quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Metropolitano

• METRO LISBOA

Vinte milhões por ano no novo troço, diz ministro

O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, calcula que 20 milhões de pessoas vão utilizar anualmente o troço do Metro de Lisboa entre o Terreiro do Paço e Santa Apolónia, que será inaugurado esta quarta-feira. O ex-ministro Ferreira do Amaral considera esta inauguração um «sonho».

( 08:42 / 19 de Dezembro 07 )

O ministro das Obras Públicas calcula que vinte milhões de pessoas por ano vão usar o troço do Metro de Lisboa que vai ser inaugurado esta quarta-feira e que vai ligar o Terreiro do Paço a Santa Apolónia.

Ouvido pela TSF, Mário Lino adiantou este ano baseado em estudos de procura já feito, o que o leva a considerar que este troço vai ter um «papel muito importante na agilização do transporte colectivo».

«Permite não só a utilização da rede do metropolitano como também a ligação a duas outras importantes redes de transportes colectivos na área metropolitana de Lisboa», explicou o ministro, numa referência ao comboio e ao barco.

O titular da pasta das Obras Públicas esclareceu ainda que um segundo túnel que teve de ser construído para concluir esta obra, que teve um enorme contratempo quando se registou um abatimento de terras entre o Poço da Marinha e o Terreiro do Paço.

Este abatimento de terras fez com que a agua e o lodo entrassem na galeria, tendo depois parte do túnel que estava construído ido abaixo e aparecido fissuras na parede.

Mário Lino lembrou que este segundo túnel foi construído dentro do primeiro e que o novo túnel é «auto-suficiente», não sendo sujeito às «cargas e tensões por ter o outro túnel por fora».

«O outro túnel não tem nenhum efeito na resistência deste túnel interior. É um túnel que vale por si só e que podia existir isoladamente sem o outro. O outro já estava, tendo servido de cofragem», concluiu.

O ex-ministro das Obras Públicas Ferreira do Amaral, que chegou a prever o término destas obras a tempo para a Expo'98, considerou que a inauguração deste troço é a «concretização de um sonho».

«Quando se estabelece que vamos fazer isto e vamos andar com isto para a frente porque isto vai ser bom para as pessoas dá gosto mesmo passados 12 ou 13 anos ver que esse sonho se concretizou», explicou.

Este antigo ministro, ouvido pela TSF, assegurou ainda que assim que puder irá utilizar o troço que liga o Terreiro do Paço a Santa Apolónia, algo que admitiu que irá fazer de forma «especialmente orgulhosa».

Apesar do contentamento pela abertura deste troço do Metro de Lisboa, Ferreira do Amaral considerou ter havido um «gravíssimo erro técnico» que julga ter sido culpa do deficiente projecto da obra.

«A mim fez-me sempre uma certa impressão, pois por força das circunstâncias do sítio em que a obra se realizava, os lisboetas por mais de uma década tiveram privados da beleza única do Terreiro do Paço», notou.

A inauguração desta estação, que deveria acontecer apenas no sábado e que acabou por ser antecipada para esta quarta-feira, permitirá a ligação entre Santa Apolónia e a Amadora.

Para comemorar a conclusão da Linha Azul e a inauguração destas duas estações, o Metro oferece viagens gratuitas em toda a rede.


TSF

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