terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Insegurança

Microsoft alerta para falha crítica no Internet Explorer

2008-12-16 12:46:26

Washington – Prevendo que se poderá assistir a uma vaga de ataques na Web, devido a uma falha crítica descoberta no Internet Explorer, a Microsoft divulgou novas medidas de protecção aos usuários do navegador.

A falha, divulgada pela empresa, afecta os internautas que usam o navegador em vários dos sistemas operacionais oferecidos pela empresa como o Windows XP, Server e Vista e permite que os hackers explorem a vulnerabilidade do browser e ataquem os usuários, ficando com o controle do computador e roubando senhas e informações pessoais.

Já há seis mil páginas infectadas e o número tem tendência para crescer. Segundo os investigadores do Malware Protection Center Blog, 0,2% de todos os utilizadores da Internet devem ter estado expostos a páginas onde esta falha é explorada.

A vulnerabilidade pode ser encontrada em todas as versões do browser e não há previsão de quando estará corrigida mas até lá a Microsoft divulgou medidas específicas para lidar com o problema. Recomenda aumentar o nível de segurança nas opções de internet do computador e aconselha também a que os internautas desabilitem um componente chamado OLEDB32.dll e a função conhecida como XML Island. Estas medidas dificultarão o acesso às informações do usuário e reduzem o impacto do problema.

(c) PNN Portuguese News Network

Má pontaria


Mission Failed - Iraqi Journalist Throws Shoe at Bush - More amazing videos are a click away

domingo, 14 de dezembro de 2008

sábado, 13 de dezembro de 2008

Ciência

Os primeiros engenhos terrestres que foram a Júpiter, Saturno e Plutão


Físicos do Técnico resolvem mistério das sondas 'Pioneer'

FILOMENA NAVES

Física. Investigadores do Instituto Superior Técnico fizeram abordagem inovadora ao problema da até agora inexplicável desaceleração das naves 'Pioneer' 10 e 11 e encontraram a solução. Anomalia é causada pelas próprias fontes de energia das naves, que têm nela um efeito térmico desaceleradorFontes de calor das naves causam desaceleraçãoAs naves Pioneer 10 e 11, lançadas no início da década de 70 pela NASA para espreitar de perto Júpiter e Saturno pela primeira vez, cumpriram as suas missões sem problema. Enviaram para a Terra os primeiros close-ups dos dois planetas e seguiram viagem, empurradas para fora do sistema solar pela sua própria trajectória. Até que se percebeu, pelos sinais de rádio que continuaram a enviar, que havia qualquer coisa que não batia certo. As naves mostravam uma desaceleração inexplicável, prontamente baptizada por "anomalia das Pioneer", que acabou por gerar grandes debates na comunidade científica. Um grupo de físicos portugueses, do Instituto Superior Técnico (IST), deu agora o que parece ser a primeira resposta fundamentada para o problema, ao determinar que se trata de um efeito térmico causado pelas próprias fontes de energia nuclear das naves. Com ela, o grupo liderado pelo físico Orfeu Bertolami parece ter resolvido um mistério que durava há anos. "São resultados preliminares, que terão que ser confirmados pelo estudo que está a ser feito no Jet Propulsion Laboratory (JPL) da NASA sobre o problema, mas o nosso método é fiável e a nossa resposta fará parte da solução", disse ao DN Orfeu Bertolami, do IST. Este físico e os seus colegas Frederico Francisco, Paulo Gil e Jorge Páramos, todos do Técnico, assinam o artigo publicado no início de Novembro, na Physical Review, no qual expõem as suas conclusões.Quando a desaceleração das naves foi detectada, ainda na década de 80, os responsáveis pela missão deram conta dela em comunicações breves. Por qualquer razão, as Pioneer exibiam uma aceleração, embora mínima, na direcção do centro do sistema solar (para o Sol ou para Terra, não se sabe). O efeito verificável era que as naves estavam aquém do que deviam na sua viagem para fora do sistema solar. Isso podia ser medido através dos sinais de rádio que continuaram a enviar: a Pioneer 11 até 1996, ano em que se calou, e a 10 até 2003, quando emudeceu também para sempre. Para se ter uma ideia, quando a Pioneer 10 enviou para a Terra o seu último bip, em 2003, já tinha viajado 10,5 mil milhões de quilómetros através do sistema solar. Mas, feitas as contas, estava 400 mil quilómetros mais próxima da Terra do que devia. Esse era o efeito acumulado da tal desaceleração, após três décadas de viagem.Em meados dos anos 90, a questão começou a ser discutida com mais calor e levantaram-se muitas hipóteses, umas mais estranhas que outras, para explicar o fenómeno. Tratar-se-ia de uma fuga de gás? Seria um qualquer efeito gravítico desconhecido, ou antes um fenómeno térmico inesperado, causado pelas próprias fontes de energia das naves?A debate instalou-se . A hipótese da fuga de gás foi descartada. "Se fosse isso, o efeito teria que ser pontual e não contínuo, como se verificou", explica Orfeu Bertolami.Em 2002, a equipa do JPL que estava a estudar o problema, liderada por Slava Turychev, publicou um extenso artigo pormenorizando a questão e todas a s hipóteses possíveis para a explicar, mas sem apresentar uma solução. O mistério mantinha-se. Para avaliar mais profundamente o fenómeno, a equipa do JPL lançou então um estudo exaustivo, recuperando os registos de todos os dados da missão e incluindo todas as medições de temperatura das naves, e recorreu a uma sofisticada modelação computacional, que ainda está a decorrer.Entretanto, no IST, o jovem Frederico Francisco resolveu interessar-se pelo assunto em 2007 e Orfeu Bertolami sugeriu-lhe que fosse pela via da física. "Decidimos calcular uma distribuição de fontes de calor que explicasse a desaceleração, e em Fevereiro já tínhamos resultados interessantes", conta Orfeu Bertolami. Depois disso, era preciso determinar a margem de erro com diferentes fontes de calor. "Essa é a parte espectacular", diz Bertolami. "Verificámos que era mínima e que não precisávamos de nos preocupar com elas". No final, os resultados mostraram que 35% a 60% da desaceleração é devida aos tais efeitos térmicos. No JPL a azáfama continua. No final, esperam os portugueses, as conclusões deverão coincidir.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

domingo, 7 de dezembro de 2008

americanos


SON LOS AMERICANOS ESTUPIDOS??? (Subtitulado) - Funny bloopers R us

"mulas da internet"

Coimbra: investigadores europeus divulgam "mulas da internet", uma alternativa para zonas remotas

Coimbra, 07 Dez (Lusa) -- Uma nova filosofia de internet, capaz de ligar a rede global a zonas remotas do mundo, vai ser divulgada na próxima semana em Coimbra por investigadores do grupo europeu que desenvolve o projecto.

A iniciativa é do Instituto Pedro Nunes (IPN), ligado à Universidade de Coimbra, que no projecto internacional, participado por 12 instituições europeias, tem a tarefa de integração final dos segmentos de investigação de cada grupo, as experiências em África e a colocação do produto no mercado.

Terça realizam-se em Coimbra sessões de divulgação do denominado "N4C", dirigidas a empresários, essencialmente de telecomunicações, transportes e novas tecnologias, políticos e ONG'S (Organizações Não Governamentais).

"Queremos dizer que daqui a algum tempo haverá uma nova tecnologia, uma nova alternativas, que pode resolver alguns problemas" em regiões remotas, que não tem acesso à banda larga, realçou António Cunha, do IPN.

Na quarta-feira haverá uma sessão de cariz mais académico voltada para os problemas da integração de sistema em que participam universitários, investigadores e representantes de empresas, como a portuguesa Critical Software e a multinacional Intel.

Durante esta semana estão também reunidos no IPN investigadores das 12 instituições que fazem parte deste consórcio -- empresas, universidades, institutos de investigação -- da Suécia, Espanha, Irlanda, Noruega, Polónia, Eslovénia e Reino Unido.

António Cunha, administrador executivo do Laboratório de Automática e Sistemas do IPN, de Coimbra, o representante português no projecto, revelou á agência Lusa que se trata da "primeira reunião de integração", para "perceber como se vai interligar tudo", os vários segmentos da investigação, da responsabilidade de cada equipa.

O "N4C", iniciado em Maio passado e a decorrer até 2011, é um ambicioso projecto Europeu que vai permitir levar a Internet até ao "Fim do Mundo", refere uma nota de imprensa da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

Trata-se de uma nova filosofia de Internet que consiste na criação de "mulas" para tornar acessíveis as tecnologias da comunicação em zonas recônditas do mundo, que continuariam arredadas delas. Essas "mulas" irão fazer o vai-vem da informação entre as zonas recônditas e as dotadas de redes de fibra óptica, com acesso de Internet.

Esta engenhosa forma de democratizar o acesso à informação está a ser desenvolvida a pensar no povo Sami, da Lapónia, e na região montanhosa de Kocevje, da Eslovénia, onde serão realizados testes, bem como noutras regiões isoladas da Europa, mas é em África que se vaticina um grande impacto social, revelou à agência Lusa António Cunha.

A "mula" não é mais do que um dispositivo tecnológico que se pode instalar num helicóptero de transporte de turistas, como é o caso da Lapónia, em pessoas que fazem caminhadas na natureza, nos veículos que fazem o transporte de pessoas ou mercadorias entre as cidades e as zonas remotas.

O sistema prevê que essas zonas remotas sem acesso à Internet estejam equipadas de computador, que poderá ser utilizado pelos habitantes para enviar e-mail, ou dados. Com a passagem de uma "mula" pela localidade a informação é recolhida e transportada e, depois, enviada quando ela passar por uma zona servida por Internet

Através de comunicação WIMAX ou WIFI o dispositivo capta a informação do computador na zona remota e ao passar por uma zona servida com Internet descarrega-a na rede e recolhe a informação que por sua vez leva para essa região remota.

Esta tecnologia inovadora, denominada DTN (Delay and Disruption Tolerant Networking) está já a ser utilizada num projecto-piloto na Lapónia, com o povo Sami, considerado um dos maiores grupos nómadas na Europa, cuja actividade principal é a criação de renas.

Em Fevereiro, no norte da Suécia, na comunidade Sami, serão realizados "testes de inverno", destinados a avaliar as capacidades dos equipamentos e a arquitectura do sistema, bem como a sua robustez, num ambiente muito agreste de temperaturas negativas, explicou António Cunha.

FF.

Lusa

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008



Lesma marinha de três centímetros


Descoberto híbrido animal-planta

O primeiro animal que faz a fotossíntese foi encontrado no Atlântico.

Virgílio Azevedo
22:15 Terça-feira, 2 de Dez de 2008

A lesma marinha adquire a capacidade de fotossíntese depois de comer uma alga
É uma pequena lesma marinha com três centímetros de comprimento, que vive na costa atlântica da América do Norte, e que tem um poder até agora desconhecido na Natureza entre o reino animal: depois de comer uma alga adquire a capacidade de fotossíntese característica das plantas.

Chama-se "elysia chlorotica" e foi descoberta por uma equipa de investigadores de universidades norte-americanas e da Coreia do Sul, liderada por Mary Rumpho-Kennedy, professora de bioquímica e investigadora na Universidade do Maine. Segundo a revista científica 'New Scientist', a lesma marinha "é a forma suprema de energia solar: come uma planta e torna-se fontossintética". Este híbrido animal-planta gelatinoso de cor verde parece uma folha de árvore e conquista essa capacidade - que se mantém durante vários meses - com genes provenientes da alga que come, a "vaucheria litorea".

O pequeno ser obtém os cloroplastos - isto é, os objectos celulares verdes ricos em clorofila que permitem às células das plantas converter a luz solar em energia - e armazena-os nas células ao longo do seu intestino. O mais curioso é que as "elysia chlorotica" no estado jovem que se alimentem de algas durante duas semanas, podem viver o resto das suas vidas - um ano, em média - sem comer.

Mas os cientistas ainda não conseguiram descobrir tudo sobre este estranho ser marinho, como reconhecem num artigo publicado na revista de referência mundial 'Proceedings of the National Academy of Sciences'. Com efeito, os cloroplastos contêm ADN para codificar apenas 10% das proteínas necessárias para os manter activos e a equipa norte-americana está a ponderar várias explicações para este mistério. Mas, apesar disso, Mary Rumpho-Kennedy admite que "estes organismos fascinantes podem transformar o próprio ensino dos princípios básicos da biologia".

Texto publicado na edição do Expresso de 29 de Novembro de 2008

domingo, 30 de novembro de 2008

Parecidos


Julian Sands


Guillaume Depardieu

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Cultura científica




Ciências: 35 investigadores lêem Poema para Galileo

24.11.2008
Fonte: Público


Hoje é Dia Nacional da Cultura Científica, uma data que comemora o nascimento de Rómulo de Carvalho, o professor-cientista-poeta que adoptou o pseudónimo literário de António Gedeão. Para comemorar a ocasião, 35 cientistas portugueses aceitaram o desafio do PÚBLICO e leram, para o telemóvel do jornalista António Granado, o Poema para Galileo.

Links:
Vídeo: Poema para Galileo lido pelo próprio António Gedeão
Texto: Poema para Galileo

Imagem: António Granado (gravado com telemóvel)

Música: «Saltarello», autoria atribuída a Vincenzo Galilei, versão de Dead Can Dance

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Feira de Arte

Arte Lisboa aberta ao público a partir de hoje e até segunda-feira, no Pavilhão 4 da FIL


Ontem inaugurou-se só para convidados, mas a partir de hoje abre ao público, e até segunda-feira no Pavilhão 4 da FIL, das 16.00 às 23.00, a nova edição da Arte Lisboa. São cerca de 70 galerias de arte portuguesas (45) e espanholas (21), e a Alemanha, o Brasil, a Coreia e Moçambique marcam presença com uma galeria cada. O espírito geral é o combate ao espírito pessimista da crise económica dominante e assumir a feira não só como amostra significativa e importante do mercado português da arte, mas igualmente como plataforma de divulgação das diferentes dinâmicas criativas.

A edição deste ano da única feira de arte em Portugal não apresenta alterações ao formato que nos anos anteriores se tem mostrado relativamente eficaz, a julgar pelo crescimento do número de visitantes, bem como na consolidação do número de galerias participantes tanto portuguesas como estrangeiras.

A grande expectativa diz respeito não só à capacidade do aumento do número de visitantes (este ano as estimativas apontam para vinte mil), mas sobretudo no modo como a presente crise financeira vai afectar os negócios que se vão realizar durante estes dias. Muitos galeristas estão cépticos e falam de uma participação não motivada pelo negócio, mas sobretudo pelo dever de fazer parte de um dos mais importantes acontecimentos da cena artística nacional, mas são notadas as ausências da mais internacional galeria portuguesa, a Cristina Guerra, da agência Vera Cortês e de Fernando Santos. Mas se existem ausências, é de salientar a integração de mais seis galerias portuguesas e o aumento da participação espanhola.

Ainda relativamente aos negócios, a organização já garantiu, através do seu clube de coleccionadores, que cerca de 80 mil euros serão gastos em compras nesta edição da feira. E, paralelamente às vendas institucionais anunciadas, existe um programa especial para coleccionadores (nacionais e estrangeiros) que é realizado com o intuito de motivar e seduzir potenciais compradores.

Mas se os negócios e o modo como a crise afecta os negócios da arte vão ser os temas dominantes das conversas, a Arte Lisboa mantém a importante presença das salas de projecto, em que artistas individuais mostram projectos realizados propositadamente para a feira, e organiza um conjunto de debates e conferências dedicados ao coleccionismo, ao investimento em arte, ao pós-colonialismo na arte portuguesa, além de outros temas que reunirão nomes importantes da crítica, artistas, galeristas, entre outros (programação em www.artelisboa.fil.pt).

Spam


«Rei do Spam» foi detido nos EUA


2008-07-23 13:50:46

Los Angeles - Robert Soloway, de 28 anos conhecido como o "rei do spam" foi condenado na terça-feira, nos Estados Unidos, a quase quatro anos de prisão por ter enviado milhões de mensagens indesejáveis, spams, entre 2003 e 2007 para promover produtos de sua empresa de marketing em Seattle, informaram as autoridades.
Soloway é considerado o oitavo maior emissor de lixo electrónico do mundo e já tinha sido detido no ano passado acusado de uso de identidade falsa, lavagem de dinheiro e fraude postal e electrónica. Soloway foi sentenciado a três anos e 11 meses de prisão pelo juiz do tribunal federal de Seattle, informou o canal local KOMO-TV.«Spam» é uma mensagem electrónica não-solicitada enviada em massa, na sua forma mais popular, um spam consiste numa mensagem de correio electrónico com fins publicitários.


(c) PNN Portuguese News Network

Nova ponte em Lisboa

Terceira Travessia : Propostas da Câmara de Lisboa são "viáveis" - RAVE

20 de Novembro de 2008, 16:05

Lisboa, 20 Nov (Lusa) - O administrador da RAVE - Rede Ferroviária de Alta Velocidade, Carlos Fernandes, defendeu hoje que as alterações propostas pela Câmara de Lisboa para a Terceira Travessia do Tejo são "viáveis".
"De acordo com a avaliação que fomos fazendo ao longo dos últimos meses, as sugestões [da Câmara de Lisboa] são viáveis e representam pequenas alterações das soluções que existem", afirmou Carlos Fernandes à margem do fórum "Infra-estruturas e Transportes", organizado pelo Diário Económico.
A Câmara de Lisboa propõe o abaixamento do tabuleiro da futura ponte, que ligará Chelas ao Barreiro, e a substituição de viadutos rodoviários e ferroviários por túneis.
"Um rebaixamento ligeiro da ponte, acima ainda dos valores que o Porto de Lisboa impôs como valores mínimos [42,5 metros] e uma pequena alteração ao nível dos viadutos e da entrada em Lisboa são incorporáveis" na declaração de impacto ambiental "sem nenhum problema", afirmou o responsável da RAVE.
"Todas as contribuições que enriqueçam este projecto durante a consulta pública vão ser introduzidas", garantiu Carlos Fernandes, admitindo que as propostas da Câmara de Lisboa "têm um peso institucional muito forte".
A consulta pública da Terceira Travessia do Tejo termina a 9 de Dezembro e a Comissão de Avaliação de Impacto Ambiental tem de se pronunciar obrigatoriamente até 23 de Fevereiro.
O concurso público para a Terceira Travessia do Tejo, previsto para Janeiro de 2009, só poderá ser lançado após a conclusão do processo de avaliação de impacto ambiental.
"Nós esperamos que possa haver uma declaração anterior [a 23 de Fevereiro] para que possamos lançar o concurso antes dessa data, mas o prazo legal para conclusão do processo de avaliação ambiental é 23 de Fevereiro", concluiu o administrador da RAVE.
A Terceira Travessia do Tejo, que terá duas vias para a alta velocidade, duas vias para a rede convencional e duas vias com três faixas cada uma para o tráfego rodoviário, representa um investimento de 1,7 mil milhões de euros.


CSJ
Lusa/Fim

sábado, 15 de novembro de 2008

Bichana


Da estirpe dos gatos de rua
Posted by Picasa

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Nuno Silva

Investigador do ISEP ganha prémio de pesquisas na Net


Nuno Silva ganhou o prémio de melhor trabalho no Eurographics/IEEE VGTC Symposium on Visualization, o principal evento internacional de visualização de conteúdos.

O investigador do Instituto Superior Engenharia do Porto (ISEP) foi premiado pelo desenvolvimento de um sistema que permite pesquisar e seleccionar conteúdos na Internet, através de técnicas semânticas.
Segundo comunicado do ISEP, a tecnologia desenvolvida por Nuno Silva com o galês Owen Gilson permite obter informações qualitativamente mais precisas que as permitidas pela maioria dos resultados dos actuais motores, que apresentam listas de informação quantitativamente extensas que nem sempre correspondem ao que se pretende procurar na Web.

O trabalho liderado por Nuno Silva, que é apontado como um contributo para a Web 3.0, permite a análise de significados e a formulação de questões do tipo: «Mostre-me as situações em que o político X defendeu no passado ideias contraditórias com o seu programa eleitoral». Visualização de resultados em gráficos é outras das inovações alcançadas pelo trabalho de Nuno Silva.

"Frutas e legumes disformes"

Devido à crise e aos preços que hoje se praticam, a Comissão Europeia vai permitir a venda de 26 frutas e legumes que antes estavam fora das prateleiras dos supermercados por não terem a dimensão e forma adequada. As novas regras vão entrar em vigor a partir de Julho do próximo ano.
As cenouras disformes, a couve-flor muito pequena e o pepino curvado vão regressar às prateleiras dos supermercados, no verão de 2009.
A Comissão Europeia quer pôr fim a uma das regras mais polémicas da legislação comunitária, por isso, vai deixar de exigir que a maior parte das frutas e legumes à venda tenha que ter determinada forma, tamanho ou cor para chegar às bancas.
Em tempo de crise, Bruxelas considera que não faz sentido não aproveitar um melão só porque este não tem a aparência ideal, embora possa custar 40 por cento menos.
A Comissão vai levantar a aplicação da regra comunitária a 26 produtos, mas deixa de fora dez, como as maças, morangos, alfaces e os tomates.
No entanto, os que não tiverem as características indicadas não precisam de passar a compota ou ser deitados fora, vão poder chegar ao mercado, mas com uma etiqueta diferente e a um preço mais baixo.
Os dez alimentos que ficam de fora representam 75 por cento do mercado da União Europeia para as frutas e legumes, adiantou uma fonte comunitária à TSF.
As frutas e legumes disformes devem regressar aos supermercados em Julho do ano que vem
A Comissão Europeia acredita ainda que o desperdício de frutas e legumes será reduzido em cerca de 20 por cento.

TSF

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Os cientistas e Obama


PRÉSIDENTIELLE AMÉRICAINE
L’obamania a gagné le monde scientifique
NOUVELOBS.COM 04.11.2008 14:43

Fâché avec le président George W. Bush sur de nombreuses questions, le monde scientifique et universitaire américain attend le changement avec impatience. Le candidat Démocrate est le favori des chercheurs aux Etats-Unis.


Obama/McCain: le candidat démocrate a la préférence du monde scientifique. (AP Photo/Jae C. Hong)(AP Photo/Carolyn Kaster)
Ces dernières semaines, de nombreux chercheurs américains se sont mobilisés pour exprimer leur soutien à Barack Obama dans la campagne pour l’élection présidentielle, souhaitant faire entendre leur opinion au-delà des murs de leurs laboratoires. La revue Science relate ainsi les efforts déployés par une physicienne à la retraite de l’Université du Wisconsin, Bernice Durand, qui a mobilisé tout son réseau pour que les scientifiques rendent public leur soutien au candidat Démocrate.

Résultat : près de cinquante journaux répartis dans 20 Etats ont publié les articles de ces chercheurs engagés derrière Obama, candidat le plus populaire dans le monde scientifique et universitaire. Un univers il est vrai traditionnellement ‘’à gauche’’. D’après une enquête menée l’année dernière par un sociologue de Harvard, la moitié des universitaires et des chercheurs se déclare Démocrate contre 14% qui s’affichent Républicains. Ces derniers n’ont pas monté d’initiative publique pour soutenir McCain, souligne la revue Science.

Cette proximité est visible dans l’entourage des candidats : les conseillers scientifiques de Barack Obama sont issus de l’univers académique, comme Harold Varmus, prix Nobel et ancien directeur des NIH (National Institutes of Health), ou Don Lamb, physicien à l’Université de Chicago. Les conseillers scientifiques de John McCain sont eux majoritairement issus du monde politique.

Sur le fond, les positions de John McCain et de Barak Obama sur les questions scientifiques et techniques ne sont pas aussi éloignées que pouvaient l’être celles d’un George W. Bush et d’un Al Gore. Cette année, les deux principaux candidats à la Maison Blanche sont d’accord pour limiter les émissions de gaz à effet de serre grâce à un système d’échange de permis (cap-and-trade system), même si leurs plans diffèrent dans les détails. Ils sont tous deux en faveur du soutien à la recherche et à l’innovation, souhaitent poursuivre le programme spatial engagé, notamment le retour de l’Homme sur la Lune en 2020.

Barak Obama est favorable aux recherches sur les cellules souches embryonnaires humaines et veut lever les limites imposées par Bush pour les laboratoires publics lors de sa première présidence. John McCain avait lui-même, en tant que sénateur, milité pour lever ces interdits mais au cœur de la campagne 2008 ses déclarations ont été moins claires que celles d’Obama. Le candidat Républicain a insisté sur le développement de techniques alternatives évitant de détruire des embryons humains. Il a surtout choisi une colistière, Sarah Palin, connue pour son opposition à l’avortement et aux recherches sur l’embryon.

Sur les questions climatiques, les doutes de Sarah Palin quant à l’impact de l’activité humaine sur le réchauffement ont également parasité le discours de McCain. Enfin sur la question de l’évolution, cruciale pour le monde académique, Barack Obama et son colistier Joe Biden se sont clairement prononcés pour l’enseignement unique de la théorie de l’évolution à l’école, rejetant celui du ‘’dessein intelligent’’ (nouveau nom du créationnisme). Moins net sur ce sujet, le discours de John McCain est une fois de plus brouillé par les opinions créationnistes de Palin, proche de la droite religieuse conservatrice.

Barack Obama a répondu par écrit aux 18 questions posées par la revue scientifique Nature tandis que John McCain ne s’est pas prêté au jeu.

Si Barack Obama est le vainqueur de l’élection du 4 novembre, la grande majorité du monde scientifique et universitaire se réjouira aux Etats-Unis. Quoi qu’il en soit, les chercheurs sont globalement soulagés d’en finir avec l’administration Bush, sa position de blocage sur le climat, les cellules souches, et ses tentatives de manipulation de la science (lire Un climat étouffant pour les chercheurs aux Etats-Unis).

Cécile Dumas
Sciences et Avenir.com
03/11/08

Fita adesiva


A gauche une radio du doigt obtenue avec les rayons X émis par le rouleau de scotch. A droite la lumière visible émise par le scotch. (Carlos Camara, Juan Escobar et Seth Putterman)

Cette radiographie du doigt a été réalisée en laboratoire grâce à un rouleau de ruban adhésif, transformé par des chercheurs en source de rayons X… Juan Escobar et Carlos Camara, de l’Université de Californie (UCLA) ont voulu vérifier un phénomène décrit il y a plusieurs décennies par des chercheurs russes : dérouler un rouleau de scotch produit des rayons X.

Dans une pièce sombre, l’œil humain peut voir la lumière produite par un rouleau de scotch qu’on déroule : il s’agit du phénomène de triboluminescence –la production de lumière par frottement. Allant plus loin, Escobar et Camara ont créé un dispositif permettant de dérouler le ruban adhésif à la vitesse de 3 centimètres par seconde. Grâce à un détecteur de rayons X, ils ont pu mesurer dans le vide les jets intenses de rayons X produit par le scotch. Ils ont même réalisé des images de différents objets et du doigt de l’un des membres de l’équipe avec des expositions de 20 secondes.

Les chercheurs supposent que lorsque le film plastique est décollé, la partie adhésive exposée se charge positivement tandis que la partie extérieure qui reste sur le rouleau devient négative, créant ainsi des champs électriques. Ces travaux sont publiés aujourd'hui dans la revue Nature.

C.D.
Sciences et Avenir.com
23/10/0

Ponte habitável

Un béton high-tech pour construire des ponts habités


NOUVELOBS.COM 14.10.2008 12:07


L’architecte français Marc Mimram profite des propriétés des nouvelles générations de bétons pour imaginer des ponts à la fois légers et habités, transformant une infrastructure de transit en espace multifonctionnel. Rencontre.


Un « pont paysage » à la Courneuve, un « pont toit » à Shangaï, des « ponts structures d’accueil » à New-York , un« pont habité » à Moscou (voir la galerie de photos). L’architecte -ingénieur Marc Mimram a présenté quatre projets faisant exploser le rôle passif de ces infrastructures, le 1er octobre dernier, à New-York, en marge d’une conférence sur le béton, organisée par l’Université de Columbia.
«Il faut regarder le pont comme on regarde la tour, sous la forme d’une structure habitable» a-t-il osé au royaume des gratte-ciel. «Après la ville dressée découverte à Manhattan par Louis-Ferdinand Céline dans Voyage au bout de la nuit, dépeinte comme ''debout, absolument droite et raide à faire peur '', l’idée est de recoucher la ville en profitant de l’atout du franchissement». Et de satisfaire aussi aux besoins de densification de la ville, de mixité, de mobilité, nouvelles tartes à la crème du développement durable. Bref, de considérer chaque pont comme une opportunité et non plus seulement comme un mal nécessaire, dévoreur d’espace et pourvoyeur de nuisances.
Sponsorisée par le groupe Lafarge, cette étude fait suite à « Hypergreen », concept de tour essayant de répondre également aux impératifs du développement durable pour les mégalopoles mondiales, imaginé par l’architecte Jacques Ferrier (voir Sciences et Avenir, Bien vivre en ville). A l’instar de son prédécesseur, Marc Mimram a donc naturellement privilégié, pour bâtir ses ponts de rêve, des bétons fibrés à ultra-hautes performances (Befup). «Ils démultiplient les capacités structurelles et plastiques du béton conventionnel, assure cet ingénieur des Ponts et Chaussées, à qui l’on doit la passerelle Solferino à Paris. «Ils autorisent de nouveaux types de structures, légères, inventives» Comme ce pont paysage à double ruban, évoquant l’anneau de Moebius, qu’il a imaginé pour désenclaver la cité des 4000. Franchissant l’autoroute, cette « agrafe urbaine » donne accès aux habitants de la cité au parc de la Courneuve (Seine Saint Denis).
Pour la mégalopole de Shanghai, lardée d’infrastructures routières en hauteur, Marc Mimram a décidé de considérer les ponts comme des toits. Il a donc conçu des auvents de béton dont la finesse évoque la tôle pour délimiter de nouveaux espaces d’accueils pour le public. Il donne ainsi rendez-vous sous les ponts aux shanghaiens branchés pour une exposition de sculpture! Pour New-York, l’architecte-ingénieur a carrément dessiné des méga- structures d’accueil et de transit, reliant Manhattan aux autres districts de l’Etat. Chaque poutre de franchissement supporte une résille de béton dont les cavités peuvent être habitées par des clubs de gym, des bibliothèques, des agences etc… «Grâce à sa très grande inertie, la structure n’est pas limitée à un caisson opaque, mais devient une dentelle transparente à l’intérieur de laquelle peuvent être maintenus des flux de transit» avance l’architecte. Enfin, pour la capitale moscovite, Marc Mimram a jeté sur le fleuve une passerelle, sorte de coquillage assemblant des mailles de béton et destinée à être habitée, comme autrefois le Ponte-Vecchio de Florence. L’un de ces projets verra t-il jamais le jour ? Si oui, on espère alors pour ceux qui habiteront les ponts que les bétons seront également ultra-performants en matière d’insonorisation.

Rachel MulotSciences et Avenir.com10/10/08

Une tomate violette contre le cancer


Tomates génétiquement modifiées. Image : Jonh Innes Centre


Les anthocyanines sont des antioxydants de la classe des flavonoïdes. Présents en grande concentration dans les végétaux rouges à violacés (myrtilles, mures, cerises, aubergines…), ils possèdent des propriétés antitumorales et anti-inflammatoires. Des études ont également prouvé qu’ils offrent une protection contre les maladies cardiovasculaires et les pathologies dégénératives liées à l'âge. Malheureusement, les concentrations de ce flavonoïde dans les fruits et légumes les plus communément mangés ne sont pas assez élevées pour offrir des avantages optimaux.

Dans le cadre des projets ProFood (5e PCRD) et Flora (6e PCRD) financés par l’Union Européenne, des chercheurs du Royaume-Uni, d'Italie, d'Allemagne et des Pays-Bas ont résolu ce problème en créant une tomate (le fruit le plus consommé dans le monde) transgénique à haute teneur en anthocyanine. Pour ce faire, ils ont inséré dans le génome de la solanacée des gènes de la fleur gueule-de-loup, une plante originaire du bassin méditerranéen riche en anthocyanines.

Résultat : les tomates génétiquement modifiées arborent une belle couleur pourpre mais surtout leur niveau d’anthocyanines a triplé. Nourries avec ces tomates violettes des souris de laboratoire, susceptibles de développer un cancer, ont vécu plus longtemps que celles ayant mangé des tomates rouges classiques.

Reste à confirmer ces effets sur l’Homme. Certains scientifiques considèrent en effet que la consommation de flavonoïdes en trop grandes quantités pourrait présenter certains risques.


J.I.
Sciences et Avenir.com
29/10/2008

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Ana Lagoa

Este blogue está a tornar-se num noticiário necrológico...


© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

Ópera: Morreu a soprano Ana Lagoa

2008-11-10 19:19:29

Lisboa, 10 Nov (Lusa) - A cantora lírica Ana Lagoa, 75 anos, faleceu hoje na sua casa em Salzburgo, vítima de Alzheimer, disse à Lusa um familiar.
O corpo da soprano que por casamento obtivera a dupla nacionalidade, portuguesa e austríaca, será cremado terça-feira, indicou a mesma fonte.
Ana Lagoa estreou-se em 1962 no Teatro S. Carlos, em Lisboa, na ópera "Mérope" de Joly Braga Santos, "com êxito extraordinário, e de que há registo nos arquivos da RDP", referiu à Lusa o crítico musical João Pereira Bastos.
Ana Lagoa realizou estudos em Paris, Milão e Salzburgo como bolseira da Fundação Gulbenkian. Em Milão foi aluna de Carla Castellani e em Salzburgo ingressou na Academia Mozarteum.
A par das actuações em território nacional, Ana Lagoa realizou várias digressões às ex-províncias ultramarinas portuguesas e também a palcos europeus como o Liceo de Barcelona, onde se apresentou na ópera "Serrana", de Alfredo Keil.
Recebeu, entre outros galardões, o Prémio Tomás Alcaide de 1970, e "alcançou os seus maiores sucessos nas temporadas de ópera do Teatro da Trindade, em Lisboa, sendo presença assídua dos Festivais Gulbenkian", assinalou ainda Pereira Bastos.
O crítico apresentará na próxima segunda-feira um programa na Antena 2 dedicado à soprano, que se distinguiu, entre outros papéis, no de Mimi de "La Bohème", de Puccini.
NL.
Lusa/Fim© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
Ópera: Morreu a soprano Ana Lagoa
2008-11-10 19:19:29
Lisboa, 10 Nov (Lusa) - A cantora lírica Ana Lagoa, 75 anos, faleceu hoje na sua casa em Salzburgo, vítima de Alzheimer, disse à Lusa um familiar.
O corpo da soprano que por casamento obtivera a dupla nacionalidade, portuguesa e austríaca, será cremado terça-feira, indicou a mesma fonte.
Ana Lagoa estreou-se em 1962 no Teatro S. Carlos, em Lisboa, na ópera "Mérope" de Joly Braga Santos, "com êxito extraordinário, e de que há registo nos arquivos da RDP", referiu à Lusa o crítico musical João Pereira Bastos.
Ana Lagoa realizou estudos em Paris, Milão e Salzburgo como bolseira da Fundação Gulbenkian. Em Milão foi aluna de Carla Castellani e em Salzburgo ingressou na Academia Mozarteum.
A par das actuações em território nacional, Ana Lagoa realizou várias digressões às ex-províncias ultramarinas portuguesas e também a palcos europeus como o Liceo de Barcelona, onde se apresentou na ópera "Serrana", de Alfredo Keil.
Recebeu, entre outros galardões, o Prémio Tomás Alcaide de 1970, e "alcançou os seus maiores sucessos nas temporadas de ópera do Teatro da Trindade, em Lisboa, sendo presença assídua dos Festivais Gulbenkian", assinalou ainda Pereira Bastos.
O crítico apresentará na próxima segunda-feira um programa na Antena 2 dedicado à soprano, que se distinguiu, entre outros papéis, no de Mimi de "La Bohème", de Puccini.
NL.
Lusa/Fim

Curar a SIDA

Um grupo de investigadores das universidades de Cardiff (País de Gales) e da Pensilvânia (EUA) encontram-se a desenvolver um aglomerado de células artificiais que no futuro poderão vir a combater o vírus da SIDA.
As células desenvolvidas em laboratório são adaptações às «células T-assassinas», que já existem no corpo humano, com alterações laboratoriais específicas para encontrarem o vírus do HIV mesmo depois das mutações, segundo noticia divulgada pela revista Nature Medicine.
A maior parte dos vírus que atacam o corpo humano podem ser desviados numa segunda intrusão no interior de um organismo, devido à acção das «células T-assassinas», que conseguem encontrar os vírus antes deles atacarem. A principal dificuldade no combate ao vírus do HIV tem sido exactamente essa situação, porque, devido a um complexo sistema de mutação, o vírus do HIV consegue ludibriar todas as defesas do nosso sistema imunológico e impedir a acção das «células T-assassinas».
Com a criação deste novo tipo de células criadas com «receptores de células T» (parte específica das células T-assassinas que identifica os vírus) especialmente desenvolvidos para encontrarem o vírus da SIDA, vai ser possível retardar, enfraquecer e evitar a mutação do vírus HIV, tornando-se assim mais fácil o seu combate e eliminação.
Uma das principais dificuldades ao desenvolvimento da investigação tem sido o facto de os «receptores de células T-assassinas» variarem consoante as diferentes populações raciais.

Mulheres

Prémios L'Oréal Portugal para a Mulheres na Ciência são entregues hoje


Mulheres cientistas recebem prémio para estudar demência e Química Verde
10.11.2008 - 14h57 Andrea Cunha Freitas
São promessas de um futuro melhor. Susana Solá, Paula Moreira e Marina Kirillova têm projectos que prometem dar que falar nos próximos tempos e que abrangem áreas como as doenças neurodegenerativas (Alzheimer, neste caso), a diabetes e o envelhecimento celular e ainda os processos químicos de tratamento numa indústria ambientalmente mais correcta. O júri científico, presidido pelo cientista Alexandre Quintanilha, escolheu-as entre 40 candidaturas.

A distinção surge "pelo contributo que poderão trazer para a compreensão da mais frequente forma de demência nos países industrializados - o Alzheimer - e para a redução dos impactos ambientais decorrentes de vários processos químicos que, sendo indispensáveis, têm de ser 'reinventados' para travar a situação de fragilidade enfrentada pelo planeta". Argumentos para justificar o incentivo que uma medalha de honra e 20 mil euros podem dar a um projecto de investigação.

Têm de ser mulheres, doutoradas, cientistas, ter menos de 35 anos e desenvolver os seus projectos em Portugal. Estes são os critérios elementares para a atribuição das Medalhas de Honra L'Oréal, que têm o apoio da Fundação Nacional da UNESCO e da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). As três galardoadas são hoje distinguidas, na Academia das Ciências de Lisboa, durante a Cerimónia de Encerramento das Medalhas de Honra L'Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência. Falámos ao telefone com estas mulheres cientistas antes da entrega dos prémios.

Susana Solá: Parar a morte celular para travar Alzheimer

Doutorada em Farmácia e investigadora da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, Susana Solá, de 32 anos, estuda os mecanismos de morte cerebral observados na angiopatia amilóide cerebral, comum a várias doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, anuncia o comunicado.

Quando recebe o contacto do PÚBLICO, a investigadora remete as explicações para um e-mail que já preparou com "algumas explicações mais simples". Porém, não consegue evitar uns minutos de conversa e explica como é que o projecto vencedor une um conhecimento já adquirido com uma pergunta por responder.

Assim, Susana espera conseguir aliar o que já se sabe sobre o ácido biliar, o ácido tauroursodesoxicólico (TUDCA) - estudos anteriores demonstraram que previne a morte das células -, ao que deverá descobrir sobre a influência das diferentes mutações no gene Aß na morte das células do sistema microvascular cerebral. "No seu conjunto, este projecto poderá fornecer novos dados que poderão ter importantes implicações no desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para o tratamento de doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer", conclui.

Segundo explicou, a "angiopatia amilóide cerebral é uma característica específica das formas familiares da doença de Alzheimer, a forma mais frequente de demência nos países industrializados, devida à deposição da proteína ß-amilóide (Aß) nas paredes dos vasos sanguíneos do cérebro". O projecto vai testar a hipótese de o TUDCA (uma substância que facilmente pode ser produzida e utilizada na versão sintética) ser capaz de aumentar a capacidade de sobrevivência das células dos vasos sanguíneos do cérebro expostas aos diferentes agregados de Aß.

"Se os nossos estudos fundamentais conseguirem esclarecer os alvos e os mecanismos moleculares inerentes à toxicidade da proteína Aß, mais facilmente se conseguirão desenhar terapias eficazes para esta patologia", conclui.

Paula Moreira: Procurar novos alvos para evitar demência

A conversa acontece ao telefone na berma de uma estrada. A viagem será ainda longa e Paula Moreira, de 33 anos, doutorada em Ciências Biomédicas e investigadora do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, decide encostar o carro para dar mais esclarecimentos sobre o seu trabalho, intitulado Da Diabetes à Demência Explorando as Vias de Sinalização Enviadas pela Mitocôndria e Proteínas Desacopladoras.

A investigadora explica que quer perceber de que forma a diabetes e o envelhecimento - dois importantes factores de risco para a demência - afectam os neurónios e as células que revestem os vasos sanguíneos (endoteliais). Mais do que isso, o projecto quer ver como a disfunção celular provocada pelo envelhecimento e pela diabetes contribui para o desenvolvimento e progressão da doença de Alzheimer. "Nós estamos numa população envelhecida e o problema da demência é muito actual e preocupante", nota Paula Moreira.

No trabalho a ser executado nos próximos anos, a cientista vai-se debruçar sobre a mitocôndria - um organelo fundamental para as células que produz energia que, com o envelhecimento ou em casos de diabetes e doença de Alzheimer, começa a decair - e a sua influência na morte das células. "A nossa ideia é tentar descortinar quais são as vias de sinalização mediadas pela mitocôndria e também o papel das suas proteínas desacopladoras, que poderão ter uma função protectora em situações de stresse oxidativo, como encontramos na diabetes, envelhecimento e doença de Alzheimer", diz Paula Moreira.

A investigadora deverá recorrer a modelos animais (ratos) para estudar a diabetes, transgénicos (ratinhos) no caso da doença de Alzheimer e também a cultura de células. Recentemente, estudos epidemiológicos demonstraram que os diabéticos têm mais risco de desenvolver Alzheimer.

Marina Kirillova: Compostos metálicos de inspiração biológica

Marina Kirillova, uma bielorrussa de 29 anos, é doutorada em Química e investigadora do Instituto Superior Técnico. Com um português cheio de sotaque, a cientista pede as perguntas por escrito. As respostas chegam pouco tempo depois.

"Com este projecto tem-se o intuito de obter uma nova série de complexos metálicos de inspiração biológica e aplicação dos mesmos como catalisadores eficientes em diversas transformações químicas de relevância industrial, científica e ambiental".

E, como se tratasse de uma justificação, Marina explica que "o desenvolvimento de novos processos com relevância em 'Química Verde' apresenta-se como um requisito essencial em todas as áreas da química moderna e de crucial importância, tendo em consideração a débil situação ambiental do planeta Terra". Por isso, diz, é urgente alterar a maior parte das actuais transformações químicas, que se processam em solventes orgânicos (voláteis, tóxicos, inflamáveis e pouco amigos do ambiente) e requerem catalisadores caros, aditivos tóxicos, altas temperaturas e pressões.

Como? Com a "transformação de hidrocarbonetos saturados (matérias--primas baratas, principais constituintes do gás natural e do petróleo) em produtos orgânicos de valor acrescentado (álcoois, cetonas, ácidos carboxílicos, etc.) e a fixação química e activação de dióxido de carbono (gás responsável pelo efeito de estufa)", responde Marina Kirillova, acrescentando: "Alguns dos compostos sintetizados serão testados futuramente em Química Medicinal, numa perspectiva de aplicação farmacêutica". O projecto cruza a Bioinorgânica, a catálise e a Química Verde.

Adriano Miranda (arquivo)

Nada como o exemplo



Jerusalém. Polícia israelita teve de intervir
A Igreja do Santo Sepulcro, um dos locais mais venerados da cristandade, foi ontem palco de pugilato entre monges ortodoxos gregos e padres arménios. A polícia israelita acabou por intervir e deteve um padre arménio e um monge ortodoxo grego.O controlo deste antigo templo, situado na Cidade Velha de Jerusalém, é dividido entre seis Igrejas cristãs o que, em si mesmo, é já razão para tensões e alguns desentendimentos. Na origem dos confrontos de ontem esteve o pedido dos ortodoxos gregos para colocarem um dos seus monges dentro da Edícula - recinto onde, segundo a tradição, se encontra o túmulo de Jesus - durante a procissão dos arménios que comemoravam a Festa da Cruz, isto é o IV século da descoberta da cruz na qual, segundo a tradição, Cristo terá sido crucificado. Os arménios recusaram e quando a sua procissão entrou no templo foi bloqueada pelos monges gregos. A reacção não se fez esperar e os membros dos dois lados passaram a vias de facto."O que está a acontecer é uma violação do statu quo. Os gregos tentaram muitas vezes colocar os seus monges dentro do túmulo, mas eles não têm o direito de o fazer quando os arménios estão a celebrar a sua festa", disse um padre arménio, citado pela BBC.Por seu turno, um monge grego considerou que estavam a "protestar pacificamente; ficámos aqui no meio e afirmámos que não deixaríamos a procissão continuar a não ser que deixassem o nosso guarda no interior [da Edicula]. Isso não aconteceu e a polícia interferiu."Serafim, um jovem monge ortodoxo grego que ficou ferido na sobrancelha esquerda, explicou ao diário israelita Jerusalem Post que os monges gregos estavam a tentar impedir que os arménios "estabelecessem um direito que não têm"."Lamento que estes incidentes tenham ocorrido em frente ao Santo Sepulcro, que é o monumento religioso mais santo da cristandade", disse, por seu turno, o arcebispo Aristarchos, secretário do patriarcado ortodoxo grego, citado pelo Post.O templo, cujas regras de coabitação entre as várias Igrejas foram estabelecidas pelos otomanos em 1852 e que é visitado por milhares de fiéis, tem sido prejudicado pela ausência de consenso entre as partes. Por exemplo: apesar do perigo, uma saída de incêndio continua sem ser construída porque não há consenso e uma escada de madeira, que foi colocada sobre a entrada do templo no século XIX, continua no mesmo local porque não há acordo sobre quem tem autoridade para a retirar.

Miriam Makeba

Miriam Makeba


Morreu a cantora sul-africana Miriam Makeba
«Mama Afrika» sofreu um ataque cardíaco


A sul-africana Miriam Makeba morreu este domingo em Itália depois de sofrer um ataque cardíaco. A cantora também conhecida como «Mama Afrika» e «Imperadora da Canção Africana» tinha 76 anos.
Miriam Makeba tinha participado num concerto na localidade de Baia Verde, na região de Castel Volturno. O espectáculo foi organizado a favor de Roberto Saviano, o escritor do livro «Gomorra», que passou a viver escondido da Camorra, a máfia napolitana, desde há dois anos.
A morte de Miriam Makeba foi provocada por «um ataque de coração, mas ela já não estava bem há algum tempo», confirmou o publicista Mark Lechat à agência Reuters. Nascida em Joanesburgo em 4 de Março de 1932, a cantora tornou-se um símbolo da luta contra o Apartheid com canções sobre o amor e a tolerância e os êxitos «Pata Pata» e «The Click Song» tornaram-se clássicos.
Em 1959 foi obrigada a deixar a África do Sul só conseguindo voltar ao seu país 35 anos depois em 1990, quando sob a presidência de Frederik de Klerk estavam em curso as reformas no país que colocaram um fim ao regime de segregação racial.


Portugal diário

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Investigação

A infusão de folhas de vinca é já usada no tratamento de várias doenças como diabetes, febre, reumatismo e hemorregias

Investigação

Descobertas virtudes antioxidantes da planta vinca

Estudo realizado por investigadores portugueses e espanhóis valoriza as propriedades terapêuticas de uma vulgar planta de jardim.

Margarida Cardoso
18:36 Quinta-feira, 6 de Nov de 2008


O trabalho de um grupo de investigadores portugueses e espanhóis revela propriedades antioxidantes da vinca, uma planta originária de Madagáscar e vulgarmente plantada nos jardins.
A equipa coordenada por Mariana Sottomayor, do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), encontrou 15 novos compostos fenólicos na vinca (Catharantus roseus) que poderão ser usados na indústria alimentar e cosmética.
A presença destes compostos tem maior incidência nas pétalas e sementes da flor e poderá aumentar a rentabilidada da sua cultura, indica o estudo publicado no 'Journal of Agricultural and Food Chemistry'.
A infusão de folhas de vinca é já usada no tratamento de várias doenças como diabetes, febre, reumatismo e hemorregias.
No currículo desta planta está, também, a descoberta da vincristina e vinblastina, os primeiros compostos anticancerígenos de origem natural com utilização clínica.
Na base do trabalho agora revelado pelo IBMC está, precisamente, uma pesquisa sobre o potencial da planta para produzir compostos até agora pouco investigados. O seu resultado vem, assim, valorizar as aplicações da vinca, já com vastas plantações em todo o mundo, em especial no hemisfério sul, desde que foi conhecido o seu poder anticancerígeno.
No entanto, são precisas várias toneladas da planta para produzir alguns miligramas dos alcaloides anticancerígenos.


expresso

Milú

Foi-se embora

Raul da Costa Camelo


© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.


Óbito: Pintor Raul da Costa Camelo faleceu hoje em Paris
2008-11-06 19:04:30

Paris, 06 Nov (Lusa) - O pintor Raul da Costa Camelo, 84 anos, faleceu hoje em Paris, disse à Lusa a sua mulher.

O pintor, natural da Covilhã, vivia em Paris desde 1950, e encontrava-se hospitalizado desde Março.

"É de lamentar a perda de um dos mais significativos artistas portugueses em França, um pintor histórico de Paris", disse à Lusa, João Pedro Garcia, director da Fundação Calouste Gulbenkian em Paris.

Costa Camelo planeava uma grande exposição em Janeiro na Amadora, disse à Lusa, a sua mulher, Claude Costa Camelo.

O pintor, que frequentou a Faculdade de Letras de Lisboa, e a Academia Real de Belas Artes de Antuérpia, expôs com frequência em França e Portugal, estando representado em várias colecções particulares.

Em 1984, o Governo português condecorou-o com o grau de Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e, em 1987, foi a vez do Governo de Paris o distinguir com o grau de Cavaleiro das Artes e das Letras.

Os críticos de arte qualificam a sua obra abstracta como de uma "modernidade intemporal". O jornal bilingue Luso, que se publica em Paris, quando o distinguiu este ano com o Prémio Talento, escreveu que Costa Camelo "não conhece limites e as suas obras levantam problemas de interpretação do que não é interpretável. É assim, uma pesquisa profunda da cor aplicada na tela com a força de quem quer deixar o traço do pincel, marcado no tempo dos tempos".

Costa Camelo foi também jornalista, tendo chefiado a redacção portuguesa da Rádio France International (RFI), na década de 50.

"De convívio muito agradável, dotado de um espírito irónico, muito interessado por questões culturais, conhecedor profundo da maneira de estar francesa, uma verdadeira enciclopédia sobre a V República Francesa, e poliglota", foi como o jornalista António Garcia apresentou o antigo colega da RFI.

As cerimónias fúnebres decorrerão quarta-feira no cemitério de Père-Lachaise, em Paris, onde será cremado, não se realizando por vontade expressa do pintor qualquer serviço religioso.

LYG/NL.

Lusa/Fim

Colagem digital

 
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Paragem de autocarro

 

À noite
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Alentejo

 

Visto do comboio
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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Michael Crichton



Michael Crichton

Morreu Michael Crichton, o autor de "Parque Jurássico"

Por Liliana Lopes - ljcc05054@icicom.up.pt Publicado: 05.11.2008

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Médico de formação, Crichton fica conhecido pela saga "Parque Jurássico" e "O mundo perdido".
O escritor e argumentista americano, Michael Crichton, morreu esta quarta-feira, em Los Angeles, vítima de cancro. Foi um dos escritores mais adaptados de Hollywood.
Médico de formação, Crichton fica conhecido pela saga "Parque Jurássico" e "O mundo perdido", que deu origem ao filme de Steven Spielberg, mas também pela série televisiva "Serviço de Urgência", da qual é co-autor e com a qual ganhou um Emmy.
Em comunicado, citado pela CNN, a família diz que a morte do médico, de 66 anos, foi inesperada, apesar do escritor sofrer de cancro há algum tempo.
No comunicado, a família descreve-o como "pai e marido dedicado e um amigo muito generoso". Além do sentido de humor, a família acrescenta que "nos inspirou para que cada um de nós pudesse ver as maravilhas do mundo por meio de novos olhares
Médico escritor
Michael Crichton nasceu a 23 de Outubro de 1942 em Chicago, Illinois, Estados Unidos da América.
Escreveu os primeiros romances sob o pseudónimo Jeffery Hudson, quando ainda frequentava o curso de Medicina na Universidade de Harvard.
O seu primeiro sucesso, em 1969 foi "O enigma de Andrómeda". "Congo", "O homem terminal", "Presas", "Resgate no tempo" e "Estado de pânico" contam-se também entre a sua lista de best-sellers, traduzida em 30 línguas e com mais de 150 milhões de exemplares vendidos.

Obama


Barack Obama vence, é o 44º Presidente


O candidato democrata Barack Obama vence as eleições nos Estados Unidos e é o novo Presidente dos Estados Unidos.

As projecções das televisões norte-americanas já não deixam dúvidas e já se festeja, especialmente em Chicago, onde estão quase um milhão de pessoas para felicitar Obama.


O objectivo dos candidatos era conquistar pelo menos 270 votos no colégio eleitoral. Barack Obama já tem garantidos, pelo menos, 297 com a vitória na Virgínia e na Califórnia contra 142 de McCain.

Obama é o primeiro afro-americano a ser eleito na história dos Estados Unidos e vai tomar posse em Janeiro sucedendo a George W. Bush.

O candidato derrotado desta noite foi o republicano John McCain

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

José Vitorino de Pina Martins


Novo prémio para José Pina Martins


MARIA JOÃO CAETANO


Cultura.

Academia Pedro Hispano elege humanista

Casino da Figueira da Foz patrocina galardão no valor de 7500 euros

José Vitorino de Pina Martins, investigador do humanismo renascentista e antigo presidente da Academia das Ciências de Lisboa, actualmente como 88 anos, é o vencedor da primeira edição do Prémio Pedro Hispano. O prémio, atri buído pela Academia Pedro Hispano, pretende distinguir anualmente "uma pessoa da cultura no sentido mais lato da palavras, alguém ligado à ciência, às artes, às letras", explicou, ontem, à comunicação social, o escritor António Lobo Antunes, o mais destacado membro da Academia Pedro Hispano.

Esta academia é composta por oito amigos de longa data que, todas as semanas , se reúnem para almoçar e conversar. Vitorino e Janita Salomé, cantores, José Ribeiro, editor da Portugália, Henrique Castelo e José Manuel Franco, médicos, Aires Nascimento, professor universitário, e José Francisco, responsável comercial, são os outros elementos deste círculo. "Não há um presidente, somos todos pares", explicou Lobo Antunes. Sentam-se sempre no mesmo lugar da mesa e não pensam admitir mais membros. "Se não não conseguimos conversar."

Foi durante estes almoços que surgiu a ideia de um prémio que distinguisse uma figura portuguesa ou estrangeira pelo "contributo dado ao conhecimento da cultura portuguesa". "Funciona um pouco como a Academia Goncourt, que se encontra duas vezes por mês para almoçar e cujo prémio rapidamente se tornou o mais prestigiante na literatura francesa", acrescentou o escritor. "O espírito foi este."

Mas Lobo Antunes fez questão de sublinhar que o importante aqui não são os membros da academia mas sim a personalidade que decidiram premiar: a escolha de Pina Martins, ex-director do Centro Cultural Português da Gulbenkian em Paris, autor de estudos sobre personalidades como Sá de Miranda ou Thomas More, foi "imediata e unânime". Aires Nascimento sublinhou o seu "alto espírito humanístico" a "qualidade do seu trabalho de investigação".

O prémio será entregue no próximo dia 21 no Casino da Figueira da Foz, patrocinador do galardão no valor de 7500 euros.

"A Turma" de Laurent Cantet


"Este filme mostra o que se passa na escola"


EURICO DE BARROS

Entrevista.

Já está em exibição 'A Turma', de Laurent Cantet, que adapta o livro de François Bégaudeau ex-professor, jornalista e escritor, sobre um ano lectivo na vida de uma turma de um liceu de Paris. O filme deu à França a Palma de Ouro do Festival de Cannes. O DN entrevistou o realizador

A sua intenção inicial era realizar uma ficção sobre a escola, ou um documentário?

Sim, era uma ficção, e o que resta dela em A Turma é a história do jovem Souleymane e do conselho disciplinar a que ele é submetido. Mas li o livro do François Bégaudeau, depois conheci-o, percebi que se tratava de material documental interessante e propus-lhe interpretar a personagem do professor, que seria aquele que eu gostava de ter tido quando era estudante, e que corresponde ao que eu espero da escola.

E que é?

Um lugar onde se aprende, onde se adquirem conhecimentos, mas onde também aprendemos a pensar, a pensarmo-nos, a reflectirmos. É um lugar muito interessante de mostrar, e é também muito cinematográfico, por causa dos confrontos, dos diálogos, das tensões, da linguagem, que é o instrumento principal dos alunos, dos adolescentes, que lhes permite apropriarem-se do mundo. Temos que a ouvir bem.

E é uma palavra dita pelo professor e mal entendida pelos alunos que desencadeia o drama no filme e leva ao processo disciplinar a Souleymane...

Sim. Os professores também têm a sua linguagem e é preciso ver como é que essas duas linguagens, a deles e a dos alunos, conseguem coexistir. Por isso, a ideia de que a linguagem se tornasse no motor dos acontecimentos pareceu-me extremamente importante. Tudo se desencadeia a partir de uma palavra a mais dita pelo professor.

E isso ajuda também a mostrar a imperfeição dos professores. François é um bom professor, mas comete um deslize fatal, não é?

Exactamente. O professor não é um maître a penser imaculado, e ao meter-se numa justa verbal com os alunos - o que faz parte do seu quotidiano -, corre um grande risco.

Porquê este elenco com François Bégaudeau no papel dele mesmo, e alunos interpretados por alunos, professores e funcionários de um liceu parisiense, e até pelos pais daqueles?

Eu quis desde o início trabalhar com pessoas cuja vida estivesse em relação directa com as das personagens do filme: professores e alunos verdadeiros. E ir pedir a outro professor para fazer o papel de François, quando o tinha ali à mão, pareceu-me algo estranho.

E fez workshops com os alunos para eles poderem interpretar as suas respectivas personagens.

Sim, fizemos ateliers com eles todas as quartas-feiras à tarde ao longo do ano lectivo, nos quais improvisávamos em redor de situações que não eram as do filme, mas sim paralelas a ele, para que, quando fossemos rodar, eles não tivessem a impressão que estavam a repetir as interpretações. Cada quarta-feira, durante três horas, trabalhávamos as situações e discutíamo-las, víamos para onde podiam evoluir, eu dava-lhes indicações cada vez mais precisas. E filmava tudo, para não perder esse material e depois ver como poderíamos voltar a ele quando estivéssemos a escrever o argumento. Andámos sempre do computador para as imagens, e destas para o computador, numa roda viva.

O filme foi rodado mesmo no liceu?

Durante as férias de Verão desse ano escolar. Passámos oito meses a conhecermo-nos uns aos outros, a discutir e a criar as personagens em conjunto. Foi um trabalho decisivo para aquilo que se transformou no filme.

Ficou bem impressionado com o trabalho dos jovens?

Sim. Eu estou habituado a ter sempre actores não-profissionais nos meus filmes, por isso já me surpreendo menos do que outros realizadores perante uma situação destas. Sei que vou ter sempre surpresas muito boas. E a câmara intimida os jovens muito menos que os adultos. Não os formámos para serem actores, eles já eram o que são no filme. O que lhes demos foi método, hábitos de improvisação e modos de introduzir nessa improvisação aquilo que eu lhes pedia. Foi mais um treino.

Como definiria A Turma? É uma ficção documental? Um documentário ficcionado?

Eu diria que é uma ficção documentada, não documental. Fomos buscar as coisas à realidade, documentámo-nos e inspirámo-nos nela, mas depois refabricámos tudo. Gosto muito da recriação que fica muito próxima da realidade, mas nos possibilita olhar para ela, reflectir sobre ela, e não só repeti-la. E os alunos não estão necessariamente perto das personagens que interpretam, como é óbvio, não são iguais a elas.

A Turma não quer fazer doutrina sobre a escola, como tantos outros filme sobre o mesmo tema. Quer só mostrá-la por dentro.

Eu pensei este filme como uma resposta a todas as ideologias que asfixiam a escola. Quis abster-me de juízos de valor e apenas olhar e revelar o que lá se passa, fazer um estudo muito sistémico da escola, mostrar tudo aquilo que se joga lá dentro. E houve professores que tiveram dificuldades em receber um filme que é um espelho em que eles se revêem com algum embaraço. A minha ideia foi mostrar uma escola à imagem da sociedade que a rodeia, que faz parte do mundo e que repercute todos os seus problemas. E não podemos passar ao lado destes adolescentes, que são como uma panela em ebulição e são cada vez mais estigmatizados, reagindo com radicalismo aos estigmas. Esta panela pode explodir a qualquer momento, mas na escola também aprendemos a controlá-la.

Juan Muñoz


As escalas humanas de Juan Muñoz em Serralves


MARCOS CRUZ

Exposição. Retrospectiva póstuma do artista espanhol é hoje inaugurada

Mostra fica patente no museu portuense até 18 de Janeiro de 2009

Por estes dias, Serralves é um palco. A exposição Juan Muñoz: Uma Retrospectiva, no Museu de Arte Contemporânea, faz do visitante um espectador e um actor, passageiro ambivalente do dito palco. A apetência do artista espanhol (1953-2001) pela figura, frequentemente de inspiração humana, não é alheia a isso, a essa provocação de pôr o suposto observador, também, do outro lado do espelho.

A escala, no equilibrar e desequilibrar da relação obra-apreciador, é um elemento decisivo, com o qual Muñoz "brinca" a seu bel-prazer. Logo a abrir o corredor do percurso expositivo, explicitam-no pequenas varandas distribuídas pela parede junto a um letreiro de "hotel". O "transeunte" sente-se numa rua, de algum modo condicionado, na sua liberdade sensorial, pela situação cimeira das varandas - que, aí, não estão sequer ocupadas, dispensam esculturas de forma humana por dentro.

As gerações conceptuais já tinham declarado a morte da "personificação" da matéria esculpida quando o artista espanhol, ele sim precocemente morto, a ressuscitou com nova e nobre pertinência. Em termos artísticos, Muñoz é um filho da democracia, um dos primeiros no seu país, cujas tradições pictóricas, literárias, teatrais, cinematográficas e outras evoca abertamente, ainda que sujeitas à tensão grito/silêncio omnipresente nas suas propostas.

Por incluir obras-chave de todos os aspectos do trabalho de Juan Muñoz (escultura, instalação, desenho, som), por chegar a Serralves vinda de museus como a Tate Modern, de Londres (que co-produz, com a instituição portuense e a Sociedade Estatal para a Acção Cultural Exterior de Espanha) e o Guggenheim, de Bilbao, a exposição já seria uma "imposição". É-o, no entanto, também literalmente, ou não fosse a ambiguidade a sua matriz.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Adolfo Casais Monteiro

IV


Eu falo das casas e dos homens,
dos vivos e dos mortos:
do que passa e não volta nunca mais. . .
Não me venham dizer que estava matematicamente previsto,
ah, não me venham com teorias!
Eu vejo a desolação e a fome,
as angústias sem nome,
os pavores marcados para sempre nas faces trágicas das vítimas.
E sei que vejo, sei que imagino apenas uma ínfima,
uma insignificante parcela da tragédia.
Eu, se visse, não acreditava.
Se visse, dava em louco ou em profeta,
dava em chefe de bandidos, em salteador de estrada,
- mas não acreditava!

Olho os homens, as casas e os bichos.
Olho num pasmo sem limites,
e fico sem palavras,
na dor de serem homens que fizeram tudo isto:
esta pasta ensanguentada a que reduziram a terra inteira,
esta lama de sangue e alma,
de coisa e ser,
e pergunto numa angústia se ainda haverá alguma esperança,
se o ódio sequer servirá para alguma coisa. . .

Deixai-me chorar - e chorai!
As lágrimas lavarão ao menos a vergonha de estarmos vivos,
de termos sancionado com o nosso silêncio o crime feito instituição,
e enquanto chorarmos talvez julguemos nosso o drama,
por momentos será nosso um pouco do sofrimento alheio,
por um segundo seremos os mortos e os torturados, .
os aleijados para toda a vida, os loucos e os encarcerados,
seremos a terra podre de tanto cadáver,
seremos o sangue das árvores,
o ventre doloroso das casas saqueadas,
- sim, por um momento seremos a dor de tudo isto...

Eu não sei porque me caem as lágrimas,
porque tremo e que arrepio corre dentro de mim,
eu que não tenho parentes nem amigos na guerra,
eu que sou estrangeiro diante de tudo isto,
eu que estou na minha casa sossegada, .
eu que não tenho guerra à porta,
- eu porque tremo e soluço?

Quem chora em mim, dizei - quem chora em nós?

Tudo aqui vai como um rio farto de conhecer os seus meandros:
as ruas são ruas com gente e automóveis,
não há sereias a gritar pavores irreprimíveis,
e a miséria é a mesma miséria que já havia. . .
E se tudo é igual aos dias antigos,
apesar da Europa à nossa volta, exangue e mártir,
eu pergunto se não estaremos a sonhar que somos gente,
sem irmãos nem consciência, aqui enterrados vivos,
sem nada senão lágrimas que vêm tarde, e uma noite à volta,
uma noite em que nunca chega o alvor da madrugada...


Adolfo Casais Monteiro
Europa (1946)
Poesias Completas
Imprensa Nacional - Casa da Moeda

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

"Ensaio sobre a cegueira"

Cinema: ‘Ensaio sobre a cegueira’ estreia a 13 de Novembro

Saramago aplaude filme de Meirelles

Se é ou não uma adaptação fiel ao livro ‘Ensaio sobre a Cegueira’, pouco importa. Ou melhor: "É bom que o filme não tenha uma fidelidade excessiva senão está condenado. Um realizador é um criador, não um mero copista."
As palavras, sábias, são do Nobel da Literatura português, José Saramago, 85 anos, proferidas ontem em conferência de Imprensa, em Lisboa.
Saramago viu o filme ‘Ensaio sobre a Cegueira’ – a primeira versão antes da montagem final que hoje antestreia no Freeport de Alcochete – e gostou. "Emocionei-me quase tanto como quando acabei de escrever o livro", garante o autor sobre o filme homónimo do seu best-seller, realizado pelo brasileiro Fernando Meirelles.
Uma cena, em especial, impressionou o Nobel: "Através de uma janela, vê-se uma fila de mulheres que vão buscar comida a troco de sexo. Está ali a evolução das mulheres, aparentemente submissas, mas carregadas de uma dignidade que o homem não conhece", especifica Saramago.
A cena resume o espírito de Meirelles nesta adaptação de Don McKellar (argumentista e actor no filme). "São imagens que se dissolvem no branco, desfocadas, enquadramentos errados. É como se a imagem não fosse confiável", explica o cineasta de ‘Cidade de Deus’ e de ‘Fiel Jardineiro’, para esclarecer o objectivo das filmagens. As mesmas que diariamente ia descrevendo num blogue e cujas crónicas lança agora em livro – ‘Diário de Blindness’.
Orçado em 19,8 milhões de euros e co-produzido pelo Canadá, Brasil e Japão, ‘Ensaio sobre a Cegueira’ (‘Blindness’) estreia em Portugal a 13 de Novembro. Ao espectador, um aviso: "É um filme violento, mas tinha de ser", diz Saramago. "Porém, a violência não é explícita", frisa Meirelles.
No final, fica um aplauso para este ‘murro no estômago’ que nos dá esta metáfora da cegueira temporária... e que nos faz ver mais além. Como o livro.

REACÇÕES DIVERGENTES

Ou se ama, ou se odeia. Apresentado no Festival de Cinema de Cannes, ‘Ensaio sobre a Cegueira’ foi recebido perante uma sala gélida. E não arrancou aplausos aos críticos presentes. Já no Brasil, um dos poucos países onde já se estreou (a par dos Estados Unidos), as expectativas foram excedidas. "Esperávamos 300 mil espectadores e 900 mil pessoas já foram ver o filme", contabiliza Meirelles. Ao contrário, nos EUA, a adesão tem sido fraca. "Talvez não seja o momento", diz o produtor Niv Fishman, apontando o dedo à crise financeira, a mesma pela qual Saramago culpa os bancos. Hoje, às 22h00, o filme antestreia em Alcochete. Além do autor, cineasta, produtor e argumentista, estará presente o actor Gael García Bernal.

Sofia Canelas de Castro

Terra

Humanidade necessita de dois planetas Terra

Pegada ecológica portuguesa é a 28.ª em 151 países, mas capacidade biológica é muito baixa

ALFREDO MAIA

Se a Humanidade mantiver o gasto de recursos naturais em 2030, dentro de duas décadas serão necessários dois planetas Terra para manter o nosso estilo de vida. Portugal não foge à regra: consome mais do que pode.

Segundo o Relatório Planeta Vivo 2008, divulgado de dois em dois anos pelo Fundo Mundial para a natureza (WWF), mais de três quartos da população mundial já vivem em países com défice ecológico, ou seja o gasto médio de recursos é superior à capacidade de os produzir.

Portugal tem uma pegada ecológica de 4,4 hectares (ha) por habitante, ou seja, esta é a área em terra e mar "ocupados" por cada pessoa para produzir os recursos naturais de que necessita para manter o seu estilo de vida.

Num lista de 151 países, Portugal figura em 28.º lugar na pegada ecológica, longe da média global mundial de 2,7ha. Mas fica em 95.º no que toca à biocapacidade (área disponível para produzir recursos e reter emissões de dióxido de carbono), que é de apenas 1,2 ha per capita (contra em média global de 2,1 ha).

Feitas as contas, a pegada ecológica, portanto a pressão sobre os recursos naturais, é quatro vezes superior à capacidade biológica do país. "Seriam necessários dois planetas para manter o padrão médio de consumo de cada português", nota o WWF.

A situação agrava-se quanto à pegada da água, usada pela primeira vez pela organização, que avalia as necessidades deste recurso para produzir bens e produtos. Enquanto o "consumo" médio per capita mundial é de 1,24 milhões de litros de água e por ano, em Portugal esse indicador é considerado preocupante: 2,26 milhões de litros por pessoa/ano. E é preocupante por o país se encontrar na bacia do Mediterrâneo, onde se localizam cinco dos dez países com a pegada da água mais alta.

O consumo mais alto pertence aos Estados Unidos da América (EUA), com 2,48 milhões de litros por pessoa/ano. Os EUA estão aliás no clube dos países com maiores pegadas ecológicas, que são, tal como as da China, superiores em 21% à respectiva biocapacidade. Com uma pegada ecológica média de 9,4 ha, os EUA necessitariam de 4,5 planetas e registam uma pegada 1,8 vezes superior à capacidade biológica, o que traduz um importante défice. A China (com 2,3 vezes) e a Índia (2,2 vezes), porém, suplantam os EUA, vinca o WWF, cujo relatório aborda também a biodiversidade.

Museus

30 mil imagens de colecções de museus e palácios nacionais na Net

Por Liliana Lopes - ljcc05054@icicom.up.pt
Publicado: 28.10.2008

Instituto dos Museus e da Conservação lança MatrizPix.
Cerca de 30 museus aderiram à iniciativa.

O projecto MatrizPix, empreendido pelo Instituto dos Museus e da Conservação e realizado no âmbito do Programa Operacional da Cultura e no quadro da utilização das novas tecnologias da informação para acesso à cultura, foi apresentado, esta terça-feira, no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa.

O principal objectivo é promover o acesso ao património cultural móvel nacional e reforçar a presença dos museus e palácios nacionais na Web, permitindo a investigadores, estudantes, museus, editoras e outras entidades pesquisar e encomendar as imagens sem precisar de mais do que um computador.

Segundo o Instituto dos Museus e da Conservação, ficarão disponíveis pela primeira vez ao público na Internet cerca de 30 mil imagens das colecções dos museus e palácios nacionais.

No total, foram cerca de 30 os museus que aderiram a esta iniciativa, entre os quais os museus de Aveiro e Guarda e os museus nacionais de Arqueologia, Arte Antiga e Teatro.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Vibrações


Les frottements du morceau d'acier sur le bâton fiché dans le sol provoquent des vibrations dans le sol que les vers confondent avec celles des taupes creusant leur galerie. (Catania/ PLoS ONE


Des vibrations qui font fuir le ver hors de terre
NOUVELOBS.COM 21.10.2008 15:18

Pourquoi les vers de terre remontent-ils vers la surface lorsque des êtres humains en quête d’appâts font vibrer le sol ? Cruelle ironie de l’histoire, les nématodes fuient ce qu’ils croient être un prédateur souterrain…
C’est un point commun entre certaines tortues, certaines mouettes et certains êtres humains : ils ont compris qu’en tapant le sol avec la patte ou en créant par d’autres moyens des vibrations dans le sol, ils feraient émerger des nématodes –repas pour les uns, appât de pêche pour les autres. Qu’est-ce qui fait sortir ces vers de terre ? La peur de la taupe, répond aujourd’hui le biologiste américain Ken Catania, de l’université de Vanderbilt (Tennessee). Deux hypothèses avaient été émises pour expliquer ce phénomène : soit ces vibrations étaient interprétées par les vers comme étant une forte pluie susceptible de les noyer, soit comme étant une taupe voulant faire d’eux leur repas. Spécialiste de ces animaux aveugles, et notamment de la taupe au nez étoilé (le condylure), Catania s’est rendu dans la forêt d’Apalichicola, en Floride, où la pratique appelée «worm grunting» est très répandue. Il s’agit de planter un bâton de bois dans le sol et de frotter un long morceau d’acier sur le bout du bâton pour produire des vibrations –et un bruit proche du grognement d’ours pour l’oreille humaine (voir la vidéo sur le site de Catania). Des centaines de vers peuvent ainsi être récupérés en une seule journée. Les autorités locales ont été obligées de réglementer cette ‘’chasse’’ pour éviter que la population de Diplocardia mississippiensis, un grand et gros ver, soit décimée. Les zones de la forêt où cette pratique est très rentable sont aussi des zones truffées de taupes, a observé Catania. A l’aide d’un dispositif expérimental, le biologiste a pu vérifier que la pluie ne faisait remonter à la surface que quelques vers, alors que l’arrivée d’une taupe provoquait une sorte de panique et faisait rapidement affluer les nématodes à la surface, loin de la source des vibrations. Plus près aussi d’autres prédateurs…


C.D.

Sciences et Avenir.com 21/10/08