sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Nono planeta

Astrônomos japoneses acreditam que existe um nono planeta no Sistema Solar


Da France Presse


28/02/2008
11h42-Cientistas japoneses declararam nesta quinta-feira que estão convencidos de que existe um nono planeta, até agora desconhecido, que gravita nos confins do nosso Sistema Solar e que algum dia será descoberto, se os astrônomos contarem com os meios necessários. Pesquisadores da Universidade de Kobe (oeste do Japão), baseiam suas afirmações em simulações informáticas.

"Existe uma elevada probabilidade de que um planeta, do qual ignoramos sua existência, de uma massa entre 0,3 e 0,7 da Terra, evolue na fronteira de nosso Sistema Solar", explicaram os cientistas em um comunicado. "Se forem realizadas investigações em grande escala, esse misterioso planeta será, sem dúvida, descoberto daqui uns dez anos, no máximo".

Os estudos da equipe da Universidade de Kobe, coordenados pelo professor Tadashi Mukai e o pesquisador americano Patryck Lykawka, serão publicados em abril no Astronomical Journal, editado pela Sociedade Astronômica Americana.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Sollers, Patricia Petitbon, Mozart

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Chumbo

António Costa acusa TC de "maltratar" Lei das Finanças Locais

RTP

António Costa da "Grande Entevista" com a jornalista da RTP Judite de Sousa
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa não compreende o chumbo ao empréstimo pelo Tribunal de Contas (TC), a quem acusa de ter aplicado mal a lei que ele próprio criou.

À “Grande Entrevista” da RTP, António Costa considerou “absolutamente desadequadas” algumas das “exigências" do TC.

Recusando a ideia de ter sido vítima da legislação por ele criada, António Costa disse na RTP que sente que a “lei foi mal aplicada”. “Eu respeito isso mas não quer dizer que concorde. Eu tenho dito que as leis são como os filhos, ganham vida própria. Agora, tal como eu não gosto de ver os meus filhos maltratados, também não gosto de ver uma lei que fiz maltratada”.

De acordo com o autarca, o TC exige à Câmara, para aprovar o empréstimo, um plano anual de investimentos para os anos de vigência do contrato. “Não há nenhuma câmara que o tenha feito e nenhuma lei o exige”, diz António Costa.

“É discutível que o Tribunal de Contas tenha competência para julgar o mérito do plano de saneamento financeiro e não só para julgar o do empréstimo. Sinceramente acho que não e os diversos juristas que temos contactado também acharam que não”, afirmou o presidente da CML.

Para António Costa, o plano “é um documento de orientação, aprovado e fiscalizado pela Assembleia Municipal de Lisboa” e não pelo TC.

No acórdão, o TC enumera várias “debilidades” no plano de saneamento, com “intenções não quantificadas, pois que os objectivos, para serem considerados como tais, têm de ser específicos, mensuráveis, calendarizados e alcançáveis”. E no caso do apresentado pela CML, diz o Tribunal, não é mais do que “um plano avulso/ad hoc”, pelo que não preenche os requisitos do artigo 40 da Lei das Finanças Locais.

António Costa refuta: “O plano de saneamento financeiro não pode ser o que o TC quer. No tempo de emergência em que estamos para sanear as finanças da Câmara, não é possível exigir um plano de saneamento a 11 anos ou prever logo a reestruturação dos serviços da Câmara”.

Presidente do Tribunal de Contas justifica chumbo

Também quinta-feira, em entrevista ao programa “Negócios da Semana da SIC Notícias, Guilherme D´Oliveira Martins afirmou que o chumbo do Tribunal de Contas ao empréstimo pedido pela Câmara deve-se a “violação de norma financeira, na circunstância, o artigo 40 da Lei das Finanças Locais”.

No entanto, o presidente do TC recordou que “não está dada a última palavra”.

A Câmara Municipal de Lisboa já anunciou que vai recorrer da decisão do Tribunal de Contas. (ver artigo relacionado)

RTP
2008-02-22 08:49:12

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Maria de Medeiros



É a primeira portuguesa a assumir este papel

Maria de Medeiros foi nomeada Artista da UNESCO para a Paz

21.02.2008 - 09h17 Sérgio C. Andrade

Maria de Medeiros foi ontem nomeada Artista da UNESCO para a Paz, tornando-se na primeira portuguesa a assumir este papel. A escolha "foi uma surpresa total" para a actriz, quando lhe foi comunicada, há já alguns meses. Mas recebeu-a "com muita honra e orgulho", e, apesar de ter chegado a questionar-se se estaria "à altura da responsabilidade", Maria de Medeiros diz-se "empenhada em contribuir para a paz" através do seu trabalho artístico.

A nomeação de Maria de Medeiros, diz um comunicado do ministério português dos Negócios Estrangeiros citado pela Lusa, quer tirar partido da "visibilidade, carisma, qualidade artística, polivalência, sensibilidade e empenho nas grandes causas do mundo contemporâneo" demonstrados pela realizador de Os Capitães de Abril. E o director-geral da UNESCO, Koichiro Matsuura, também segundo a Lusa, disse-se "seguro de que Maria de Medeiros valorizará e dignificará os altos valores" da organização, na "promoção da criatividade, das artes vivas, das indústrias culturais e da educação artística".

O próprio Koichiro Matsuura vai empossar a actriz como embaixadora artística da Paz numa cerimónia que vai realizar-se em Paris, no próximo dia 17 de Março. Nessa cerimónia, Maria de Medeiros fará um concerto com o seu trio, que terá como base o disco que lançou em 2006, A Little More Blue, em qua canta temas de Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil.

Ainda que esteja determinada em cumprir o melhor possível o seu novo cargo, Maria de Medeiros espera que ele "não venha interferir muito" com a sua carreira, que ultimamente tem vindo a dividir entre a música e o cinema. Neste domínio, está a ultimar uma segunda estação da série de televisão do canal Arte, intitulada Venus e Apolo. E acabou também recentemente em Paris, onde reside, a rodagem de um filme com Catherine Deneuve e outros intérpretes de primeiro plano, Mes Stars et Moi.

Os próximos projectos da actriz serão trabalhar com o realizador brasileiro Luís Vilaça, no filme O Contador de Histórias, e também numa produção australiana, de que não quer ainda avançar pormenores. E cinema português? "Não tenho recebido propostas. Também sei que as coisas estão um pouco difíceis por aí", responde.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Platters - Smoke Gets In Your Eyes

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Correntes d´Escritas

Cultura

Literatura: Correntes d`Escritas, a casa dos escritores de expressão ibérica

** Ana Nunes Cordeiro, da Agência Lusa **

Póvoa de Varzim, 15 Fev (Lusa) - Há, desde 2000, um grupo de escritores que se reúne anualmente na Póvoa de Varzim para conviver e conversar: sobre o estado da literatura, a saúde do meio editorial... ou sobre se a poesia é para beber.

Assim nasceu uma família, a família do Correntes d`Escritas, o encontro de escritores de expressão ibérica - fenómeno único em Portugal - que junta sempre em Fevereiro, durante quase uma semana, à beira-mar, autores portugueses, africanos, brasileiros, espanhóis e latino-americanos.

O homem que teve a ideia chama-se Francisco Guedes, andava há uns anos a tentar "vendê-la" a quem pudesse torná-la realidade quando um dia, em apenas uma hora de reunião com o vereador da Cultura poveiro, Luís Diamantino, obteve, finalmente, a resposta que ansiava.

O nome Correntes d`Escritas, com que foi baptizada a recém-nascida iniciativa - que "pôs a Póvoa no mapa cultural do país", comentava hoje uma pessoa que veio assistir a um debate - é da autoria de Manuela Ribeiro, a alma da organização.

"Precisávamos de um nome que retratasse o que nós queríamos fazer. E, de repente, Correntes! Correntes marinhas, correntes que se unem, que se abrem... e estas correntes começaram a levar-nos para outros sítios", disse hoje à Lusa Manuela Ribeiro.

Foi destas correntes marinhas - prosseguiu - que "saíram as caravelas um dia e foram essas caravelas nessas correntes que permitiram, bem ou mal, que houvesse países do outro lado do mundo onde se falam as duas línguas ibéricas".

Por outro lado, isto tem que ver com "todo o tipo de escrita, nem que seja a escrita na areia", mas `correntes de escrita`, no singular, era redutor, "porque há várias escritas". Então, ficou com um duplo significado.

"Quando se ouve, parece que as correntes são `descritas`, do verbo descrever, mas, afinal, é muito mais que isso: são as escritas que se escrevem e se descrevem e são as correntes que podem aproximar e também levar-nos para outros sítios e à procura de outras coisas", resumiu.

Como definiu um escritor açoriano que participou no primeiro encontro - concluiu a responsável - "é uma espécie de novo achamento".

Manuela Ribeiro é funcionária da Câmara, coordena o departamento de projectos sócio-culturais, trata da complexa logística do encontro, orienta o júri dos prémios literários nas várias fases de selecção das obras, acarinha todos os convidados - escritores, editores, cineastas, músicos, jornalistas - e sempre com um sorriso estampado no rosto.

Primeiro, eram cerca de 30 os autores presentes - são os históricos, como os angolanos Manuel Rui, Ana Paula Tavares, Ondjaki, o galego Carlos Quiroga, e os portugueses Onésimo Teotónio de Almeida e Aurelino Costa - depois, cada vez mais foram ficando "acorrentados", como dizem os elementos que compõem o núcleo duro do grupo.

Este ano são 62, de 11 países, os participantes na 9.ª edição do encontro, que decorre até sábado na Póvoa de Varzim.

Todos os anos vibram com o reencontro, assistem a todos os debates, tomam o pequeno-almoço, almoçam e jantam juntos para matar saudades e pôr a conversa em dia.

As mesas-redondas realizam-se sempre no Auditório Municipal, situado ao lado da Casa da Juventude, onde decorrem alguns lançamentos de livros e está instalada a já tradicional feira do livro, na qual os interessados podem encontrar os livros recém-apresentados, bem como obras anteriores, de todos os autores presentes nas Correntes.

Segundo Alfredo Costa, o responsável da Papelaria Locus, que organiza a feira, "as vendas estão a correr bem este ano, à semelhança do que vem acontecendo sempre": já foram vendidos entre 800 e mil livros.

E as pessoas que vêm assistir aos debates - os participantes no encontro, alunos e professores das escolas do concelho e habitantes da cidade que enchem o auditório - de 310 lugares - e se sentam nas escadas e mesmo no chão, compram em seguida os livros e pedem autógrafos, que os autores prontamente dão.

O hotel onde são recebidos os convidados de cada edição das Correntes, situado em frente à praia, fica a alguns quilómetros do auditório, para onde são transportados em vários autocarros.

Ainda na mesa desta manhã, dedicada à "Poesia: a bem dita e a mal dita", a poetisa colombiana Janet Nuñez, uma estreante no encontro, começou a sua intervenção agradecendo: "a Manuela [Ribeiro], a Chico [Guedes] e a todos os `muchachos` da organização que nos mimam `como niños`", sublinhou.

O programa é sempre intensivo: quinta-feira, houve três mesas de debate, intercaladas por duas sessões de lançamento de oito livros, uma apresentação fotográfica multimédia do fotógrafo de escritores por excelência, o argentino Daniel Mordzinski, e a estreia mundial do filme do romancista brasileiro Tabajara Ruas, "Netto e o Domador de Cavalos".

Hoje, são quatro as mesas de debate, que reúnem cerca de 20 autores, subordinadas a temas como "A literatura rasga a realidade", "A Rua faz o Livro" e "Sou do Tamanho do que Escrevo" - que servem apenas como ponto de partida para as intervenções dos participantes e perguntas do público - e serão lançados mais três livros, de um total de 18 nesta edição do encontro.

Depois das de quinta-feira, hoje de manhã houve mais visitas a escolas do concelho, que são também já uma tradição, bem como as sessões de leitura de poesia ao serão no hotel, bem regadas e acompanhadas de tertúlia.

Discute-se de tudo, desde a qualidade dos livros que se publicam, aos critérios que pautam a edição, pratica-se também "corte-e-costura" q.b. e contam-se muitas histórias.

Resumindo, como disse o vereador da Cultura poveiro quarta-feira, na sessão de abertura da 9ª edição das Correntes d`Escritas, "aqui falam-se todas as línguas, mas a língua oficial é a amizade".


© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
2008-02-15 17:45:01

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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Dinossauros



Découverte de deux nouveaux étranges dinosaures carnivores au Niger



2008-02-14 12:40:43
CHICAGO (AFP)
© AFP

Illustration fournie le 14 février 2008 par l'Université de Chicago montrant le corps complet du Kryptops palaios

Deux étranges dinosaures carnivores qui chassaient dans les riches forêts d'Afrique il y a quelque 110 millions d'années ont été découverts au Niger, selon des scientifiques américains.

Tous deux se déplaçaient rapidement à l'aide de puissantes pattes arrières et d'une longue queue et étaient en concurrence pour les proies avec une troisième créature découverte précédemment, et qui chassait à la fois dans et hors de l'eau.

Mais ces trois grands prédateurs se répartissaient sans doute le précieux butin en fonction de la façon dont leur anatomie était conçue pour chasser, selon Paul Sereno, de l'Université américaine de Chicago (Illinois, nord), principal auteur de l'étude qui doit être publiée dans le journal Acta Palaeontologica Polonica.

L'Eocarcharia dinops ou "requin de l'aube au regard féroce", créature au front massif, d'environ 12 mètres de long, était sans doute le principal prédateur. Ses puissantes griffes et dents pouvaient arracher les membres et la chair de ses proies.

Le front de cet animal comportait un renflement, une massive bande osseuse, lui donnant un air menaçant. Il utilisait sans doute cette particularité physique comme un bélier contre ses rivaux lors des combats pour l'accouplement

Le Kryptops palaios ou "vieux visage caché", d'environ 7,60 mètres, dont les ossements fossilisés ont été découverts en 2000 comme ceux de l'Eocarcharia, était sans doute un charognard à cause de ses petites pattes avant et de son court museau plus adapté à fouiller dans les carcasses qu'à saisir des proies vivantes.
© AFP

Portraits des dinosaures Eocarcharia dinops (G) et Kryptops palaios (D) fournis le 14 février 2008 par l'Université de Chicago

Le troisième animal, le Suchomimus ou "imitateur de crocodile" était une créature au dos ailé d'environ 11 mètres de long. Il avait également été découvert par M. Sereno en 1997.

"(Ces créatures) nous montrent que très tôt, et probablement pendant au moins 20 ou 30 millions d'années, l'alimentation en viande était répartie d'une façon qu'on ne retrouve pas sur le continent nord", a déclaré M. Sereno dans un entretien téléphonique.

Le puissant Tyrannosaure dominait le continent nord mais n'a pas atteint l'Afrique. Au lieu de cela, ces trois carnivores distincts s'y sont développés et ont trouvé le moyen de co-exister.

L'équipe de M. Sereno a découvert les ossements lors de fouilles en 2000 au cours desquelles 20 tonnes de fossiles ont été extraites d'un site dans le désert du Sahara.

Les chercheurs ont trié ces fossiles et découvert suffisamment d'éléments de l'Eocarcharia et du Kryptops pour déterminer qu'il s'agissait de nouveaux spécimens. En examinant leur structure osseuse et en la comparant aux espèces similaires qui vivaient dans la même région il y a 90 millions d'années, ils ont également réussi à élaborer une image montrant à quoi ces dinosaures pouvaient ressembler.

Selon le scientifique, Eocarcharia ressemblait sans doute un peu au Tyrannosaure. Quant à Kryptops, avec son cou rétréci et ses petits bras, il aurait probablement ressemblé à une autruche. Tous deux auraient pu avoir des plumes comme de nombreux autres prédateurs à cette époque.

En tout cas, "Kryptops aurait eu mauvaise haleine" a assuré en riant le scientifique.

© AFP.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

La particule qui trahit le nucléaire

La particule qui trahit le nucléaire


Une expérience française vient de comprendre comment comptabiliser des antineutrinos. De quoi déceler toute activité nucléaire licite... ou illicite.

Repérer les sous-marins les plus silencieux, contrôler le refroidissement d'une centrale nucléaire en direct, veiller à l'application du traité de nonprolifération nucléaire ou encore comprendre comment se refroidit le coeur de la planète. Ce programme alléchant mêlant sécurité, stratégie et science fondamentale est aujourd'hui possible grâce aux connaissances acquises récemment sur les us et coutumes d'une particule discrète nommée antineutrino. Cette petite chose pullule - des milliards d'antineutrinos (l'antimatière du neutrino) nous traversent à chaque seconde - car chaque réaction de désintégration radioactive qui fait suite à la fission de l'uranium en libère. Les physiciens le savent depuis les années 1930 et les détectent depuis les années 1950. En principe, donc, il suffit de détecter et de comptabiliser les antineutrinos pour remonter ainsi à la réaction d'origine et espérer contrôler, voire déjouer, une activité nucléaire indésirable. Sauf que ces particules ne se laissent pas facilement piéger. Pire, elles ont le pouvoir de se «travestir».
Premier défi, la détection : les particules doivent percuter la matière. «Or la probabilité qu'un antineutrino inter agisse avec la matière est la même que si on lançait une pièce d'un euro au-dessus du système solaire en attendant qu'elle échoue sur la tête d'une personne !», explique Thierry Lasser- re, du Commissariat à l'énergie atomique.
Deuxième défi, compter les particules malgré leurs «changements d'identité» permanents, étrange propriété repérée depuis 1998. Des expériences menées au Japon ont montré que les antineutrinos «oscillent» entre trois formes, chacune rattachée à un des trois groupes de particules de matière : l'électron, le muon et le tau. Au cours de leur propagation, ils passent d'une variété à l'autre (ce qui signifie, dans le cadre des lois de la physique quantique, qu'ils possèdent une masse, même si celle-ci est plusieurs millions de fois moindre que celle de l'électron). Il a donc fallu apprendre à mesurer et calibrer ce phénomène de changement d'identité, un travail international qui se poursuit à proximité de la centrale nucléaire de Chooz, dans les Ardennes, dédiée à la recherche. «Nous avons désormais la conviction que nous comprenons assez le neutrino pour s'en servir comme un outil, raconte Michel Cribier, du CEA.
Justement, l'Agence internationale de l'énergie atomique a lancé en 2004 une réflexion sur les nouvelles manières de contrôler la production de plutonium des centrales nucléaires. Des applications inattendues se profilent donc : puisque les réacteurs, les sous-marins nucléaires, les accélérateurs de particules et aussi la Terre elle-même émettent ces particules, il est possible de mesurer en retour leur activité nucléaire et déterminer sa nature ! Que ce soit celle des réacteurs, des essais atomiques souterrains (voire atmosphériques) ou encore la radioactivité naturelle des roches de la croûte et du manteau de la planète, pour comprendre la chaleur héritée de la formation du globe...
«Nous possédons aujourd'hui le savoir-faire pour fabriquer des détecteurs, mobiles ou non, adaptés à ces neutrinos !», reprend Michel Cribier. Un colloque, organisé à Paris en décembre dernier a permis de lancer la physique du neutrino appliquée.




Azar Khalatbari
Sciences et Avenir

Internet segura

Pais portugueses descuram conteúdos visitados por filhos

No Dia Europeu da Internet Segura, que se assinala esta terça-feira, um estudo dá conta que os pais portugueses são dos que menos se preocupam com os conteúdos que os filhos visitam na rede.

( 11:17 / 12 de Fevereiro 08 )

Os pais portugueses preocupam-se sobretudo com o tempo que os filhos passam na Internet, mas descuram os conteúdos visitados, segundo um estudo feito recentemente e divulgado a propósito do Dia Europeu da Internet Segura, que se celebra esta terça-feira.

Num estudo comparativo do comportamento dos pais em relação ao uso que os filhos fazem da Internet, levado a cabo em Portugal, na Polónia e no Reino Unido, revelou que os pais portugueses são os que menos sabem o que os filhos fazem na rede.

«Verificámos uma grande diferença em relação ao conhecimento, por parte dos pais portugueses, sobre o que se passa na rede, o que os filhos fazem e também sobre o que falam com os filhos», contou à TSF a coordenadora deste estudo.

Cristina Ponte acrescentou que, em matéria de segurança, um dado «de contraste e preocupante» refere-se ao baixo número de pais portugueses que referiu os «cuidados a ter na indicação de formação pessoal».

Os pais portugueses preocupam-se acima de tudo com o «tempo que as crianças e os jovens» passam na Internet, enquanto os pais britânicos privilegiam evitar «que os filhos visitem certos sítios na Internet», adiantou.

A Polícia Judiciária, que se associa ao Dia Europeu da Internet Segura, tem um piquete a funcionar 24 horas por dia para dar respostas a denuncias ou suspeitas de comportamentos e conteúdos ilegais na rede, como pornografia de menores.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Padre Anrónio Vieira


A MULHER NA OBRA DE VIEIRA


ANA MARQUES GASTÃO

Por que não evocar Vieira - símbolo do Barroco ibérico por excelência - no dia em que passam 400 anos do seu nascimento, relembrando as suas argumentações perante sexo oposto? Antecipemos, pois, algumas das ideias de um estudo sobre a matéria ainda em fase de provas. O Padre António Vieira e as Mulheres/O mito barroco do universo feminino trata, não do contacto que o jesuíta teve com as mulheres na vida quotidiana, mas do papel assumido por estas, para o bem o e para o mal, na sua obra, sobretudo no sermonário.Os autores do livro, a publicar, em breve, pela Campo das Letras, são José Eduardo Franco, historiador, poeta e ensaísta, doutorado pela École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris, em História e Civilização, e em Cultura pela Universidade de Aveiro, e Maria Isabel Morán Cabanas, professora de literatura portuguesa na Universidade de Santiago de Compostela.Que pretende, afinal, este longo ensaio? Fornecer dados - alguns deles novos -, para uma melhor compreensão da visão barroca do universo feminino nos sermões de Vieira como expressão de um longo processo de elaboração, ao longo de vários séculos, de uma imagem mítica da mulher.Já Ana Hatherly, pioneira no tratamento desta temática, escrevera que, do ponto de vista artístico, na cultura ocidental, judaico-cristã, existem dois grandes paradigmas: "o da tentadora, que conduz o homem à perdição, e o da salvadora, que o conduz à redenção."Se, para a escritora e estudiosa do Barroco,"entronizar a mulher através do platonismo é uma forma de exorcizar pela distância o fascínio erótico que e ela exerce, santificá-la é outra forma de neutralizar o impacte da sua sedução transferindo-o para o plano do aceitável, e até louvável, em termos morais. (Imagens da Mulher, do Humanismo ao Barroco in O Ladrão Cristalino/Aspectos do Imaginário Barroco, Cosmos)".Ora, no entender de António Vieira, a mulher é capaz dos "actos mais nobres e dos sentimentos mais divinos", podendo "originar os desastres mais graves, as paixões mais avassaladoras e perturbadoras da harmonia pessoal e social", e até ser uma via para a ascensão do homem. Esta visão dir-se-ia, bem ao gosto do Barroco, paradoxal. Explica José Eduardo Franco: "O paradigma mariano pode ser entendido como "a auto-estrada para Deus e o eviano como a "viela para a tentação". Mas se, no seu sermonário, Vieira, reelaborando a cultura de fundo judaico-cristã e greco-romano, exprime as ideias dominantes e inferiorizantes em torno da condição feminina - a sociedade e a igreja seiscentista eram misóginas -, pressente-se o despertar, quase imperceptível, de uma certa consciência crítica perante o universo feminino, tão triunfante, segundo D'Ors, neste tempo quanto derrotado.Relembrem-se, no entanto, os dizeres de Vieira, ao gosto da época, mas ainda assim inacreditáveis: "Não quis o Autor da natureza que a mulher se contasse entre os bens móveis. O edifício não se move do lugar onde o puseram; e assim deve ser a mulher, tão amiga de estar em casa, como se a mulher e a casa foram a mesma coisa." Ou: "É tal a inclinação e tão impaciente na mulher o apetite de sair e andar, que por sair e andar deixou Eva o esposo, e por sair e andar deixou a Deus. Oh, quantas vezes, por este mesmo apetite vemos deixado a Deus; e os esposos pior que deixados."Apesar disso, Vieira muito apreciava mulheres de espírito, cultas, tendo escrito sobre figuras bíblicas, mártires santas místicas, Maria. Uma admiração mútua existiu entre o jesuíta e a rainha Cristina da Suécia, que residiu em Roma depois de abdicar do trono e de se converter ao catolicismo.A integração comparativa da obra do jesuíta no âmbito do Barroco ibérico é uma das inovações deste estudo que vem a ser preparado desde 2004: "Mesmo assim, Vieira foi um grande cantor do feminino nas grandezas e nas misérias!", comenta o ensaísta.

Olhos azuis

Pesquisa da Universidade de Copenhaga

Todos os olhos azuis têm o mesmo antepassado comum, diz estudo genético

Andrea Cunha Freitas

No princípio todos teriam olhos castanhos. Porém, um dia — o “acidente” poderá ter ocorrido há cerca de seis ou dez mil anos — alguém sofreu uma mutação no gene conhecido hoje como OCA2, que perturbou a produção de melanina na íris. Assim terá surgido o primeiro par de olhos azuis e deste antepassado terão vindo todos os que hoje existem.
Esta é a tese de uma equipa de cientistas da Universidade de Copenhaga que estudou o ADN de aproximadamente 800 pessoas com olhos azuis, desde os loiros escandinavos aos turcos de tez escura.
“Uma mutação genética que afectou o gene OCA2 desencadeou uma mudança que literalmente desligou a capacidade de produção de olhos castanhos”, explica Hans Eidberg, do Departamento de Medicina Molecular e Celular da universidade dinamarquesa.
Segundo o artigo publicado este mês na revista científica Human Genetics, a mutação não silenciou o gene. Apenas terá limitado a sua capacidade de produção de melanina — o pigmento que dá cor aos nossos olhos, cabelos e pele — na iris. Ou seja, “diluiu” a cor castanha até ao azul. A equipa analisou o ADN de voluntários e percebeu que 99,5 por cento partilhavam a mesma pequena mutação. Um “acidente” que ocorre num local específico do OCA2 (um gene que, de acordo com outros estudos, estará também relacionado com alguns tipos específicos de albinismo, mais frequentes nas populações africanas).
Os diferentes tons de castanho nos olhos traduzem-se em variações consideráveis na produção de melanina de cada indivíduo. Quanto às outras cores — verdes, cinzas — representarão diferentes doses de melanina. No caso do azul é diferente. A variação de quantidade de melanina na iris das diferentes tonalidades de azul nos olhos claros é muito pequena. Daí tudo estar relacionado com um só antepassado, concluem os cientistas.
Hans Eidberg implicou o gene OCA2 na cor dos olhos pela primeira vez em 1996, mas os investigadores ainda não arriscam uma data para este acontecimento genético. Porém, adiantam que a mutação terá surgido próximo da região do Mar Negro há seis ou dez mil anos, na altura da rápida viagem da população na Europa em resultado da expansão da agricultura. “A elevada frequência de indivíduos com olhos azuis na Escandinávia e no Báltico confirma uma selecção deste fenótipo”, refere o estudo.

Marte



ESA recolheu dados enviados pela câmara da sonda "Mars Express"

Primeiras imagens tridimensionais de Marte disponíveis

06.02.2008 - 13h39 PÚBLICO

A partir de agora todos vamos poder ver o planeta Marte a três dimensões, graças aos dados enviados pela Câmara Estéreo de Alta Resolução da sonda “Mars Express”, anunciou hoje a Agência Espacial Europeia (ESA).A primeira reprodução do planeta vermelho vai permitir que, através da Internet, todos os investigadores possam ter acesso aos novos dados a três dimensões, o que permitirá efectuar um melhor estudo da superfície de Marte.Até agora, as imagens disponíveis não eram mais do que fotografias convencionais que, por isso, não permitiam ver a topografia do planeta e as elevações.A câmara que recolheu as imagens viaja a bordo da “Mars Express” e foi especialmente desenhada para recolher este tipo de informação. Depois de anos a processar os datos enviados, a primeira publicação de grande parte da superfície de Marte está finalmente pronta.De acordo com Gehrad Neukum, coordenador do projecto e investigador na Frie Universitat de Berlim, a nova técnica “permite conhecer de forma instantânea a inclinação de uma determinada zona ou a altura de um precipício, seguir os movimentos da lava ou as fissuras do solo, o que é essencial para entender se e como se moveram a água e a lava no planeta vermelho”.
Até 2009 a equipa conta conseguir reunir imagens de todo o planeta a três dimensões.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Fados - Tráiler

O fadista Carlos do Carmo, que ontem recebeu um prémio Goya para a melhor canção original, afirmou-se surpreso e feliz pela distinção da Academia Espanhola das Artes Cinematográficas.

"Foi uma surpresa a nomeação e maravilhoso o ter recebido este prémio", disse hoje à Lusa Carlos do Carmo.

A canção vencedora, "Fado da Saudade", tem poema de Fernando Pinto Amaral e é na música do fado menor em versículo, explicou o fadista, que afirmou que "se este for mais um contributo para o fado, fico feliz, é o que tenho procurado fazer ao longo de 45 anos de carreira".

"Fado da saudade", de Carlos do Carmo e Fernando Pinto do Amaral, venceu o prémio Goya para Melhor Canção Original, na 22ª edição dos prémios Goya, os Óscares do cinema espanhol, que decorreu no Palácio dos Congressos, em Madrid.


sábado, 2 de fevereiro de 2008

Beatles

NASA divulga canção dos Beatles através do Universo

A NASA vai divulgar a canção dos Beatles «Across the universe» no cosmos a 04 de Fevereiro, uma estreia absoluta, para celebrar simultaneamente o cinquentenário da agência espacial norte-americana e o nascimento do grupo britânico.
A transmissão, que começa às 00:00 de terça-feira (hora de Lisboa) será orientada na direcção da estrela polar (Polaris), a mais brilhante da constelação da Ursa Menor, situada a 431 anos-luz da Terra (um ano-luz corresponde a 9.460 mil milhões de quilómetros), precisa a NASA no seu site Internet.
A canção viajará no universo à velocidade de cerca de 307.000 quilómetros por segundo.
O ex-Beatles Sir Paul McCartney declarou-se muito entusiasmado com a iniciativa. «Espantoso! Bravo à NASA, transmitam o meu afecto aos extraterrestres», disse numa mensagem à agência espacial.
John Lennon, o ex-Beatles que foi assassinado, é o principal autor desta canção.
A sua viúva, Yoko Ono, considerou que este acontecimento significativo marca o início de uma nova era em que os terrenos comunicarão um dia com biliões de planetas.
Não é a primeira vez que a NASA utiliza a música dos Beatles. Em Novembro 2005, Paul McCartney interpretou a canção «Good Day Sunshine» durante um concerto que foi transmitido para a Estação espacial internacional (ISS) onde está em permanência uma tripulação de três astronatuas norte-americanos e russos.
No âmbito destes aniversários a 04 de Fevereiro, o público foi convidado a participar escutando a canção no seu próprio sistema áudio no mesmo momento em que a NASA a divulgará através do Universo.

Diário Digital / Lusa
02-02-2008 9:07:00