De forma a alertar as crianças para os riscos de abusos sexuais de padres pedófilos, a Igreja católica nova-iorquina editou um álbum de colorir, apresentado pelos responsáveis religiosos
O álbum, intitulado Ser amigos, católicos, com toda a segurança, foi distribuído a várias centenas de escolas da região de Nova Iorque no quadro de um programa da Igreja, indicou uma porta-voz do arcebispado de Nova Iorque.
«Para maior segurança, uma criança e um adulto não deviam ficar juntos numa sala fechada», aconselha um anjo no álbum para colorir.
Um outro adverte o jovem leitor sobre um predador sexual que tenta dialogar com uma criança na Internet.
David Clohessy, responsável pela Organização 'Rede de sobreviventes dos que foram abusados por padres' congratulou-se com esta iniciativa apesar de achar que ela não vai suficientemente longe.
A Igreja católica norte-americana tem vindo a ser abalada por vários escândalos pedófilos desde 2002 e já teve de gastar mais de três mil milhões de dólares em indemnizações e juros às vítimas de padres pedófilos, forçando várias dioceses a pôr à venda os seus bens. Todavia, é raro que as queixas cheguem ao penal.
A diocese de Davenport (Iowa, centro) vai pagar 37 milhões de dólares a 156 pessoas que foram sexualmente abusadas por padres pedófilos, soube-se terça-feira junto desta diocese.
O acordo, concluído a 29 de Novembro, deve pôr fim aos processos judiciais contra a diocese que conta com 154 paróquias no Sudeste do Iowa.
Este acordo «representa o melhor meio de ajudar os que sofreram abusos sexuais cometidos por padres da nossa diocese a sarar os seus ferimentos», indicou Martin Amos, bispo da Diocese de Davenport num comunicado colocado no sítio da Internet da Diocese.
Alguns abusos remontam ao final dos anos 30. As vítimas, que manterão o anonimato, poderão testemunhar a sua dolorosa experiência nas paróquias e no jornal da diocese.
O nome dos padres implicados será também publicado pelo jornal da Diocese de Davenport. Uma parte dos 37 milhões de dólares será paga pelas companhias de seguros da diocese assim como pela venda de propriedades da Igreja.
A Igreja católica norte-americana, com 69 milhões de fiéis, ainda não se refez do escândalo dos padres pedófilos que mina desde 2002 a sua reputação e finanças.
Segundo a organização 'A responsabilidade dos bispos', cerca de 3 mil padres, dos 42 mil existentes nos Estados Unidos foram objecto de denúncias por abusos sexuais.
Enquanto isto, uma mulher que disse ter sido sexualmente abusada por sete padres católicos e ter tido uma criança de um deles recebeu terça-feira quinhentos mil dólares depois de um acordo concluído com a Arquidiocese de Los Angeles. Rita Milla, agora com 46 anos, recebeu a verba nos escritórios da sua advogada Gloria Allred.
A queixa de Milla contra a arquidiocese foi apresentada em 1984. Um tribunal do Estado determinou em 2003 que o padre católico Valentine Tugade era o pai da filha de Milla.
Um outro padre, o reverendo Santiago Tamayo, admitiu ter tido sexo com Milla e desculpou-se publicamente anos antes de morrer em 1999.
O pagamento está incluído num pacote de 660 milhões de dólares que a Diocese acordou colectivamente com as vítimas de abusos sexuais.
O cardeal Roger Mahony disse no comunicado em que anunciava o pagamento parcial desses fundos que a arquidiocese vai continua a esforçar-se por proteger as crianças e prevenir os abusos sexuais.
Lusa / SOL
O álbum, intitulado Ser amigos, católicos, com toda a segurança, foi distribuído a várias centenas de escolas da região de Nova Iorque no quadro de um programa da Igreja, indicou uma porta-voz do arcebispado de Nova Iorque.
«Para maior segurança, uma criança e um adulto não deviam ficar juntos numa sala fechada», aconselha um anjo no álbum para colorir.
Um outro adverte o jovem leitor sobre um predador sexual que tenta dialogar com uma criança na Internet.
David Clohessy, responsável pela Organização 'Rede de sobreviventes dos que foram abusados por padres' congratulou-se com esta iniciativa apesar de achar que ela não vai suficientemente longe.
A Igreja católica norte-americana tem vindo a ser abalada por vários escândalos pedófilos desde 2002 e já teve de gastar mais de três mil milhões de dólares em indemnizações e juros às vítimas de padres pedófilos, forçando várias dioceses a pôr à venda os seus bens. Todavia, é raro que as queixas cheguem ao penal.
A diocese de Davenport (Iowa, centro) vai pagar 37 milhões de dólares a 156 pessoas que foram sexualmente abusadas por padres pedófilos, soube-se terça-feira junto desta diocese.
O acordo, concluído a 29 de Novembro, deve pôr fim aos processos judiciais contra a diocese que conta com 154 paróquias no Sudeste do Iowa.
Este acordo «representa o melhor meio de ajudar os que sofreram abusos sexuais cometidos por padres da nossa diocese a sarar os seus ferimentos», indicou Martin Amos, bispo da Diocese de Davenport num comunicado colocado no sítio da Internet da Diocese.
Alguns abusos remontam ao final dos anos 30. As vítimas, que manterão o anonimato, poderão testemunhar a sua dolorosa experiência nas paróquias e no jornal da diocese.
O nome dos padres implicados será também publicado pelo jornal da Diocese de Davenport. Uma parte dos 37 milhões de dólares será paga pelas companhias de seguros da diocese assim como pela venda de propriedades da Igreja.
A Igreja católica norte-americana, com 69 milhões de fiéis, ainda não se refez do escândalo dos padres pedófilos que mina desde 2002 a sua reputação e finanças.
Segundo a organização 'A responsabilidade dos bispos', cerca de 3 mil padres, dos 42 mil existentes nos Estados Unidos foram objecto de denúncias por abusos sexuais.
Enquanto isto, uma mulher que disse ter sido sexualmente abusada por sete padres católicos e ter tido uma criança de um deles recebeu terça-feira quinhentos mil dólares depois de um acordo concluído com a Arquidiocese de Los Angeles. Rita Milla, agora com 46 anos, recebeu a verba nos escritórios da sua advogada Gloria Allred.
A queixa de Milla contra a arquidiocese foi apresentada em 1984. Um tribunal do Estado determinou em 2003 que o padre católico Valentine Tugade era o pai da filha de Milla.
Um outro padre, o reverendo Santiago Tamayo, admitiu ter tido sexo com Milla e desculpou-se publicamente anos antes de morrer em 1999.
O pagamento está incluído num pacote de 660 milhões de dólares que a Diocese acordou colectivamente com as vítimas de abusos sexuais.
O cardeal Roger Mahony disse no comunicado em que anunciava o pagamento parcial desses fundos que a arquidiocese vai continua a esforçar-se por proteger as crianças e prevenir os abusos sexuais.
Lusa / SOL
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