terça-feira, 31 de março de 2009

Cientistas portugueses

Cientistas Portugueses descobrem mecanismo viral associado ao desenvolvimento de linfomas

Hoje

Investigadores portugueses identificaram um mecanismo viral associado ao desenvolvimento de tumores malignos resultantes da proliferação desordenada de linfócitos, chamados linfomas, num estudo publicado online pela revista EMBO, da Organização Europeia de Biologia Molecular (EMBO).

O mecanismo descrito neste trabalho de quatro anos - dirigido por Pedro Simas, do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa - explica a persistência do vírus herpes no hospedeiro infectado, onde induz a proliferação de linfócitos B (Células do sistema imunitário) associada ao linfoma.

"Estamos muito entusiasmados com este estudo, porque tem um potencial de aplicação prática enorme", disse Pedro Simas à Agência Lusa.
Determinados linfomas estão associados à imunodepressão porque quando uma pessoa é imunodeprimida, por ter recebido um transplante de órgão ou de medula óssea, ou por estar infectada com HIV, este tipo de vírus ataca os linfócitos B, provocando a sua proliferação desordenada, explicou o investigador.


A equipa descobriu em experiências com modelos animais uma proteína da célula B do hospedeiro, chamada NF-kb, que tem de estar desactivada para que o vírus consiga induzir lifoproliferação e, portanto, o linfoma.

"Temos agora uma janela de intervenção para testar esta descoberta em humanos, irmos aos linfomas associados à infecção por Epstein-Barr em humanos e saber se a proteína está ou não inactivada", afirmou.

A próxima etapa desta equipa de investigadores consistirá em recolher material biológico em pacientes do Hospital Santa Maria, que tem uma ligação privilegiada com a Faculdade de Medicina, e analisar a situação dessa proteína nas células, adiantou Pedro Simas.
No seu entendimento, "tudo indica que, em princípio, estará inactivada".

Essa verificação é importante porque, segundo o investigador, "há imensos fármacos que podem activar ou desactivar esta proteína, o que dá uma possibilidade de intervenção terapêutica, de controlar as linfoproliferações induzidas por estes vírus e reconstruir o sistema imunológico".

Entre 1 a 10 por cento dos pacientes submetidos a transplantes de órgãos sólidos ou de medula óssea estão em risco de desenvolver este tipo de linfoproliferação associada ao linfoma.

O trabalho foi desenvolvido na Unidade de Patogénese Viral do IMM e contou com a colaboração de investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência e de um investigador da Cornell University, EUA.

Pedro Simas dirige desde 2004 a Unidade de Patogénese Viral do IMM e é professor associado da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Doutorou-se e fez pós-doutoramento em Patogénese Viral na Universidade de Cambridge, no Reino Unido, tendo ingressado em 1999 no Instituto Gulbenkian de Ciência, a que continua ligado.

A sua equipa, de sete investigadores, tem como principal objectivo o estudo dos mecanismos moleculares de persistência dos vírus herpes para compreender melhor a sua patogenicidade e desenhar estratégias terapêuticas de combate às infecções virais.

Guqin - Pei Lan 《佩蘭》 [Admiring the Orchid]

buck rogers

segunda-feira, 30 de março de 2009

Maurice Jarrre

segunda-feira, 23 de março de 2009

domingo, 15 de março de 2009

segunda-feira, 9 de março de 2009

The Holographic Universe

domingo, 8 de março de 2009

Rui Silva e Sara Moreira

Rui Silva

Sara Moreira

Atletismo

Europeus de pista coberta: Rui Silva campeão nos 1500m e Sara Moreira prata nos 3000m


08.03.2009 - 15h53 Lusa, PÚBLICO


O português Rui Silva conquistou hoje a medalha de ouro nos 1500 metros, dos Europeus de atletismo em pista coberta. No mesmo dia, Sara Moreira ganhou a medalha de prata nos 3000 metros.

Rui Silva liderou os 1500 metros durante grande parte do tempo, antes de os rivais espanhóis assumirem o comando pouco depois dos 1000 metros. Só que na parte final da corrida, o atleta português atacou forte e ganhou claramente a final, tornando-se campeão europeu em pista coberta, pela terceira vez, depois dos êxitos de1998 e 2002.

Rui Silva, de 31 anos, terminou a prova com um tempo de 3m44,38s, à frente do espanhol Diego Ruiz (3m44,70s) e do francês Yoann Kowal (3m44,75s).

"Se a prova fosse muito lenta corria o risco de perder no 'sprint' final. Assumi o risco de impor o ritmo logo de início para evitar que a parte final da corrida fosse muito rápida", explicou Rui Silva aos microfones da Antena 1.

"Esta vitória foi bastante importante, sobretudo pelo que eu passei nos últimos anos. Consegui chegar aqui e cumprir o meu objectivo. É difícil descrever este momento", confessou Rui Silva, referindo-se às lesões que o impediram de estar nos Jogos Olímpicos de Pequim.

Sara Moreira vice-campeã

Sara Moreira sagrou-se hoje vice-campeã europeia dos 3000 metros em pista coberta, na competição que decorre em Turim, Itália.

A corrida foi ganha pela turca de origem etíope Almitu Bekele, que alcançou o título europeu com um tempo de 8m46,50s, enquanto Sara Moreira, que deu a primeira medalha a Portugal, registou o tempo de 8m48,18s (recorde pessoal).

O terceiro e último lugar do pódio foi ocupado pela irlandesa Marry Cullen (8.48,47).

"Ainda não acredito no feito que consegui. Era apenas um sonho. Algo que eu queria muito, mas não passava de um sonho. Estou bastante feliz", rejubilou Sara Moreira, acrescentando: "Consegui acelerar com as minhas adversárias. Não estava à espera de conseguir acelerar daquela forma."

As outras duas portuguesas em prova ficaram mais para trás na classificação: Jessica Augusto, que partia com ambições de uma medalha, foi décima classificada (9m04,48s), enquanto Inês Monteiro terminou no 12.º e último posto (9m14,34s).

Com estes dois resultados, Portugal soma agora 16 medalhas em Europeus de pista coberta, oito das quais de ouro, seis de prata e duas de bronze.

sábado, 7 de março de 2009

Alguém tem papel higiénico?

Portugueses ajudam a procurar novos planetas

Há vida para lá da Terra? Será o nosso planeta único? Se não, quantos planetas semelhantes em tamanho à Terra poderão existir a uma distância adequada da sua estrela para ter água na sua superfície? Perguntas como estas, que habitam as inquietações de qualquer astrónomo, poderão em breve encontrar respostas com a ajuda de uma equipa portuguesa.

Uma dezena investigadores do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP) vão colaborar com a NASA nos próximos seis anos na procura e caracterização de planetas extrasolares semelhantes à Terra, um dos maiores desafios da astronomia actual.

A estrela da missão é a mais recente sonda da agência espacial americana - baptizada Kepler em homenagem ao astrónomo alemão que formulou as três leis fundamentais da mecânica celeste - que descolou esta madrugada a bordo de um foguetão lançado do Centro Espacial John F. Kennedy, no Cabo Canaveral, Florida.

Durante os próximos três anos, a sonda - que gera a sua própria energia a partir de painéis solares - deverá observar mais de cem mil estrelas e descobrir potencialmente centenas de planetas semelhantes em tamanho à Terra dentro da zona habitável, isto é, onde possa existir vida. "Isto significa que têm que estar suficientemente afastados da sua estrela para que possa existir água líquida na sua superfície", explicou ao "Expresso" Mário João Monteiro, director do CAUP e um dos coordenadores do projecto a nível europeu.

Apesar de até hoje já terem sido encontrados mais de 300 planetas extrasolares, a maioria dos quais usando telescópios terrestres como o VLT (Very Large Telescope) do Observatório Europeu do Sul, estes são sobretudo grandes planetas semelhantes a Júpiter, muito gasosos e com temperaturas extremamente quentes. Os planetas mais pequenos e rochosos como a Terra são considerados mais favoráveis ao desenvolvimento de vida e, por isso, um objectivo bem mais ambicioso.

À equipa portuguesa caberá analisar nos próximos seis anos alguns dos dados recolhidos, recorrendo a técnicas de sismologia estelar para estudar as variações das estrelas e, desse modo, calcular a sua idade, o seu tamanho e outras características que são fundamentais para caracterizar o planeta que lhe está associado.

O projecto representa um investimento de quase 500 milhões de euros ao longo de três anos e meio.

expresso

sexta-feira, 6 de março de 2009

Miguel Mota

Homenagem

Porto, 06 Mar (Lusa) - O Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) da Universidade do Porto vai homenagear o investigador Miguel Mota, pelo trabalho visionário desenvolvido na década de 50 do século XX, que gerou uma hipótese científica só comprovada três décadas depois.

Miguel Mota, actualmente com 83 anos, defendeu, num trabalho apresentado na década de 50, que os cinetócoros, uma estrutura dos cromossomas, eram muito importantes no processo de divisão celular.
Segundo o investigador português, os cinetócoros seriam uma espécie de motor na anáfase, ao moverem os cromossomas para os pólos, permitindo a divisão celular.
A homenagem a Miguel Mota terá lugar durante um seminário, que se realiza segunda e terça-feira, com a presença de alguns dos maiores investigadores mundiais na área da divisão celular, entre os quais Ted Salmon, da Universidade da Carolina do Norte, e Rebecca Heald, investigadora na Universidade de Berkeley e editora da revista Journal of Cell Biology.
Nesta reunião científica estará também presente Gary Gorbsky, da Oklahoma Medical Research Foundation, que comprovou experimentalmente, em 1987, a teoria apresentada em 1957 pelo investigador português.
Hélder Maiato, do IBMC, salientou a importância desta homenagem, frisando que "ainda não tinha sido reconhecida, até agora, a hipótese revolucionária" defendida por Miguel Mota.
"Um investigador português, nos anos 50, sem recurso às tecnologias que hoje são comuns nos laboratórios, avançou com uma hipótese que revolucionou a compreensão dos mecanismos da divisão celular", frisou Hélder Maiato, principal organizador da homenagem.
Miguel Eugénio Galvão de Melo e Mota nasceu em Lisboa, a 15 de Outubro de 1922, tendo assumido em 1948 a direcção do Laboratório de Citogenética da Estação de Melhoramento de Plantas, em Elvas, logo depois de ter concluído o curso no Instituto Superior de Agronomia.
Em 1957 apresentou o trabalho que viria a revolucionar o estudo sobre divisão celular, tendo-se mantido ao longo do seu percurso académico sempre ligado à investigação na área da genética, até se aposentar em 1992.
Miguel Mota trabalhou nas mais prestigiadas instituições de investigação em países como a Suécia, a Grã-Bretanha e os EUA, tendo escrito mais de um milhar de artigos científicos, que foram publicados em dezenas de jornais e revistas.
FR.

Touch My Body (Tuts My Barreh) / Karaoke Fail (English subtitles)

Reciclagem e algarvios

O Algarve é a região continental que mais contribui «per capita» para o volume de material reciclado, com cerca de 18 mil toneladas de vidro, papel e cartão enviados para reciclagem por ano, diz a Lusa.
Segundo Hélio Barros, administrador da Algar, empresa responsável no Algarve pelo tratamento e valorização de resíduos sólidos, a região apenas é superada pela Região Autónoma da Madeira.
A Algar possui dois aterros sanitários, no Barlavento e no Sotavento, oito estações de transferência, duas unidades de triagem, treze ecocentros, duas unidades de compostagem de verdes e duas de produção energética de biogás.
Para 2009, a empresa quer continuar a apostar na transformação de gases em energia eléctrica e construir uma Unidade de Transformação de Óleos Alimentares Usados em Biodiesel, com o objectivo de reduzir o consumo de combustíveis fósseis.

Minhocas e reciclagem

Vermes anelídeos, vulgarmente conhecidos como minhocas, são os protagonistas no tratamento de resíduos orgânicos e poderão, a breve prazo, começar a tratar o seu lixo. É com este objectivo que foi feita a apresentação pública de uma unidade que utiliza minhocas no tratamento de lixos domésticos.
Essa unidade será instalada em Riba de Ave (Famalicão), tendo a capacidade de tratar 1000 toneladas de resíduos em bruto. Segundo António Quintão, técnico superior de Engenharia do Ambiente, que tem acompanhado este projecto, esta é sem dúvida uma «solução para pequenos aglomerados».
A utilidade das minhocas tem vindo a crescer desde o seu aparecimento, tanto quanto o número de espécies existentes. No final de 2006 uma técnica inovadora surgiu em Portugal, onde estes bichinhos começaram a ter protagonismo no tratamento de resíduos urbanos.
As primeiras experiências foram realizadas a partir de resíduos em bruto, fornecidos pela Tratolixo, empresa de tratamento de resíduos sólidos constituída pela Associação de Municípios de Cascais, Oeiras e Sintra.
Neste processo, que tem como nome vermicompostagem, as minhocas são colocadas nos resíduos para que elas se alimentem dos detritos de várias origens transformando estes resíduos em húmus a partir das suas fezes. Este composto é posteriormente comercializado e considerado muito bom para fertilizar terras de cultivo como pomares ou outro tipo de plantas de jardim.
A espécie de verme utilizada é geralmente designada vermelha californiana.
Após a acção destes pequenos bichos, resta apenas desta transformação o material inorgânico que posteriormente é lavado e separado mecanicamente e feita a respectiva reciclagem.


Utilização a nível internacional


Este tipo de unidades já existia no Canadá e nos Estados Unidos, e está neste momento em expansão com projectos de crescimento em Portugal.
Segundo Rui Berkemeier, ambientalista da Associação Quercus, este tipo de tratamento oferece várias vantagens. Além de ser um tratamento económico, a vermicompostagem permite uma reciclagem de 80% e protege o ambiente. O ambientalista acrescenta ainda que em época de crise como a que se avizinha, este projecto tem a vantagem de gerar postos de trabalho.
Trata-se de um projecto tanto em larga escala como em pequena escala. Além disso, assim como o próprio ambientalista Rui Berkemeier faz, qualquer cidadão pode ter estes pequenos bichos no seu quintal a produzir fertilizante mas não em dimensões como as estações de tratamento industriais permitem.

Asteroide


Asteróide “rasou” a Terra

Um asteróide com 30 a 40 metros de diâmetro, passou no início desta semana a 60 mil quilómetros a sueste do Pacífico. Segundo os cientistas nenhum objecto desse tamanho foi alguma vez observado tão perto do nosso planeta e por pouco não atingiu a Terra na sua trajectória

A passagem do DD45 deixou espantada a comunidade científica pela proximidade da trajectória - sete vezes mais perto da Terra do que a Lua.

O 2009/DD45 é o primeiro asteróide que mais se aproximou da Terra desde 1973 e é semelhante àquele que arrasou cerca de 2.000 quilómetros quadrados de bosque na Sibéria no ano de 1908.

O objecto foi detectado na passada sexta-feira por Rob McNaught, do observatório australiano de Siding Spring. Segundo o cientista por pouco o asteróide não atingiu a Terra.

De acordo com o especialista, cerca de mil asteróides estão classificados como potencialmente perigosos para a Terra. A probabilidade de que um meteorito de mais de um quilómetro de diâmetro colida com o nosso planeta é de um em milhões de anos. Mas a possibilidade de um corpo de menos tamanho e capaz de destruir uma cidade inteira é de um em apenas algumas centenas de anos.