sexta-feira, 31 de outubro de 2008

José Vitorino de Pina Martins


Novo prémio para José Pina Martins


MARIA JOÃO CAETANO


Cultura.

Academia Pedro Hispano elege humanista

Casino da Figueira da Foz patrocina galardão no valor de 7500 euros

José Vitorino de Pina Martins, investigador do humanismo renascentista e antigo presidente da Academia das Ciências de Lisboa, actualmente como 88 anos, é o vencedor da primeira edição do Prémio Pedro Hispano. O prémio, atri buído pela Academia Pedro Hispano, pretende distinguir anualmente "uma pessoa da cultura no sentido mais lato da palavras, alguém ligado à ciência, às artes, às letras", explicou, ontem, à comunicação social, o escritor António Lobo Antunes, o mais destacado membro da Academia Pedro Hispano.

Esta academia é composta por oito amigos de longa data que, todas as semanas , se reúnem para almoçar e conversar. Vitorino e Janita Salomé, cantores, José Ribeiro, editor da Portugália, Henrique Castelo e José Manuel Franco, médicos, Aires Nascimento, professor universitário, e José Francisco, responsável comercial, são os outros elementos deste círculo. "Não há um presidente, somos todos pares", explicou Lobo Antunes. Sentam-se sempre no mesmo lugar da mesa e não pensam admitir mais membros. "Se não não conseguimos conversar."

Foi durante estes almoços que surgiu a ideia de um prémio que distinguisse uma figura portuguesa ou estrangeira pelo "contributo dado ao conhecimento da cultura portuguesa". "Funciona um pouco como a Academia Goncourt, que se encontra duas vezes por mês para almoçar e cujo prémio rapidamente se tornou o mais prestigiante na literatura francesa", acrescentou o escritor. "O espírito foi este."

Mas Lobo Antunes fez questão de sublinhar que o importante aqui não são os membros da academia mas sim a personalidade que decidiram premiar: a escolha de Pina Martins, ex-director do Centro Cultural Português da Gulbenkian em Paris, autor de estudos sobre personalidades como Sá de Miranda ou Thomas More, foi "imediata e unânime". Aires Nascimento sublinhou o seu "alto espírito humanístico" a "qualidade do seu trabalho de investigação".

O prémio será entregue no próximo dia 21 no Casino da Figueira da Foz, patrocinador do galardão no valor de 7500 euros.

"A Turma" de Laurent Cantet


"Este filme mostra o que se passa na escola"


EURICO DE BARROS

Entrevista.

Já está em exibição 'A Turma', de Laurent Cantet, que adapta o livro de François Bégaudeau ex-professor, jornalista e escritor, sobre um ano lectivo na vida de uma turma de um liceu de Paris. O filme deu à França a Palma de Ouro do Festival de Cannes. O DN entrevistou o realizador

A sua intenção inicial era realizar uma ficção sobre a escola, ou um documentário?

Sim, era uma ficção, e o que resta dela em A Turma é a história do jovem Souleymane e do conselho disciplinar a que ele é submetido. Mas li o livro do François Bégaudeau, depois conheci-o, percebi que se tratava de material documental interessante e propus-lhe interpretar a personagem do professor, que seria aquele que eu gostava de ter tido quando era estudante, e que corresponde ao que eu espero da escola.

E que é?

Um lugar onde se aprende, onde se adquirem conhecimentos, mas onde também aprendemos a pensar, a pensarmo-nos, a reflectirmos. É um lugar muito interessante de mostrar, e é também muito cinematográfico, por causa dos confrontos, dos diálogos, das tensões, da linguagem, que é o instrumento principal dos alunos, dos adolescentes, que lhes permite apropriarem-se do mundo. Temos que a ouvir bem.

E é uma palavra dita pelo professor e mal entendida pelos alunos que desencadeia o drama no filme e leva ao processo disciplinar a Souleymane...

Sim. Os professores também têm a sua linguagem e é preciso ver como é que essas duas linguagens, a deles e a dos alunos, conseguem coexistir. Por isso, a ideia de que a linguagem se tornasse no motor dos acontecimentos pareceu-me extremamente importante. Tudo se desencadeia a partir de uma palavra a mais dita pelo professor.

E isso ajuda também a mostrar a imperfeição dos professores. François é um bom professor, mas comete um deslize fatal, não é?

Exactamente. O professor não é um maître a penser imaculado, e ao meter-se numa justa verbal com os alunos - o que faz parte do seu quotidiano -, corre um grande risco.

Porquê este elenco com François Bégaudeau no papel dele mesmo, e alunos interpretados por alunos, professores e funcionários de um liceu parisiense, e até pelos pais daqueles?

Eu quis desde o início trabalhar com pessoas cuja vida estivesse em relação directa com as das personagens do filme: professores e alunos verdadeiros. E ir pedir a outro professor para fazer o papel de François, quando o tinha ali à mão, pareceu-me algo estranho.

E fez workshops com os alunos para eles poderem interpretar as suas respectivas personagens.

Sim, fizemos ateliers com eles todas as quartas-feiras à tarde ao longo do ano lectivo, nos quais improvisávamos em redor de situações que não eram as do filme, mas sim paralelas a ele, para que, quando fossemos rodar, eles não tivessem a impressão que estavam a repetir as interpretações. Cada quarta-feira, durante três horas, trabalhávamos as situações e discutíamo-las, víamos para onde podiam evoluir, eu dava-lhes indicações cada vez mais precisas. E filmava tudo, para não perder esse material e depois ver como poderíamos voltar a ele quando estivéssemos a escrever o argumento. Andámos sempre do computador para as imagens, e destas para o computador, numa roda viva.

O filme foi rodado mesmo no liceu?

Durante as férias de Verão desse ano escolar. Passámos oito meses a conhecermo-nos uns aos outros, a discutir e a criar as personagens em conjunto. Foi um trabalho decisivo para aquilo que se transformou no filme.

Ficou bem impressionado com o trabalho dos jovens?

Sim. Eu estou habituado a ter sempre actores não-profissionais nos meus filmes, por isso já me surpreendo menos do que outros realizadores perante uma situação destas. Sei que vou ter sempre surpresas muito boas. E a câmara intimida os jovens muito menos que os adultos. Não os formámos para serem actores, eles já eram o que são no filme. O que lhes demos foi método, hábitos de improvisação e modos de introduzir nessa improvisação aquilo que eu lhes pedia. Foi mais um treino.

Como definiria A Turma? É uma ficção documental? Um documentário ficcionado?

Eu diria que é uma ficção documentada, não documental. Fomos buscar as coisas à realidade, documentámo-nos e inspirámo-nos nela, mas depois refabricámos tudo. Gosto muito da recriação que fica muito próxima da realidade, mas nos possibilita olhar para ela, reflectir sobre ela, e não só repeti-la. E os alunos não estão necessariamente perto das personagens que interpretam, como é óbvio, não são iguais a elas.

A Turma não quer fazer doutrina sobre a escola, como tantos outros filme sobre o mesmo tema. Quer só mostrá-la por dentro.

Eu pensei este filme como uma resposta a todas as ideologias que asfixiam a escola. Quis abster-me de juízos de valor e apenas olhar e revelar o que lá se passa, fazer um estudo muito sistémico da escola, mostrar tudo aquilo que se joga lá dentro. E houve professores que tiveram dificuldades em receber um filme que é um espelho em que eles se revêem com algum embaraço. A minha ideia foi mostrar uma escola à imagem da sociedade que a rodeia, que faz parte do mundo e que repercute todos os seus problemas. E não podemos passar ao lado destes adolescentes, que são como uma panela em ebulição e são cada vez mais estigmatizados, reagindo com radicalismo aos estigmas. Esta panela pode explodir a qualquer momento, mas na escola também aprendemos a controlá-la.

Juan Muñoz


As escalas humanas de Juan Muñoz em Serralves


MARCOS CRUZ

Exposição. Retrospectiva póstuma do artista espanhol é hoje inaugurada

Mostra fica patente no museu portuense até 18 de Janeiro de 2009

Por estes dias, Serralves é um palco. A exposição Juan Muñoz: Uma Retrospectiva, no Museu de Arte Contemporânea, faz do visitante um espectador e um actor, passageiro ambivalente do dito palco. A apetência do artista espanhol (1953-2001) pela figura, frequentemente de inspiração humana, não é alheia a isso, a essa provocação de pôr o suposto observador, também, do outro lado do espelho.

A escala, no equilibrar e desequilibrar da relação obra-apreciador, é um elemento decisivo, com o qual Muñoz "brinca" a seu bel-prazer. Logo a abrir o corredor do percurso expositivo, explicitam-no pequenas varandas distribuídas pela parede junto a um letreiro de "hotel". O "transeunte" sente-se numa rua, de algum modo condicionado, na sua liberdade sensorial, pela situação cimeira das varandas - que, aí, não estão sequer ocupadas, dispensam esculturas de forma humana por dentro.

As gerações conceptuais já tinham declarado a morte da "personificação" da matéria esculpida quando o artista espanhol, ele sim precocemente morto, a ressuscitou com nova e nobre pertinência. Em termos artísticos, Muñoz é um filho da democracia, um dos primeiros no seu país, cujas tradições pictóricas, literárias, teatrais, cinematográficas e outras evoca abertamente, ainda que sujeitas à tensão grito/silêncio omnipresente nas suas propostas.

Por incluir obras-chave de todos os aspectos do trabalho de Juan Muñoz (escultura, instalação, desenho, som), por chegar a Serralves vinda de museus como a Tate Modern, de Londres (que co-produz, com a instituição portuense e a Sociedade Estatal para a Acção Cultural Exterior de Espanha) e o Guggenheim, de Bilbao, a exposição já seria uma "imposição". É-o, no entanto, também literalmente, ou não fosse a ambiguidade a sua matriz.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Adolfo Casais Monteiro

IV


Eu falo das casas e dos homens,
dos vivos e dos mortos:
do que passa e não volta nunca mais. . .
Não me venham dizer que estava matematicamente previsto,
ah, não me venham com teorias!
Eu vejo a desolação e a fome,
as angústias sem nome,
os pavores marcados para sempre nas faces trágicas das vítimas.
E sei que vejo, sei que imagino apenas uma ínfima,
uma insignificante parcela da tragédia.
Eu, se visse, não acreditava.
Se visse, dava em louco ou em profeta,
dava em chefe de bandidos, em salteador de estrada,
- mas não acreditava!

Olho os homens, as casas e os bichos.
Olho num pasmo sem limites,
e fico sem palavras,
na dor de serem homens que fizeram tudo isto:
esta pasta ensanguentada a que reduziram a terra inteira,
esta lama de sangue e alma,
de coisa e ser,
e pergunto numa angústia se ainda haverá alguma esperança,
se o ódio sequer servirá para alguma coisa. . .

Deixai-me chorar - e chorai!
As lágrimas lavarão ao menos a vergonha de estarmos vivos,
de termos sancionado com o nosso silêncio o crime feito instituição,
e enquanto chorarmos talvez julguemos nosso o drama,
por momentos será nosso um pouco do sofrimento alheio,
por um segundo seremos os mortos e os torturados, .
os aleijados para toda a vida, os loucos e os encarcerados,
seremos a terra podre de tanto cadáver,
seremos o sangue das árvores,
o ventre doloroso das casas saqueadas,
- sim, por um momento seremos a dor de tudo isto...

Eu não sei porque me caem as lágrimas,
porque tremo e que arrepio corre dentro de mim,
eu que não tenho parentes nem amigos na guerra,
eu que sou estrangeiro diante de tudo isto,
eu que estou na minha casa sossegada, .
eu que não tenho guerra à porta,
- eu porque tremo e soluço?

Quem chora em mim, dizei - quem chora em nós?

Tudo aqui vai como um rio farto de conhecer os seus meandros:
as ruas são ruas com gente e automóveis,
não há sereias a gritar pavores irreprimíveis,
e a miséria é a mesma miséria que já havia. . .
E se tudo é igual aos dias antigos,
apesar da Europa à nossa volta, exangue e mártir,
eu pergunto se não estaremos a sonhar que somos gente,
sem irmãos nem consciência, aqui enterrados vivos,
sem nada senão lágrimas que vêm tarde, e uma noite à volta,
uma noite em que nunca chega o alvor da madrugada...


Adolfo Casais Monteiro
Europa (1946)
Poesias Completas
Imprensa Nacional - Casa da Moeda

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

"Ensaio sobre a cegueira"

Cinema: ‘Ensaio sobre a cegueira’ estreia a 13 de Novembro

Saramago aplaude filme de Meirelles

Se é ou não uma adaptação fiel ao livro ‘Ensaio sobre a Cegueira’, pouco importa. Ou melhor: "É bom que o filme não tenha uma fidelidade excessiva senão está condenado. Um realizador é um criador, não um mero copista."
As palavras, sábias, são do Nobel da Literatura português, José Saramago, 85 anos, proferidas ontem em conferência de Imprensa, em Lisboa.
Saramago viu o filme ‘Ensaio sobre a Cegueira’ – a primeira versão antes da montagem final que hoje antestreia no Freeport de Alcochete – e gostou. "Emocionei-me quase tanto como quando acabei de escrever o livro", garante o autor sobre o filme homónimo do seu best-seller, realizado pelo brasileiro Fernando Meirelles.
Uma cena, em especial, impressionou o Nobel: "Através de uma janela, vê-se uma fila de mulheres que vão buscar comida a troco de sexo. Está ali a evolução das mulheres, aparentemente submissas, mas carregadas de uma dignidade que o homem não conhece", especifica Saramago.
A cena resume o espírito de Meirelles nesta adaptação de Don McKellar (argumentista e actor no filme). "São imagens que se dissolvem no branco, desfocadas, enquadramentos errados. É como se a imagem não fosse confiável", explica o cineasta de ‘Cidade de Deus’ e de ‘Fiel Jardineiro’, para esclarecer o objectivo das filmagens. As mesmas que diariamente ia descrevendo num blogue e cujas crónicas lança agora em livro – ‘Diário de Blindness’.
Orçado em 19,8 milhões de euros e co-produzido pelo Canadá, Brasil e Japão, ‘Ensaio sobre a Cegueira’ (‘Blindness’) estreia em Portugal a 13 de Novembro. Ao espectador, um aviso: "É um filme violento, mas tinha de ser", diz Saramago. "Porém, a violência não é explícita", frisa Meirelles.
No final, fica um aplauso para este ‘murro no estômago’ que nos dá esta metáfora da cegueira temporária... e que nos faz ver mais além. Como o livro.

REACÇÕES DIVERGENTES

Ou se ama, ou se odeia. Apresentado no Festival de Cinema de Cannes, ‘Ensaio sobre a Cegueira’ foi recebido perante uma sala gélida. E não arrancou aplausos aos críticos presentes. Já no Brasil, um dos poucos países onde já se estreou (a par dos Estados Unidos), as expectativas foram excedidas. "Esperávamos 300 mil espectadores e 900 mil pessoas já foram ver o filme", contabiliza Meirelles. Ao contrário, nos EUA, a adesão tem sido fraca. "Talvez não seja o momento", diz o produtor Niv Fishman, apontando o dedo à crise financeira, a mesma pela qual Saramago culpa os bancos. Hoje, às 22h00, o filme antestreia em Alcochete. Além do autor, cineasta, produtor e argumentista, estará presente o actor Gael García Bernal.

Sofia Canelas de Castro

Terra

Humanidade necessita de dois planetas Terra

Pegada ecológica portuguesa é a 28.ª em 151 países, mas capacidade biológica é muito baixa

ALFREDO MAIA

Se a Humanidade mantiver o gasto de recursos naturais em 2030, dentro de duas décadas serão necessários dois planetas Terra para manter o nosso estilo de vida. Portugal não foge à regra: consome mais do que pode.

Segundo o Relatório Planeta Vivo 2008, divulgado de dois em dois anos pelo Fundo Mundial para a natureza (WWF), mais de três quartos da população mundial já vivem em países com défice ecológico, ou seja o gasto médio de recursos é superior à capacidade de os produzir.

Portugal tem uma pegada ecológica de 4,4 hectares (ha) por habitante, ou seja, esta é a área em terra e mar "ocupados" por cada pessoa para produzir os recursos naturais de que necessita para manter o seu estilo de vida.

Num lista de 151 países, Portugal figura em 28.º lugar na pegada ecológica, longe da média global mundial de 2,7ha. Mas fica em 95.º no que toca à biocapacidade (área disponível para produzir recursos e reter emissões de dióxido de carbono), que é de apenas 1,2 ha per capita (contra em média global de 2,1 ha).

Feitas as contas, a pegada ecológica, portanto a pressão sobre os recursos naturais, é quatro vezes superior à capacidade biológica do país. "Seriam necessários dois planetas para manter o padrão médio de consumo de cada português", nota o WWF.

A situação agrava-se quanto à pegada da água, usada pela primeira vez pela organização, que avalia as necessidades deste recurso para produzir bens e produtos. Enquanto o "consumo" médio per capita mundial é de 1,24 milhões de litros de água e por ano, em Portugal esse indicador é considerado preocupante: 2,26 milhões de litros por pessoa/ano. E é preocupante por o país se encontrar na bacia do Mediterrâneo, onde se localizam cinco dos dez países com a pegada da água mais alta.

O consumo mais alto pertence aos Estados Unidos da América (EUA), com 2,48 milhões de litros por pessoa/ano. Os EUA estão aliás no clube dos países com maiores pegadas ecológicas, que são, tal como as da China, superiores em 21% à respectiva biocapacidade. Com uma pegada ecológica média de 9,4 ha, os EUA necessitariam de 4,5 planetas e registam uma pegada 1,8 vezes superior à capacidade biológica, o que traduz um importante défice. A China (com 2,3 vezes) e a Índia (2,2 vezes), porém, suplantam os EUA, vinca o WWF, cujo relatório aborda também a biodiversidade.

Museus

30 mil imagens de colecções de museus e palácios nacionais na Net

Por Liliana Lopes - ljcc05054@icicom.up.pt
Publicado: 28.10.2008

Instituto dos Museus e da Conservação lança MatrizPix.
Cerca de 30 museus aderiram à iniciativa.

O projecto MatrizPix, empreendido pelo Instituto dos Museus e da Conservação e realizado no âmbito do Programa Operacional da Cultura e no quadro da utilização das novas tecnologias da informação para acesso à cultura, foi apresentado, esta terça-feira, no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa.

O principal objectivo é promover o acesso ao património cultural móvel nacional e reforçar a presença dos museus e palácios nacionais na Web, permitindo a investigadores, estudantes, museus, editoras e outras entidades pesquisar e encomendar as imagens sem precisar de mais do que um computador.

Segundo o Instituto dos Museus e da Conservação, ficarão disponíveis pela primeira vez ao público na Internet cerca de 30 mil imagens das colecções dos museus e palácios nacionais.

No total, foram cerca de 30 os museus que aderiram a esta iniciativa, entre os quais os museus de Aveiro e Guarda e os museus nacionais de Arqueologia, Arte Antiga e Teatro.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Vibrações


Les frottements du morceau d'acier sur le bâton fiché dans le sol provoquent des vibrations dans le sol que les vers confondent avec celles des taupes creusant leur galerie. (Catania/ PLoS ONE


Des vibrations qui font fuir le ver hors de terre
NOUVELOBS.COM 21.10.2008 15:18

Pourquoi les vers de terre remontent-ils vers la surface lorsque des êtres humains en quête d’appâts font vibrer le sol ? Cruelle ironie de l’histoire, les nématodes fuient ce qu’ils croient être un prédateur souterrain…
C’est un point commun entre certaines tortues, certaines mouettes et certains êtres humains : ils ont compris qu’en tapant le sol avec la patte ou en créant par d’autres moyens des vibrations dans le sol, ils feraient émerger des nématodes –repas pour les uns, appât de pêche pour les autres. Qu’est-ce qui fait sortir ces vers de terre ? La peur de la taupe, répond aujourd’hui le biologiste américain Ken Catania, de l’université de Vanderbilt (Tennessee). Deux hypothèses avaient été émises pour expliquer ce phénomène : soit ces vibrations étaient interprétées par les vers comme étant une forte pluie susceptible de les noyer, soit comme étant une taupe voulant faire d’eux leur repas. Spécialiste de ces animaux aveugles, et notamment de la taupe au nez étoilé (le condylure), Catania s’est rendu dans la forêt d’Apalichicola, en Floride, où la pratique appelée «worm grunting» est très répandue. Il s’agit de planter un bâton de bois dans le sol et de frotter un long morceau d’acier sur le bout du bâton pour produire des vibrations –et un bruit proche du grognement d’ours pour l’oreille humaine (voir la vidéo sur le site de Catania). Des centaines de vers peuvent ainsi être récupérés en une seule journée. Les autorités locales ont été obligées de réglementer cette ‘’chasse’’ pour éviter que la population de Diplocardia mississippiensis, un grand et gros ver, soit décimée. Les zones de la forêt où cette pratique est très rentable sont aussi des zones truffées de taupes, a observé Catania. A l’aide d’un dispositif expérimental, le biologiste a pu vérifier que la pluie ne faisait remonter à la surface que quelques vers, alors que l’arrivée d’une taupe provoquait une sorte de panique et faisait rapidement affluer les nématodes à la surface, loin de la source des vibrations. Plus près aussi d’autres prédateurs…


C.D.

Sciences et Avenir.com 21/10/08

domingo, 26 de outubro de 2008

sábado, 25 de outubro de 2008

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Morte virtual

JAPONESA PRESA POR MATAR MARIDO VIRTUAL


Divórcio e assassínio virtuais dão prisão real

Uma japonesa de 43 anos está presa por ter entrado na conta do marido virtual e ter assassinado a seu personagem. A acção desenrolou-se em Maple Story, um jogo online.
A mulher, furiosa com o divórcio online, decidiu assassinar o avatar do marido online. A vítima do assassínio virtual apresentou queixa na polícia, que neste momento tem a mulher detida numa esquadra em Sapporo, Japão.
A mulher é acusada de acesso ilegal a um computador e manipulação de informação electrónica e está sujeita a uma pena de prisão de cinco anos ou cinco mil dólares de multa.
A “assassina virtual” mora em Miyazaki e teve de percorrer quase mil quilómetros para ficar detida em Sapporo, onde mora na realidade o seu marido virtual.

Americanos
















O fim dos blogs?

Especialista diz que «blogs estão a morrer». Concorda?

Especialista diz que é melhor usar redes sociais como Flickr, Facebook, Twitter ou YouTube

«Os blogs estão a morrer, estão ultrapassados». A afirmação, que já está a gerar polémica no meio digital, e não só, é de Paul Boutin, um especialista em Internet, na edição digital da revista Wired. Boutin vai mais longe e dá mesmo um «conselho de amigo»: «Se está a pensar em criar um blog, não o faça. E caso já tenha um, encerre-o».

Para o especialista, o modelo está ultrapassado. «Escrever um blog hoje não é tão boa ideias como era há quatro anos porque a blogosfera se encheu de lixo», diz o especialista, «o que torna muito difícil fazer-se notar». «Só os bloggers profissionais conseguem sobressair», adianta.

Um exemplo desta realidade é o facto de a lista dos 100 blogs mais populares da lista do Technorati (motor de busca de blogs) estar cheia de bloggers e equipas que escrevem por dinheiro, «chegando aos 30 posts por dia».

«Então, para quê dar-se ao trabalho?», questiona Boutin, que recomenda aos bloggers que se expressem no Flickr, Facebook, Twitter ou YouTube. «Vivemos na era multimédia», recorda o especialista, que diz que o modelo dos blogs está «ultrapassado». Além disso, «falta-lhes o aspecto social», que são a essência de formatos como o Twitter, Flickr ou YouTube.

Mas se realmente os blogs estão a morrer, o funeral será complicado, dados que as estatísticas apontam para a existência de mais 77 milhões em toda a web. O próprio Paul Boutin é autor de um... resta saber se o encerrará também.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Gato fedorento- Entrevista a Alberto Joao Jardim

eheheheh

Sibel Can - Yalnizlar Treni

Com olhos cor de água.

India na Lua e plantas especiais

http://news.bbc.co.uk/1/hi/sci/tech/7644242.stm
http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/asia-pacific/7681966.stm
http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/south_asia/7683368.stm

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Annie Lennox - Waiting in Vain

OVNI

Ministério da Defesa Britânico divulga documentos sobre avistamentos de OVNIs


Luisaparicio , Sexta, 4 de Janeiro de 2008 (19:21:39)


Ricardo Cardoso escreve: No verão passado, o Ministério da Defesa Britânico divulgou arquivos sobre avistamentos de OVNIs que contêm relatos de testemunhas da região de Lothians, a proximidade da cidade de Edimburgo, na Escócia.

Os arquivos divulgados dizem respeito a 22 casos de avistamentos de misteriosos objectos que ocorreram na última década (desde Abril de 1998), e que foram, em grande parte, investigados por peritos em aeronáutica, cujos serviços foram solicitados pelo Ministério da Defesa Britânico.

Apesar de alguns dos casos investigados terem sido atribuídos a causas naturais ou a erros de interpretação por parte das testemunhas, não foi encontrada nenhuma explicação racional para outros e investigadores em ovnilogia têm afirmado que alguns desses incidentes podem, de facto, envolver objectos de origem extraterrestre.

Um porta-voz do Ministério da Defesa Britânico afirmou: “O Ministério da Defesa examina todos os relatos de avistamentos de OVNIs que recebe apenas para estabelecer se pode haver evidências de que o espaço aéreo do Reino-Unido possa estar a ser ameçado por alguma actividade aérea hostil ou não autorizada. A não ser que haja evidências ou provas, o Ministério da Defesa não faz qualquer tentativa para identificar o que foi visto pelas testemunhas.”

Os investigadores em fenómenos paranormais Ron Halliday e Harry Sommerville, respectivamente dirigentes da “Scottish Earth Mysteries Research” e da “East 2 West UFO Society”, e que têm investigado alguns casos de avistamentos na região de Lothians, foram intervistados pela comunicação social. Afirmaram que os dados revelados pelo Ministério da Defesa Britânico representam “apenas uma fracção” dos relatos de OVNIs registados na região referida, admitindo que alguns dos avistamentos podem provavelmente ser explicados por erros de interpretação por parte das testemunhas, havendo no entanto casos difíceis de explicar, para os quais não se consegue encontrar explicação racional.

Muitas pessoas alegam, de facto, ter observado, na região de Lothians, e no decorrer da última década, 'flashes' de luzes, discos de forma ovalada e objectos triangulares. Alguns desses objectos incomuns foram observados em plena luz do dia, até mesmo fotografados pelas testemunhas e muitas das descrições de testemunhas independentes são consistentes entre elas. Como afirmou Harry Sommerville aos jornalistas: “Se são naves alienígenas ou não é outra questão, mas são definitavamente incidentes nos quais ninguém foi capaz de identificar os objectos em questão.”

Por seu lado, Ron Halliday declarou que a região de Lothians é um dos principais 'hotspots' do país, onde “parece realmente haver muita actividade.”
“O Ministério da Defesa costumava ignorar os relatos de avistamentos de objectos misteriosos, razão pela qual poucos casos foram agora divulgados. As pessoas não pensam em contactar o Ministério da Defesa porque julgam que os seus relatos não serão levados a sério e que os incidentes não serão devidamente investigados. Contudo, a divulgação destes casos mostra que o governo está a começar a interessar-se seriamente pelo assunto. Revelaram estes casos agora e devem certamente estar a investigar alguns deles”, acrescentou.

O caso mais famoso da região de Lothians, que é também um dos mais bem documentados e que, ainda hoje, desafia as explicações racionais, ocorreu a 9 de Novembro de 1979.
A testemunha deste caso, Bob Taylor, guarda florestal, tinha estacionado sua carrinha perto de Dechmont Law, em West Lothian, para seguir caminho a pé em companhia do seu cão. A certa altura, emergiu numa clareira onde estava pousado um objecto em forma de esfera com cerca de 7 metros de envergadura, que lhe pareceu ser feito de um material metálico preto cuja superfície parecia ter uma textura rugosa. Conforme se aproximou do objecto, duas esferas com cerca de 1 metro de diâmetro, e com protuberâncias metálicas, parecidas com as minas que a marinha utilizava há decadas, emergiram dele e, apesar do seu cão estar a ladrar furiosamente, dirigiram-se na sua direcção.
Bob Taylor relatou ter depois acordado com a cabeça pesada, a garganta dorida e um sabor esquesito na boca, sem se lembrar do que lhe terá acontecido entre o momento em que viu as duas esferas a aproximarem-se dele e o momento em que acordou. Ter-se-ia apercebido que tinha ficado inconsciente durante cerca de 20 minutos.
Este foi, até agora, o único caso nas Ilhas Britânicas onde um acontecimento envolvendo objectos voadores não identificados foi objecto de uma investigação criminal.

http://www.apovni.org/modules.php?name=News&file=article&sid=783

Links (nos quais poderão também consultar uma lista sumária dos 22 casos de avistamentos divulgados pelo Ministério da Defesa Britânico):
http://news.scotsman.com/latestnews/Lothian-XFiles-revealed.3312593.jp
http://www.afterlifenews.com/a/1359.html

OVNI


Ministério da Defesa britânico diz que afinal eles não andam aí



"Está alguém aí fora?" Provavelmente... não. Segundo um relatório confidencial do Ministério da Defesa britânico, afinal, parece que "eles não andam aí". O documento - mantido secreto há seis anos e agora divulgado pela primeira vez - conclui que não há provas da visita de extraterrestres ao Planeta Azul e reduz muitos objectos voadores não identificados (ovnis) a fenómenos naturais mais ou menos bizarros. Explicações que não convencem todos.

O estudo, intitulado "Fenómenos Aéreos Não Identificados no Reino Unido", iniciou-se em 1996. Mas foram precisos quatro anos para que os peritos de uma célula especial do Ministério da Defesa conseguissem analisar os mais de dez mil relatos de testemunhas - muitas delas militares. Em 2000, as conclusões sobre as observações de objectos voadores não identificados (ovnis) foram reunidas finalmente num documento com mais de 400 páginas e o dossier rotulado como "Secreto: Apenas para o Reino Unido". Até agora.

O documento veio a público graças a um requerimento de David Clarke, um investigador da Sheffield Hallam University, que obteve acesso ao relatório ao abrigo da lei que regula a liberdade de informação no Reino Unido.

"Não há provas que sugiram que os fenómenos observados são hostis ou estão sujeitos a qualquer tipo de controlo que não o das forças físicas naturais", lê-se no relatório confidencial, citado ontem pela BBC.

Para as milhares de pessoas que juram ter avistado estranhas luzes e formas no céu, o documento explica: "Há provas consideráveis que apoiam a tese de que os eventos são quase de certeza atribuíveis a fenómenos físicos, eléctricos e magnéticos, na atmosfera, mesosfera e ionosfera." O que acontece, diz o autor - cuja identidade permanece secreta -, é que eles parecem ter origem em condições "observadas com tão pouca frequência, que se tornam únicas para a maioria dos observadores."
E até para aqueles que contam ter vivido experiências estranhas, depois de um "encontro imediato" com um ovni, o relatório oferece uma explicação científica. "A aproximação a campos de plasma pode ter efeitos adversos sobre um veículo ou uma pessoa." Mais: a medicina prova que a exposição a este tipo de campos pode "gerar respostas no lóbulo temporal do cérebro humano", que fazem com que o observador faça uma "descrição, vívida mas incorrecta, do que experienciou".

Na lista de possíveis causas para a existência de ovnis estão ainda os aviões com luzes particularmente brilhantes, os balões meteorológicos ou mesmo estranhos bandos de pássaros. Explicações que, no entanto, estão longe de gerar consenso entre os que se dedicam ao estudo do fenómeno (ver texto ao lado).

Independentemente de se acreditar ou não nas conclusões do relatório, uma coisa é certa: o mistério que envolveu a sua elaboração e o manteve incógnito durante seis anos permanece por explicar.

"Porquê este secretismo? O relatório esclarece muitos rumores em torno dos ovnis e não há razão para não ter vindo a público mais cedo", estranha David Clarke, citado pelo The Guardian, estimando que a iniciativa do governo terá custado mais de 146 mil euros.

As dúvidas quanto à natureza confidencial do documento não parecem, no entanto, preocupar os responsáveis britânicos. Um porta-voz do ministério da Defesa negou que tenha existido qualquer intenção em esconder o relatório, até porque as conclusões são as mesmas que as de um outro documento - Flying Saucer Working Party -, produzido por um grupo de cientistas e militares em 1952 e já tornado público: "Não me parece que tenha ocorrido aos responsáveis que alguém poderia ter particular interesse nisto", afirmou. E, acrescenta, não estão previstos mais estudos sobre o assunto.


Mão biónica

Mão biónica implantada em pasteleiro amputado

PAULO JULIÃO, Viana do Castelo


A primeira mão biónica colocada num português já serviu ontem para pegar num copo de água, perante a "surpresa" e "mistura de sentimentos" descritos por João Carlos Pereira, de 32 anos, após uma intervenção que levou cerca de cinco horas, realizada no Centro de Reabilitação Profissional de Gaia (CRPG).
"Espectacular. É algo que não sonhava poder fazer há alguns anos", confessou ao DN, já de regresso a casa, em Arcos de Valdevez, onde lhe esperam algumas semanas de adaptação à nova mão esquerda. "Vamos ver como é que o corpo vai reagir, mas estou muito optimista. Já hoje consegui fazer coisas que não pensava poder fazer." Para além de escrever num computador ou mandar mensagens, João Pereira experimentou pegar num copo de água. "Com a prótese que tinha esmagava o copo. Com a mão biónica há outra sensibilidade e foi quase perfeito", explicou.
Pasteleiro de profissão, João Pereira, amputado da mão esquerda, tornou-se ontem no primeiro português com uma mão biónica, ou seja, uma mão eléctrica que lhe permitirá realizar movimentos com todos os dedos.
"Tenho pela frente um período de adaptação e de muito treino. Tenho que apreender de novo a mexer com a mão", explicou o pasteleiro, que perdeu a mão esquerda e o polegar da direita quando tinha sete anos, num acidente com um foguete, nas festas de Prozelo, Arcos de Valdevez.
Entre as novas "rotineiras" tarefas ao seu alcance, João Pereira sublinha a capacidade para utilizar talheres e atar os cordões dos sapatos, como aquelas que "por parecerem pormenor" mais significado terão na sua nova vida.
"Vou continuar a ter algumas limitações, mas tudo será diferente a partir de agora", afirma.
O CRPG foi responsável por todo o processo técnico, que envolveu treino e adaptações, até que ontem culminou com a colocação da mão biónica. Foram ainda necessários exames para testar os tendões, tirar as medidas e fazer o gesso. Até que, por fim, os encaixes "batiam certo". Emília Mendes, técnica de reabilitação do centro de Gaia, explicou que a mão biónica entregue a João Pereira, distingue-se das restantes próteses eléctricas convencionais por permitir "o movimento harmonioso de todos os dedos da mão e a rotação do polegar". Foi desenvolvida por um grupo de investigadores escoceses, sendo composta por cinco motores independentes -um por cada dedo da mão. Segundo Emília Mendes, cada dedo pode suportar até oito quilos e a mão permite dobrar, tocar, apanhar e apontar, aproximando-se dos movimentos da mão humana.

Internet gratuita...

Bairro de Lisboa com Net livre durante um mês

MARIA JOÃO ESPADINHA

Campo de Ourique tem 300 locais de acesso 'wireless'


Quem passar por Campo de Ourique, em Lisboa, e tiver um portátil poderá aceder à Internet de forma gratuita, pelo menos durante um mês. É que a Zon Multimédia (proprietária da TV Cabo) lançou um projecto no bairro no âmbito da Zon@Fon, uma comunidade wireless, criando 300 hotspots, locais de acesso à Internet sem fios. Para que as pessoas possam navegar gratuitamente, a empresa disponibiliza "largos milhares de passes de acesso". Ou seja, "durante o próximo mês, quem quiser navegar em Campo de Ourique pode fazê-lo gratuitamente", explicou ao DN Nuno Sanches, director de produto Internet da Zon.Esta rede é constituída pela própria comunidade, e quem quiser usufruir de Internet sem fios a custo zero, em qualquer sítio do mundo onde exista um hotspot, tem de ser cliente da Zon (Internet residencial) e adquirir um router, que actualmente custa 39,90 euros. Este equipamento cria um novo hotspot e permite multiplicar a cobertura da rede. "É um serviço de partilha, pois cada pessoa que utiliza a rede aumenta-a", salienta o responsável.
Actualmente, existem em Portugal três mil hotspots da Zon@Fon, já que a empresa fez este ano uma parceria com a Fon, comunidade mundial de Internet sem fios. O objectivo da Zon Multimédia é atingir os "100 mil hotspots em três anos", afirma Nuno Sanches.
Campo de Ourique foi o primeiro local escolhido para a promoção da rede pois "é um dos bairros com mais identidade em Lisboa", além de ser um local com "grande movimento", o ideal para testar a rede, salienta o responsável da Zon. A empresa está já a estudar outros locais, em Portugal, onde irá desenvolver projectos similares para dar a conhecer a rede e criar mais hotspots. "Têm de ser áreas com turistas, pessoas que trabalhem com portáteis ou estudantes", diz Nuno Sanches. "A próxima será provavelmente fora de Lisboa", adianta.

OVNI

Avião comercial escapou a embate com óvni em Heathrow


00h30m
RITA JORDÃO, CORRESPONDENTE EM LONDRES


Um avião comercial esteve prestes a embater com um objecto voador não identificado, poucos momentos antes de aterrar no aeroporto de Heathrow, revelam os mais recentes ficheiros esta segunda-feira publicados pelo Ministério da Defesa britânico.
O voo em causa, operado pela Alitalia, aterrava em Londres em 1991 e foi o próprio piloto que alertou para um objecto voador desconhecido. O comandante do aparelho assustou-se tanto com o que viu que gritou "cuidado!" para o co-piloto.
Na altura, o caso foi investigado pela Autoridade de Aviação Civil e pelo Exército. Mas o dossiê acabou por ser arquivado sem que se explicasse a origem do objecto de cor castanha e em forma de míssil que quase embateu contra o aparelho.
As hipóteses de um balão, míssil ou rocket foram, no entanto, afastadas. O mistério é um dos muitos avistamentos relatados nos ficheiros - até agora mantidos em segredo - que, ontem, foram disponibilizados ao público atraves da Internet e que podem ser consultados no site do arquivo nacional britânico.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Pegadas humanas

Les plus vieilles empreintes humaines ont 345.000 ans


NOUVELOBS.COM 16.10.2008 17:21


Une nouvelle radiodatation confirme que les empreintes découvertes dans les cendres d’un volcan italien sont les plus anciennes traces de pas humains connues.
Les empreintes laissées par des hommes archaïques il y a 345.000 ans sur les pentes du volcan Roccamonfina. (Scaillet/ Elsevier)Les plus anciennes empreintes connues de pieds humains ont été laissées il y a 345.000 ans dans des cendres volcaniques, dans le sud de l’Italie, sur les pentes du volcan Roccamonfina. Une nouvelle datation de cette couche de cendres réalisée par des chercheurs français confirment l’antériorité des ces empreintes, 56 marques de pas au total formant trois pistes sur les flancs du volcan. Le paléontologue italien Paolo Mietto a publié en 2003 dans la revue Nature la description de ces empreintes de 20 cm de long pour 10 de large. Leur âge était alors estimé entre 325.000 et 385.000 ans. Stéphane Scaillet et ses collègues du Laboratoire des sciences du climat et de l’environnement (LSCE) de Gif-sur-Yvette, ont daté l’écoulement pyroclastique dans lequel ont été imprimé les pas avec la méthode de radiodatation argon 39 /argon 40. Ils établissent ainsi l’âge des empreintes à 345.000 ans (avec une fourchette d’erreur de plus ou moins 6.000 ans). Ces travaux seront prochainement publiés dans les Earth and Planetary Science Letters. Les hominidés qui ont marché dans les cendres volcaniques encore ‘’fraîches’’ du Roccamonfina mesuraient environ 1,35 mètre, précisent les chercheurs, et étaient parfaitement bipèdes. D’après l’âge des empreintes, on peut penser qu’elles ont été laissées par des représentants de l’espèce Homo heidelbergensis, qui a précédé sur le Vieux continent l’Homo neandertalensis et l’Homo sapiens.

Cécile Dumas

Sciences et Avenir.com

16/10/08

Internet e neurónios

Chercher sur le Net, un bon moteur pour les neurones


NOUVELOBS.COM 16.10.2008 15:44


L’utilisation des moteurs de recherche sur internet est vivement recommandée pour tous ceux qui veulent faire travailler leurs neurones et développer leurs capacités cérébrales. Grâce à l’IRM fonctionnelle, qui permet de mesurer l’activité cérébrale en direct, des chercheurs de l’Université de Californie ont constaté que la recherche d’informations sur internet favorisait le développement de circuits cérébraux impliqués dans le raisonnement et la prise de décision. L’équipe de Gary Small a comparé deux groupes d’une douzaine de volontaires âgés de 55 à 76 ans, de niveau socioculturel équivalent. Le premier groupe était rompu à l’utilisation des moteurs de recherche sur internet, l’autre était novice en la matière.Les chercheurs ont d’abord étudié l’activité cérébrale des volontaires pendant qu’ils lisaient un livre. Tous avaient alors une activité neuronale comparable, mobilisant les mêmes aires du cerveau. En revanche, au cours de la recherche sur internet, les volontaires expérimentés se sont distingués par une plus grande activité cérébrale et l’utilisation de zones du cortex (frontal, temporal et cingulé) que les novices ne mobilisaient pas au cours de ces recherches.Cette activité mobiliserait dont davantage de circuits neuronaux que la lecture, sans doute à cause de la nécessité de faire des choix, de décider de poursuivre sur telle ou telle page web, suggèrent les chercheurs. Un peu de recherche quotidienne sur internet pourrait donc maintenir et même améliorer les fonctions cognitives et lutter contre les effets du vieillissement sur notre cerveau, conclut Gary Small.

Cécile Dumas

Sciences et Avenir.com16/10/08

Ao microscópio



Les diatomées comme vous ne les avez jamais vues


NOUVELOBS.COM 16.10.2008 18:07

Nanotubes de carbone, cristaux de vitamine C, molécule anticancéreuse, fibres de papier ou diatomées, les photo-micrographies distinguées par le concours Nikon Small World donnent à voir un monde d’ordinaire inaccessible, ne s’offrant qu’à la vue des microscopes.

Pour réaliser cette image de diatomées marines du genre Pleurosigma, qui a reçu cette année le premier prix, Michael Stringer a joué sur la disposition de ces algues microscopiques unicellulaires, sur les contrastes et les couleurs. Retraité de l’ophtalmologie, passionné par les diatomées depuis 60 ans, Stringer a créé ce cliché pour un club de photo afin d’illustrer la photographie au microscope.

Même au-delà des 20 premiers prix, l’ensemble des photo-micrographies sélectionnées cette année par le Nikon Small World valent le coup d’œil, comme ces gouttes d’eau sur un film de polystyrène ou cette graine d’Arabidopsis thaliana en train de germer. La galerie photos est en ligne (Nikon Small World).

C.D.
Sciences et Avenir.com
16/10/08

Bairro Alto



Bairro Alto veta entrada a grafiters

00h30m

RICARDO PAZ BARROSO


Quem for apanhado a grafitar no Bairro Alto, em Lisboa, fica proibido de o frequentar, além de ser obrigado a limpar as paredes que sujou, fruto dos processos sumários desde quinta-feira instituídos pelo Ministério Público.
A proibição de entrada no Bairro Alto para quem for apanhado a grafitar em flagrante delito pode durar até dois anos, pois é esse o prazo máximo que uma injunção pode durar. E uma injunção - segundo explicou a procuradora-geral distrital de Lisboa, Francisca Van Dunem, que ontem assinou um protocolo com a Câmara de Lisboa no âmbito de um plano integrado para regrar o Bairro Alto - é uma obrigação comportamental aplicada a pessoas que cometam um crime (grafito selvagem), mas que no seu caso o processo tenha sido suspenso (com o acordo do proprietário do imóvel ou móvel afectado). Ou seja, quando o processo não seguiu os trâmites para julgamento.
Outra das injunções (castigos) previstas para o grafito ilegal no bairro é a de que quem o fizer ser também obrigado a limpar as paredes que sujou ou, em alternativa, prestar serviço comunitário, assim como comprometer-se a não transportar qualquer material que esteja relacionado com o grafito. Cumpridos os castigos, o registo criminal mantém-se limpo. Em caso de reincidência, o prevaricador será julgado pelo crime inicial, mas também por desobediência civil ao castigo emanado do processo sumário. Tudo de acordo com o artigo 281º do Código de Processo Penal.
"É uma nova mentalidade que devemos usar na abordagem deste tipo de crimes, que têm uma fraca densidade criminal e são pouco complexos, mas que têm um forte impacto visual na comunidade", descreveu Francisca Van Dunem. A procuradora-geral distrital de Lisboa salvaguardou todavia que, "obviamente, não vai ser montado um estado policial no Bairro Alto, em que as pessoas andariam a ser identificadas só para saber se estão proibidas de lá entrar ou não".
A responsável admite que só serão detectadas as pessoas proibidas de frequentar o Bairro Alto se estas prevaricarem de alguma forma e que por isso venham a ser identificadas pelas autoridades. "A impunidade é a pior mensagem que se pode transmitir à comunidade, pois está em causa o património da cidade", considerou.
Já o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, afirmou que prescinde "dessa discussão sobre se o grafito é, ou não, arte". "O que sei é que pintar paredes sem consentimento é crime", referiu. Assim, hoje, às 11 horas, é inaugurada a Galeria de Arte Urbana no topo da Calçada da Glória, integrada num plano de 1,2 milhões de euros para renovar o Bairro Alto.

Telemóveis

Telemóveis causam alergia de pele


Peritos sugerem que os utilizadores de telemóveis têm vindo a desenvolver alergias de pele na face e ouvidos devido uma a reacção ao níquel.Segundo a Associação de Dermatologistas Britânica, este fenómeno tem sido cada vez mais usual em pessoas que utilizam o telemóvel por longos períodos de tempo. A mesma associação acrescentou ainda que este risco é maior em mulheres que já desenvolvem reacções alérgicas ao níquel presente em joalharia.Esta situação foi identificada em diversos casos de pacientes que estavam a experienciar alergias cutâneas na cara e não era detectado nenhum facto que pudesse explicar a reacção.Uma investigação mais detalhada revelou que a reacção era derivada do níquel presente nos telemóveis, normalmente nos botões. "Cerca de metade dos telemóveis que analisámos tinham esta substância", afirmou Lionel Bercovitch, um dos autores do estudo. "Devido ao elevado uso de telemóveis, a presença de metal no seu exterior, bem como a elevada sensibilidade por parte da população ao níquel, acaba por não ser surpreendente que estes aparelhos possam causar dermatite de contacto", concluiu.

Pedro Santos

Ler mais: BBC

Pobres

Em Portugal há 1,8 milhões de pobres, dizem as estatísticas oficiais


Ainda há 78 milhões de pessoas a viver nos mínimos


Portugal é o país da UE onde a pobreza mais caiu


17.10.2008 - 08h52 Ana Cristina Pereira, em Marselha


O director para o Protecção Social e Integração da Comissão Europeia, Jérôme Vignon, notou "impaciência" na 7.ª Mesa-Redonda sobre a Pobreza e a Exclusão Social, que nos últimos dois dias decorreu em Marselha. "Os resultados até agora não são brilhantes." A taxa de pobreza da União Europeia (UE) está nos 16 por cento desde 2000. Em Portugal caiu, e mais do que em qualquer outro país.O encontro juntou cerca de três centenas de "actores" da luta contra a pobreza em torno da recomendação adoptada pela Comissão Europeia a 3 de Outubro e assente em três pilares: garantia de um rendimento mínimo, políticas que favoreçam a inserção no mercado de trabalho e acesso a serviços sociais de qualidade. "A Europa é uma das zonas mais ricas do mundo e, mesmo assim, tem 78 milhões de pessoas a viver no limiar da pobreza", lembrou Vladimir Spidla, comissário europeu do Emprego, Assuntos Sociais e Igualdade de Oportunidades. "Temos de fazer mais." A realidade está bem longe de ser homogénea. Desde que a UE assumiu o compromisso de lutar contra a pobreza, em Lisboa, em 2000, a situação até piorou na Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, Hungria, Itália, Lituânia, Letónia, Luxemburgo, Polónia, Suécia e Roménia. Só em Portugal, na Irlanda, na Holanda e em Malta há registo de melhorias, segundo o Eurostat. Em 2006, último ano para o qual há dados, as taxas variavam entre os dez por cento na Holanda e na República Checa e os 20 por cento ou mais em Espanha, Grécia, Itália, Letónia e Lituânia. Portugal somava 18 por cento - há oito anos estava nos 21. Tendência de descidaO ministro do Trabalho e da Segurança Social português, Vieira da Silva, quer atingir "pelo menos a média europeia". Não aponta prazos. Indicou uma tendência. Lembrou que "em 1994, primeiro ano para o qual há dados, a taxa de pobreza em Portugal era de 23 por cento". Em 1997 era de 22. O número baixou por força "das transferências sociais".O Rendimento Social de Inserção não produziu aqui qualquer efeito - só reduz a severidade de pobreza. O que funcionou? A pensão mínima fixada em 1999, responde. De forma progressiva, aumentaram as pensões, os abonos. E, apesar da crise, é expectável que a taxa mantenha a tendência de descida, sobretudo por causa do complemento solidário para idosos."Há quem diga que não comemos números, mas sem números não se consegue convencer os Estados a desenvolver propostas", comentou o alto-comissário francês para a Solidariedade Activa contra a Pobreza, Martin Hirsch, que funcionou como anfitrião. No seu entender, é fundamental definir alvos concretos e realistas e concentrar energias em alcançá-los. A resposta europeia à actual crise financeira esteve sempre em cima da mesa. "Se a UE é capaz de angariar, através dos Estados-membros, a inimaginável quantia de 1700 mil milhões de euros para salvar o sector bancário, temos de reconhecer que uma fracção desta quantia seria suficiente para aliviar a pobreza no mundo", disse o vice-presidente da Plataforma Social, Dirk Jarré. "Seria inacreditável se tivesse sido canalizado dinheiro para a crise financeira à custa dos investimentos necessários no combate à exclusão", insurgiu-se também Fintan Farrell, director da Rede Europeia Antipobreza. No fecho do encontro, houve a primeira reunião interministerial agendada de propósito para discutir a pobreza e a exclusão. Os governantes chegaram a algum "consenso" sobre os princípios que emanam da recomendação da Comissão Europeia. "Há divisões sobre a fixação de objectivos mais quantificáveis, é necessário mais qualidade nos dados de base", resumiu Vieira da Silva.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Os Intocáveis

domingo, 12 de outubro de 2008

CANTUS Ethnic Music Band - playing Czardas Monti

Herpes


Portugueses descobrem segredo do vírus do herpes


FILOMENA NAVES


Descoberta.

Investigadores do Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa, testaram a possibilidade de um pequeno fragmento de proteína, das muitas que o vírus do herpes contém, bastar ao sistema imunitário do hospedeiro para desencadear uma reacção de defesa. E descobriram que isso é mesmo assim
Um grupo de investigadores portugueses conseguiu pela primeira vez demonstrar experimentalmente que basta ao sistema imunológico reconhecer um pequeno fragmento de uma das muitas proteínas que existem no vírus herpes para desencadear a partir daí uma resposta imunitária e controlar a infecção.

O trabalho, realizado por uma equipa chefiada pelo virologista Pedro Simas, do Instituto de Medicina Molecular (IMM), em Lisboa, é publicado hoje na revista PloS Pathogens, e tem implicações para a medicina. "Se funciona assim em ratinhos, é de supor que o mesmo processo ocorra também nos seres humanos, o que abre portas a estudos nesta área", afirmou ao DN Pedro Simas.

Já se sabia antes que aquele fragmento de proteína específico do vírus herpes que foi testado pela equipa portuguesa tinha um papel na resposta imunológica do hospedeiro. Mas com este trabalho foi possível ir agora mais longe: descobriu-se que o reconhecimento daquele pedacinho de proteína é suficiente para desencadear a resposta imunitária.

Esta não é, no entanto, a única novidade que emergiu do estudo realizado pela equipa do IMM. A outra prende-se com a intensidade da resposta imunitária do hospedeiro ao vírus invasor, que ficou agora melhor compreendida.

Nem todos os ratinhos (ou seres humanos) reagem da mesma maneira à proliferação dos vírus no organismo e à infecção que eles provocam, o que se traduz em mais ou menos carga viral no organismo. E quanto mais carga viral, mais grave a infecção. Mas porque é assim afinal?

O que os investigadores do IMM conseguiram perceber foi que a quantidade maior ou menor de vírus presentes no organismo depende da forma como as células T do sistema imunitário (cuja missão é sinalizar os intrusos) reconhecem o tal fragmente de proteína do herpes, o vírus que foi utilizado neste estudo.

"Esta variabilidade no reconhecimento do vírus determina a resposta mais ou menos eficaz do sistema imunitário e é por isso, por exemplo, que nem todas as pessoas ficam doentes quando surgem infecções virais", conclui Pedro Simas.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Madredeus-O Pastor

Bittencourt Project - O Pastor

Celtic Thunder - Come by the Hills

Prémio Nobel da Paz

Martti Ahtisaari

Prémio Nobel da Paz para antigo presidente finlandês

10 de Outubro de 2008, 11:07



O Prémio Nobel da Paz deste ano vai ser entregue a Martti Ahtisaari pelos «seus esforços, em vários continentes e ao longo de mais de três décadas, para resolver conflitos internacionais».
«Ao longo de toda a sua vida adulta (...) Ahtisaari trabalhou em prol da paz e da reconciliação. Durante os últimos 20 anos, tornou-se uma figura proeminente nos esforços para resolver vários conflitos sérios e duradouros. Em 1989-90 jogou um papel muito significante no estabelecimento da independência da Namíbia; em 2005, ele e a sua organização, a Iniciativa para a Gestão de Crise (CMI, na sigla em Inglês) foram centrais na solução dos complicados problemas da província de Aceh, na Indonésia”, indicou o Comité a partir de Oslo, na Noruega.
O antigo presidente finlandês (de 1994 a 2000) tinha já recebido este ano o prémio da paz Félix Houphouët-Boigny da UNESCO, pela sua contribuição de uma vida pela paz mundial.
Em 2005 Martti Athisaari foi responsável pelas conversações entre o governo Indonésio e o movimento separatista da província da Aceh, tendo conseguido alcançar um acordo entre as duas partes.
Mais recentemente foi nomeado por Kofi Annan enviado especial das Nações Unidas para o Kosovo, na tentativa de mediar o conflito com a Sérvia.
No ano passado o galardão foi entregue ao ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore, e ao Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. Neste, uma lista organizada por personalidades ligadas à justiça e ao meio universitário, não revelada ao público, destacou 197 personalidades e organizações candidatas ao prémio. Algumas das principais apostas incluiram o chinês Hu Gia, a franco-colombiana Ingrid Betancourt, o alemão Helmut Kohl, o monge budista Thich Quang, a advogada russa Lidia Yusupova ou os já habituais Bob Geldof e Bono Vox, ambos irlandeses. Ou mesmo o presidente norte-americano George Bush ou o ex-presidente russo Vladimir Putin.

O Prémio Nobel da Paz


Ao contrário dos outros prémios, o Nobel da Paz é atribuído em Oslo, capital da Noruega. Na altura da morte de Alfred Nobel, a Suécia e a Noruega estavam em união pessoal, pela qual o parlamento sueco ficava responsável pela política internacional, estando o Stortinget (Parlamento norueguês) apenas encarregado da política interna norueguesa.
Alfred Nobel decidiu, assim, que fosse a Noruega a decidir o laureado pelo Nobel da Paz, de forma a prevenir a influência de poderes políticos internacionais no processo de atribuição do Nobel.De acordo com a vontade de Alfred Nobel, o prémio deveria distinguir «a pessoa que tivesse feito a maior ou melhor acção pela fraternidade entre as nações, pela abolição e redução dos esforços de guerra e pela manutenção e promoção de tratados de paz».Ao contrário dos outros prémios Nobel, o Nobel da Paz pode ser atribuído a pessoas ou organizações que estejam envolvidas num processo de resolução de problemas, em vez de apenas distinguir aqueles que já atingiram os seus objectivos em alguma área específica.

Livro


Présentation le 9 octobre 2008 du livre sur Michel-Ange publié par FMR (la couverture est en marbre sculpté)

Consacré à Michel-Ange, le livre "le plus beau du monde" coûte 100.000 euros
2008-10-10 11:58:46PARIS (AFP)
© AFP

Une couverture en marbre sculpté, une encre issue de recettes anciennes, un texte sur parchemin: le livre d'art "le plus beau du monde", consacré à Michel-Ange et publié par les éditions FMR, est depuis peu disponible mais à seulement 99 exemplaires, au prix de 100.000 euros.
Le "prix peut paraître élevé si on pense à un livre, il ne l'est pas si on évoque une oeuvre d'art", indique à l'AFP, groupe italien spécialisé dans les revues et les livres d'art de luxe.
Et l'ouvrage, "Michelangelo. La dotta mano" (Michel-Ange, la main savante), présenté pour la première fois à Bologne (Italie) en mai 2008, a été conçu "comme une oeuvre d'art", pour des collectionneurs et des bibliophiles concevant cet achat "comme une forme de mécénat", ajoute-t-il.
L'ouvrage est haut de 68 cm et large de 42 quand il est fermé. Sa couverture prend la forme d'une plaque de marbre encastrée dans un cadre recouvert de velours de soie rouge. Il compte 264 pages, avec gravures, photographies et textes. Les pages de garde sont en papier marbré doré. Le tout pèse 24 kg, sans compter le coffret de bois laqué dans lequel il est présenté.
"Notre but n'est pas de parler d'argent, ni de faire parler d'argent", insiste M. Gualdoni, "nous avons voulu partir de l'idée de la Renaissance italienne selon laquelle le livre est une oeuvre d'art, en reprenant son exigence d'excellence pour un ouvrage moderne", fait par des artisans d'exception, dit-il.
Et Michel-Ange, génie de la Renaissance par excellence, a été choisi en hommage à l'artiste qui démarrait il y a 500 ans la décoration de la Chapelle Sixtine, indique Antonio Pistilli, qui dirige le groupe en France.
La couverture de marbre est une reproduction sculptée à la main du bas-relief "La Vierge à l'Escalier", la première oeuvre exécutée par Michel-Ange à l'âge de 15 ans, qu'il a toujours gardée en sa possession. Le marbre vient de la carrière de Polvaccio à Carrare en Toscane, rouverte pour l'occasion, où le sculpteur allait se fournir.
Des dessins anciens sont reproduits sur du papier imité de celui d'origine. Les 83 photographies, reproduites pleine page et quelquefois sur double page, sont signées Aurelio Amendola sur "papier couché mat de 200 grammes". Une photographie unique et signée du photographe, qui se consacre à photographier les sculptures du Florentin, s'ajoute à chaque exemplaire.
L'encre qui imprime le texte - en italien - de la vie de Michel-Ange, signé Giorgio Vasari (1511-1574), est issu d'une composition ancienne, sans adjonction chimique, et faite pour durer "500 ans et plus", dit M. Gualdoni. Tout comme l'introduction d'Antonio Paolucci, directeur des Musées de Vatican, elle aussi imprimée sur papier vélin en pur coton de 250 grammes.
Il faut "de trois à six mois" pour réaliser le livre, dit M. Pistilli. Une vingtaine ont été fabriqués, une dizaine "sont partis ou en train de partir". Un a été acheté par le musée du Prado (Madrid), deux par des "rock stars".
Pour ceux qui ne peuvent l'acquérir, l'ouvrage peut être admiré sur internet, sur "FMROnline".

Nobel da literatura


Le Nobel de littérature à Le Clézio, "explorateur de l'humanité"

2008-10-09 20:12:42
STOCKHOLM (AFP)

© AFP

L'écrivain français Jean-Marie Gustave Le Clézio a reçu jeudi la consécration du Nobel de littérature pour une oeuvre dominée par les thèmes du voyage, de l'exil et de la nostalgie des mondes primitifs.

L'Académie suédoise a expliqué dans ses attendus avoir récompensé avec Le Clézio "l'écrivain de la rupture, de l'aventure poétique et de l'extase sensuelle, l'explorateur d'une humanité au-delà et en-dessous de la civilisation régnante".

Le Clézio, 68 ans, était considéré depuis des années comme un lauréat potentiel et son nom circulait avec insistance cette fois-ci dans les cercles littéraires suédois.

L'Académie suédoise n'a pas donné d'autres raisons à son choix mais il est évident que l'auteur de "Désert" avait de nombreux appuis parmi des académiciens sensibles à son idéalisme et ses critiques de la civilisation matérialiste.

Connu en Suède où plusieurs de ses romans sont traduits, J.M.G. Le Clézio avait reçu en juin dernier le prix littéraire suédois Stig Dagerman qui lui sera remis le 25 octobre à Stockholm. Le romancier refera le voyage le 10 décembre pour venir chercher son Nobel.

"Je suis très ému et très touché", a-t-il dit dans une interview en français à la radio publique suédoise. "C'est un grand honneur pour moi", a-t-il ajouté.

Les derniers lauréats français sont l'écrivain d'origine chinoise Gao Xingjian en 2000 et Claude Simon, grande figure du Nouveau roman, en 1985.



Né le 13 avril 1940 à Nice, dans le sud de la France, d'une famille émigrée à l'Ile Maurice au 18e siècle, Jean-Marie Le Clézio est considéré comme un des maîtres de la littérature francophone contemporaine. Son écriture est classique, simple mais raffinée, colorée.

Il a reçu entre autres le prix Renaudot en 1963 pour son ouvrage "Le procès-verbal". Il était alors âgé de 23 ans.

Influencé au début par le nouveau roman, Le Clézio va évoluer vers une littérature plus spirituelle avec une attirance pour les thèmes du paradis perdu.

"Le point central de l'oeuvre de l'écrivain se déplace de plus en plus en direction d'une exploration du monde de l'enfance et de sa propre histoire familiale", note l'Académie dans son communiqué.

Il évoque notamment la figure de son père, un médecin de brousse anglais, dans l'Africain (2004). Son ouvrage précédent, Révolution (2003), traitait des grands thèmes de son oeuvre, l'exil, le conflit des cultures et les ruptures de la jeunesse.

Le romancier a beaucoup voyagé depuis sa jeunesse, Etats-Unis, Thaïlande en tant que coopérant, Mexique et a été employé dans les années 70 par l'Institut d'Amérique latine en Amérique centrale.

© AFP

L'écrivain français Jean-Marie Gustave Le Clézio à Paris le 9 octobre 2008.

J.M.G Le Clézio a notamment écrit "La fièvre", "L'extase matérielle", "Terra amata", "Le livre des fuites", "La guerre", "Désert" (peut-être son chef d'oeuvre), "Le chercheur d'or", "Onitsha", "Etoile errante", "Le poisson d'or", "Révolutions", "Ourania" et, en 2008, "Ritournelle de la faim".

Marié et père de deux filles, il vit à Albuquerque dans l'Ouest des Etats-Unis mais vient souvent à Nice et dans sa maison bretonne de la baie de Douarnenez.

Ce nomade n'est pas un ermite. Il est notamment membre du jury d'un des prix littéraires les plus célèbres en France, le Renaudot.

En couronnant Le Clézio, le Nobel de littérature a confirmé sa prédilection pour la littérature européenne. Au cours des 20 dernières années, les écrivains européens dominent largement et c'est à la romancière britannique Doris Lessing que le prix avait été décerné l'année dernière.

Le Clézio recevra un chèque de 10 millions de couronnes suédoises (1,02 million d'euros).

Deux autres Français ont reçu cette année un Nobel, les chercheurs Luc Montagnier et Françoise Barré-Sinoussi en médecine pour leurs recherches sur le virus du sida.


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Jacques Brel


La veuve de Jacques Brel, "Miche", se recueille sur la tombe du chanteur belge le 9 octobre 2008 à Atuona, sur les îles Marquises.

Jacques Brel présent pour l'éternité à Hiva Oa, petite île des Marquises
2008-10-10 07:29:10HIVA OA (Iles Marquises), (AFP)
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Aéroport baptisé Jacques Brel, inauguration d'un aéroclub du même nom: nul ne pourra ignorer en mettant les pieds à Hiva Oa, petite île de l'archipel des Marquises, que le chanteur y a passé les trois dernières années de sa vie, jusqu'à sa mort le 9 octobre 1978, avant d'y être enterré.
Dans cette île du bout du monde, située à 1.500 km au nord-Est de Papeete, la pluie et un arc-en-ciel ont accompagné jeudi matin les cérémonies marquant le trentième anniversaire de la disparition de l'artiste belge.
Dans un hangar de l'aéroport, la veuve de Brel, "Miche", 81 ans, venue pour la première fois de sa vie aux Marquises, était entourée du maire de la commune et du secrétaire d'Etat à l'Outre-mer Yves Jégo.
Juste à côté, le président polynésien Gaston Tong Sang. Sur le même rang, on pouvait observer un député, une miss "Hiva Oa", des ecclésiastiques et le journaliste-vedette Patrick Poivre d'Arvor.
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Rassemblement autour de la tombe de Jacques Brel à Atuona (ïles Marquises) le 9 octobre 2008.
Peu de "vrais" marquisiens étaient présents en ce jour de semaine, en dehors des danseurs de haka.
Plusieurs discours dont celui de M. Tong Sang: "au même titre que Paul Gauguin, Jacques Brel a indissolublement lié son nom à celui des Marquises, contribuant ainsi à ce que cette "terre des hommes" acquière un rayonnement mondial", a-t-il dit.
"C'est surtout l'homme et ses qualités de coeur qui ont conquis tous ceux qu'il a rencontrés et à qui il a tant apporté pendant les trois années" passées à Hiva Oa, a souligné le président polynésien.
Avec son avion "Jojo" équipé d'un gyrophare, Brel, arrivé en bateau fin 1975, faisait taxi, facteur et évacuations sanitaires, se posant par tous les temps sur les mauvaises pistes des Marquises.
Celle d'Hiva Oa sera bientôt rallongée, a annoncé M. Tong Sang, tandis qu'un monomoteur ST 10, baptisé "Mokohé" (la frégate), et béni jeudi par un prêtre, devrait permettre à de jeunes Marquisiens de s'initier au pilotage.
"Je suis certaine que de là haut il doit être très fier quand même de voir "Aérodrome Hiva Oa - Jacques Brel", et surtout il est très très heureux de la création de l'aéroclub, on a réalisé son rêve", a déclaré l'épouse de Brel.
"Je ne suis pas sûr qu'on puisse mettre des mots pour parler de celui qui savait tellement bien les manier, les faire vivre, et qui a su faire de notre langue une langue universelle", a affirmé pour sa part M. Jégo.
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Le journaliste Patrick Poivre d'Arvor, la veuve de Jacques Brel et le secrétaire d'Etat Yves Jégo se recueillent devant la tombe du chanteur le 9 octobre à Atuona.
Le secrétaire d'Etat a épaulé au petit cimetière d'Atuona la veuve de Brel, qui découvrait la tombe de son mari au-dessus de laquelle figure une plaque le représentant avec sa dernière compagne, Maddly Bamy.
Sur une autre plaque, récemment apposée, on pouvait lire: "Passant, homme de voiles, homme d'étoiles, ce troubadour enchanta nos vies, de la Mer du Nord aux Marquises, le poète, du bleu de son éternité, te remercie de ton passage".
Après le dépôt de gerbes, des enfants marquisiens ont chanté "Quand on n'a que l'amour", déclenchant une véritable émotion. L'assistance est allée se recueillir ensuite sur la tombe de Gauguin.
Tout le monde s'est alors dirigé vers l'espace Brel, où un buste du chanteur a été dévoilé.
C'est là qu'on peut lire des écrits du chanteur pestant "contre le nombrilisme de Papeete". "On ne parle que de Papeete et les gens de Marquises peuvent crever", disait-il à l'époque. Trente ans après, une future loi est censée y remédier.
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quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Álvaro Siza

Álvaro Siza recebe Medalha Isabell II



O português Álvaro Siza Vieira vai ser homenageado pela sua contribuição para a arquitectura internacional com a Medalha de Ouro Real de 2009, uma distinção atribuída pelo Instituto Real dos Arquitectos Britânicos, em nome da rainha Isabel II. Em 2008, o galardoado foi o britânico Edward Cullinan.
A distinção foi anunciada formalmente na terça-feira, mas o galardão só será entregue numa cerimónia em Londres em meados de Fevereiro do próximo ano, na qual a Rainha não deverá participar.
"A Rainha aprova pessoalmente o escolhido, mas não costuma estar presente na cerimónia", disse hoje à agência Lusa uma porta-voz do Instituto Real dos Arquitectos Britânicos.
O prémio é atribuído em reconhecimento do trabalho feito ao longo da vida, sendo normalmente atribuído a pessoas com uma longa carreira.
No comunicado que anuncia a sua escolha, Siza é descrito como um "arquitecto completo" cujos edifícios "nunca são previsíveis nem comuns".
"Nos edifícios de Siza, talvez mais do que outros, é às relações entre os elementos da arquitectura que é dada primazia ao invés da forma ou textura dos próprios elementos", elogia.
"É uma arquitectura", acrescenta, "em que a economia de meios expressivos é conciliada com uma abundância de revelação espacial".
A abertura de Siza Vieira a novos arquitectos, a boa relação com os seus colegas de profissão e o facto de continuar a acompanhar pessoalmente todos os projectos do seu gabinete são também louvados.
A Medalha de Ouro Real é atribuída todos os anos desde 1848 e no passado distingui conhecidos arquitectos como Le Corbusier (1953), Renzo Piano (1989), Frank Gehry (2000) e Jean Nouvel (2001).

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

RESTROSPECTIVA, será ?

Picasso


Titien, Velazquez, Goya, Zurbaran, Rembrandt, Poussin, Ingres, Manet, Cézanne, Van Gogh... : ils fûrent les maîtres de Picasso, qui n'a jamais cessé de les regarder. Ils sont tous au Grand Palais, pour une exposition exceptionnelle qui témoigne de ce dialogue permanent.


"Picasso et les maîtres" (8 octobre - 2 février 2009) présente quelque 210 oeuvres exécutées du XVIe siècle à 1971, en une concentration rarement égalée de chefs d'oeuvres signés de Picasso et des grands maîtres de la peinture occidentale.

Pablo Picasso (1881-1973) est "parmi tous les peintres modernes, le seul à avoir à ce point endossé toute l'histoire de la peinture", indique Anne Baldassari, directrice du musée Picasso à Paris et co-commissaire de cette exposition "miraculeuse", dit-elle, avec Marie-Laure Bernadac, du Louvre.


C'est "cette confrérie de pairs qui ont tous dit à leur époque, +je suis le peintre qui révolutionne la peinture+, qui accompagnent Picasso, et vont le porter", ajoute-t-elle.
L'exposition ne les montre pas tous, mais les plus grands sont là, avec des chefs d'oeuvres qui pour certains, ne quittent jamais les murs du Prado, du MoMA (Museum of Modern Art) de New York, de la Gemälde Galerie de Berlin ou de la National Gallery de Londres.
Leurs portraits ouvrent l'exposition, de Goya, de Cézanne, d'Ingres, Poussin ou Delacroix. Il y a aussi le père, le vrai, le peintre José Ruiz-Blasco dont la légende dit qu'il abandonna pinceau et palette devant le génie de son fils.
Formé de manière très académique dans des écoles de Beaux-Arts, Picasso dessine à 14 ans des études déjà virtuoses de mains, de torses, que l'exposition réunit pour la première fois. Déjà, on voit des "effets de décentrement, de découpes de l'espace. Il est, enfant, le grand peintre qu'il va devenir", dit Mme Baldassari.
Le parcours, thématique et chronologique, amène le visiteur à cette confrontation permanente à travers les thèmes de la couleur, des natures mortes, des grands portraits, des nus, des variations.




L'exposition Picasso, un budget d'assurance mirobolant


L'exposition "picasso et les maîtres", le 6 octobre 2008 au Grand PalaisL'exposition "Picasso et les maîtres", qui s'ouvre mercredi à Paris, constitue le plus gros budget d'assurance jamais atteint en France pour ce genre d'événement, avec des oeuvres évaluées à plusieurs milliards d'euros.
Le coût de la prime d'assurance, 790.000 euros, constitue à lui seul près d'un cinquième du budget de l'exposition (4,5 millions d'euros). Ce prix a en outre déjà été réduit de moitié grâce à la garantie de l'Etat pour les dommages excédant 100 millions d'euros.
Ce prix s'explique par l'ampleur exceptionnelle de l'événement qui réunit pendant quatre mois 210 oeuvres venues du monde entier, réalisées par les plus grands maîtres de la peinture: Picasso, bien sûr, mais aussi El Greco, Delacroix, Cézanne, Goya, Rembrandt, Manet, Velazquez, Ingres, Degas, Van Gogh...
La valeur des tableaux assurés "représente des milliards d'euros", confie ainsi Marion Mangon, chef du département des expositions à la Réunion des Musées Nationaux (RMN), qui se refuse à donner un chiffre plus précis.
L'oeuvre la plus chère coûte presque 100 millions d'euros. Et l'ensemble des oeuvres pourraient valoir au total 2 milliards d'euros, estime-t-on dans le secteur de l'assurance.
"C'est colossal", lâche Stéphane Oury, responsable +risques spéciaux+ chez Hiscox. Le groupe britannique assure l'exposition Jeff Koons à Versailles, dont les oeuvres sont évaluées à environ 300 millions d'euros, "ce qui est déjà un très gros budget", indique M. Oury.
Pour l'exposition Picasso, c'est le français Axa qui a été choisi, le seul à avoir les capacités suffisantes pour couvrir ce type d'évenement en France.
Les toiles appartenant aux musées nationaux (environ 1/3 des oeuvres) ne sont pas assurées par Axa, l'Etat étant alors son propre assureur.
Seules sont couvertes les oeuvres venues de musées étrangers, de musées français non nationaux, ou de collections privées.
"C'est alors une garantie de clou à clou", explique Marc Rome d'Axa Art.
Les tableaux sont couverts du moment où ils sont décrochés de leur lieu habituel de conservation, jusqu'à leur retour. L'assurance est alors tous risques: incendie, explosion, dégâts des eaux, vol et même terrorisme ou guerre.
L'évaluation du prix de l'oeuvre, indispensable au calcul de la prime d'assurance, est réalisée par le prêteur.
Ainsi, c'est le Prado qui a décidé du prix de "La Maja desnuda" de Goya, qui n'était encore jamais sortie du musée madrilène. Pour éviter que le prix de l'assurance soit trop élevée, et ainsi faciliter la tenue de l'exposition, le Prado lui a fixé une "valeur très haute mais pas folle", selon les mots de Marion Mangon.
"Cette oeuvre n'a pas de valeur en soi. Ils auraient pu lui fixer un prix trois fois plus élevé, cela ne nous aurait pas étonné", explique-t-elle.

Prémio Nobel da Química

Proteína Fluorescente vale Nobel da Química


O Prémio Nobel da Química foi atribuído ao japonês Osamu Shimomura e aos norte-americanos Martin Chalfie e Roger Tsien pela descoberta e desenvolvimento da Proteína Fluorescente Verde, anunciou o Comité Nobel.

"Esta proteína transformou-se num dos mais importantes instrumentos utilizados pela bioquímica moderna", afirmou o júri.

"Com a ajuda da GFP, os cientistas desenvolveram meios para observar processos que antes eram invisíveis, como o desenvolvimento das células nervosas no cérebro e o desenvolvimento das células cancerígenas", acrescentou o Comité.

Prémio Nobel da Física


Yoichiro Nambu

Nobel distingue trabalhos na área da física subatómica
Por Alexandra Pinto e Silva - jpn@icicom.up.pt
Publicado: 07.10.2008


Yoichiro Nambu, Makoto Kobayashi e Toshihide Maskawa venceram o Nobel da Física.

O Prémio Nobel da Física de 2008 distinguiu três investigadores, responsáveis por vários estudos relacionados com a ruptura da simetria na fisica subatómica.

A distinção foi dada a Yoichiro Nambu (nascido no Japão, mas com cidadania norte-americana) pela descoberta do mecanismo de quebra espontânea da simetria na área da Física subatómica.

Os japoneses Makoto Kobayashi e Toshihide Maskawa foram distinguidos por descobrirem que essa quebra exige a existência de menos três famílias de "quarks" na natureza. Na formação do universo, a matéria existia sobre uma espécie de mancha densa e quenta denominada "plasma de quarks–glúons". Ao arrefecerem, os "quarks" juntaram-se, formando os protões e neutrões.

Segundo o Comité Nobel, "estas ocorrências espontâneas parecem ter existido na Natureza desde o princípio do Universo e essa teoria foi uma completa surpresa quando apareceu pela primeira vez em experiências com partículas, em 1964. Só recentemente é que os cientistas puderam confirmar completamente as explicações que Kobayashi e Maskawa deram em 1972. É por esse trabalho que eles agora são distinguidos com o Nobel da Física."

A teoria desenvolvida por Nambu, e mais tarde completada por Kobayashi e Maskawa, insere-se no chamado "modelo standard", que pretende descrever qual é a origem do Big Bang, que terá acontecido há 14 mil milhões de anos.

Yoichiro Nambu tem direito a metade dos 1,02 milhões de euros, enquanto Kobayashi e Maskawa vão dividir entre si a outra metade.

A entrega dos prémios é feita no dia 10 de Dezembro em Estocolmo, como todos os anos


Nobel da Física não tem passaporte para receber o prémio


O japonês Toshihide Maskawa, distinguido na terça-feira com o Prémio Nobel da Física, não tem passaporte para viajar para Estocolmo para receber o prémio, revelou a sua mulher. Maskawa, de 68 anos, é um dos três físicos que recebeu o Nobel pelos trabalhos sobre a «ruptura da simetria» entre matéria e antimatéria no momento do «Big Bang», fenómeno que os cientistas consideram a causa da formação do Universo.
A sua mulher, Akiko, revelou à imprensa que o marido nunca viaja para o estrangeiro e não fala inglês, a língua mais utilizada pela comunidade científica.
«Se quiser ir à cerimónia de entrega do prémio, primeiro terá que tirar um passaporte», afirmou Akiko em Quioto, onde o marido é professor no Instituto de Física das Partículas.
Cada vez que Maskawa é convidado para se deslocar ao estrangeiro para receber um prémio ou dar palestras, é o seu colega Makoto Kobayashi, também distinguido com o Nobel da Física, quem o substitui.
Os dois japoneses venceram o Nobel juntamente com o norte-americano de origem japonesa Yoichiro Nambu.