeiro-ministro tenha mão nesta situação e até no seu governo uma vez que o ministro do Ambiente afirmou que será ele a decidir onde é que é o futuro aeroporto de Lisboa".
Luís Filipe Menezes sublinha que "chegou a altura de José Sócrates perceber que o Governo está muito mau, que o país está a descambar e que tudo o que está a acontecer precisa de um primeiro-ministro ao leme".
O líder nacional dos social-democratas visitou no Hospital de Santo Espírito em Angra do Heroísmo, a médica obstetra Helena Lima, que se encontra acamada depois de uma lesão grave na coluna na sequência do acidente com um helicóptero 'EH101 Merlin' no aeródromo da ilha de São Jorge.
No dia 15 de Novembro "durante a operação de acomodação dos passageiros o aparelho efectuou um movimento brusco de subida e descida repentina", de acordo com um comunicado da unidade hospitalar.
O mesmo comunicado adiantava que tinham "ficado feridos dois bombeiros, duas enfermeiras, uma do Centro de Saúde das Velas (São Jorge) e a médica obstreta, esta com alguma gravidade, que obrigou ao seu internamento para observações".
A médica, de acordo com informações de fontes próximas do processo, terá de ficar acamada durante um ano.
Luís Filipe Menezes adiantou que "sendo amigo da médica" e estando de passagem pela Terceira "quis visitá-la para saber do seu estado de saúde e ouvir pessoalmente os factos sobre o acidente".
Sobre o facto de existirem alegadas dificuldades para accionar o seguro durante o tempo em que não pode trabalhar, o líder social-democrata apelou "ao bom senso para que estes exemplos salvaguardem situações futuras de que ninguém é injustamente prejudicado como ela está a ser".
"Penso que nesta circunstâncias o Governo Regional, Força Aérea Portuguesa (FAP) e administração do Hospital devem encontrar uma situação justa", acrescentou.
Segundo Luís Filipe Menezes "é preciso que no futuro todas as circunstâncias estejam salvaguardadas para que todos possam trabalhar em segurança sem correr riscos quanto ao seu futuro", sublinhou.
Sustentou ainda, sem especificar, que "é possível encontrar instrumentos que não prejudiquem a médica e a sua família".
Sobre a justificação da FAP em alegar "eventuais problemas no aparelho e não qualquer erro humano como causa do acidente", Luís Filipe Menezes realçou "os inestimáveis serviços prestados na região" ao mesmo tempo que "não deve haver receio de apurar todas as razões do acidente".
"Os acidentes em profissões de risco existem quase sempre, por isso, é necessário salvaguardar, quando acontecem, que não venham a existir prejuízos para as pessoas que dão o melhor de si, do seu saber e esforço para salvar outras vidas", finalizou.

JAS.

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