quinta-feira, 31 de julho de 2008

Star Tracking

A cada dia que passa são cada vez mais os portugueses que acreditam. Uma «fé» em Portugal e nos portugueses que, em tempos de pessimismo, pode parecer estranha. A comunidade Star Tracking é o mais recente e vivo exemplo de que o espírito empreendedor de Portugal está em ampla rampa de lançamento. A presença de Cavaco Silva e Durão Barroso no evento desta quinta-feira que juntou, no Campo Pequeno, em Lisboa, centenas de membros desta comunidade, é a prova de alma está viva e que os «sonhos realizam-se».

Sob o lema «É proibido falar mal de Portugal» nasceu uma comunidade de portugueses residentes lá fora, que, cansados do «triste fado português» criaram, através da Internet, uma rede social que pretende identificar o talento global português, dentro e fora do país, e incentivar a partilha de experiências e informações, com o objectivo de criar valor para o país.

Uma ideia de portugueses lá fora que cativou os portugueses cá de dentro e já conta com mais de 15 mil aderentes, sendo, o próprio Presidente da República um dos seus membros. A iniciativa desta noite foi o culminar de vários encontros de portugueses em «cinco cidades, em cinco meses». «Em Madrid éramos 80, em Paris 160, em Londres 250», adiantou Tiago Forjaz, um dos fundadores do Star Tracking. Esta noite, no Campo Pequeno estiveram cerca de 800 pessoas, cerca de 20 por cento veio de outro país para o evento.

«As elites não entendem»

Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, discursou no evento e salientou a importância destas iniciativas para o crescimento de Portugal e também para o aumento da inclusão social. «Portugal é um país com diferenças na distribuição de riqueza» e este, é para o líder da Europa, um dos «problemas» do país que as «elites não entendem e tendem a agravar».

A «alegria especial» do Presidente da República

Cavaco Silva deslocou-se ao Campo Pequeno para participar numa iniciativa «feliz, muito feliz» especialmente porque vai de encontro às «ideias» do Presidente quando assumiu o seu mandato: «evidenciar a riqueza humana e os talentos que existem na nação portuguesa» como forma de fazer crescer Portugal.

O Presidente da República classificou o Star Tracking como uma «ideia brilhante» e descreveu-o como «a linha avançada da projecção de Portugal no Mundo». Por estes motivos, Cavaco disse sentir uma «alegria especial» e salientou o facto de «ser um de vós». O Presidente agradeceu à comunidade e foi aplaudido de pé.

«É só iniciarmos a brincadeira»

O evento contou com a apresentação de exemplos de portugueses de sucesso. Ricardo Diniz, velejador, explicou em declarações ao PortugalDiário, como se consegue ser uma «estrela» portuguesa: «Eu acho que é muito importante as pessoas compreenderem, de uma vez por todas, que isto não tem que ser uma questão de mudar mentalidades. Portugal não é inferior. É um país espectacular».

O caminho para o sucesso passa sempre pelo trabalho e pela vontade: «São raras as vezes que uma pessoa que faça aquilo que gosta não venha a ter uma forma de sucesso», explica o velejador, que foi nomeado Embaixador Europeu dos Oceanos por Bruxelas, em 2007. É também o mentor do projecto «made in PORTUGAL». Ricardo aconselha os portugueses a deixar as «queixas» para trás das costas e a «começar a brincadeira».

Quando os sonhos se realizam

Tiago Forjaz, um dos fundadores da comunidade, acompanhou o Presidente da República à viatura oficial. Depois da partida do carro presidencial, o português abraçou os colegas. Estava realizado um sonho.

«Não há palavras. Foi o concretizar de um sonho», declarou. «Acho que ficou bem claro que este é o momento em que se alinhou uma constelação, não só de soberania, mas da vontade de todas as pessoas que querem levar Portugal para o sítio que merece».

Talentos portugueses

Talento é passaporte para abrir novos mundos

HUGO COELHO

Star Tracker. Chamam-lhe os novos descobridores.

Alguns são gestores de topo e artistas. Outros são investigadores, médicos ou cientistas. São talentos portugueses além-fronteira e hoje partilham uma extensa rede virtual que já reúne 15 mil.
Vêm de todo o lado, 'aterram' hoje em Lisboa.
Quando Tiago Forjaz começou a sua odisseia do talento, há pouco menos de um ano, não podia imaginar onde ia chegar. O projecto deste sócio da empresa de consultoria e gestão de talentos, Jason Associates, era percorrer algumas cidades do mundo à procura do talento expatriado português. Passou por Madrid, Paris, Londres, Nova Iorque e São Paulo e hoje, pouco depois do sol se esconder, a "nave" vai aterrar no Campo Pequeno, em Lisboa, onde espera reunir muitos dos que encontrou pelo caminho.
Mas a ideia foi apenas o bater de asas de uma borboleta e o projecto da Jason rompeu barreiras e excedeu expectativas. Ainda estavam no início da viagem quando decidiram fundar uma rede social virtual do talento português, o Star Tracker."A ideia de criar a rede social Star Tracker veio-me durante a minha viagem a Madrid. Encontrei-me com cinco pessoas da banca de investimento e percebi que nenhuma se conhecia. De imediato percebi que era necessário pôr estas pessoas a comunicar e a colaborar entre elas," explica Tiago Forjaz, partner da consultora Jason Associates.Quando começou a rede tinha 2000 membros, muitos dos quais eram já conhecidos pela Jason. Mas a mensagem viajou num passa-palavra e hoje tem mais de 15 000 pessoas ligadas na rede virtual de confiança. O Star Tracker é um espaço virtual onde os membros se relacionam e ajudam. Cada membro pode pedir um desejo e os restantes estão comprometidos a ajudar. E ajuda não tem faltado. Por exemplo, o Presidente da República, Cavaco Silva, usou o seu desejo, por aqui chamado Star Power, para seleccionar 65 candidatos ao prémio da individualidade mais inovadora da diáspora portuguesa. Segundo os números da empresa de consultoria, há portugueses na rede de 114 países diferentes. Mas a maior parte dos expatriados está na Europa, nos Estados Unidos ou no Brasil e a sua média de idades é de 33 anos. A par do empreendorismo e do risco, estes talentos são pessoas muito qualificadas.O mais importante e que não vem nas estatísticas é a afinidade pelo País de onde partiram. Portugal é para muitos dos expatriados um amor não correspondido. Portugal é para a maior parte um país pequeno de mais. Mesmo assim, 85 por cento dos membros da rede planeiam voltar e metade até pensa regressar nos próximos três anos. Chegarão carregados com os conhecimentos e experiências que adquiriram e poderão bem mexer com o País com a sabedoria que trazem às costas.
A festa em Lisboa, é o final da digressão da odisseia Star Tracking e marca o fim do controlo da Jason na rede. De agora em diante, a rede virtual ficará entregue a si própria. "Chegou a altura de estacionar a nave. Vamos permitir que a rede se organize e mobilize. Isso não quer dizer que um dia não possamos, nós ou alguém, levantar a nave outra vez."

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Diplomados em tecnologia

Portugal com mais diplomados em tecnologia

O número de portugueses com especialização tecnológica aumentou em 2007, registando um total de 878, contra os 233, do ano anterior.


O anúncio foi feito pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior em nota enviada à Agência Lusa em que adianta que «foram criados, no âmbito das instituições de ensino superior, públicas e privadas, 257 novos cursos de especialização tecnológica, sendo que mais de 60 por cento se situam na área das tecnologias e mais de 75 por cento funcionam em instituições de ensino politécnico público».
Segundo o mesmo documento, no ano lectivo de 2007-2008 «estiveram inscritos em cursos de especialização tecnológica em instituições de ensino superior 4811 estudantes, quando em 2004-2005 eram apenas 294».

Sida



Morte por sida registou descida de dois milhões

Mundo tem 33 milhões com VIH. São 34 mil em Portugal, que recebe elogio

EDUARDA FERREIRA

Decresceu o número de mortos por sida no Mundo e também diminuíram em 2007 as novas infecções. Portugal vem citado no relatório ONUSIDA num conjunto de 15 países com maior cobertura pela terapia com antiretrovirais.
Em 2007 morreram de sida menos dois milhões de pessoas que no ano anterior. O mundo tinha, no mesmo período, 33 milhões de infectados pelo VIH.
Destes, a parte mais significativa concentrava-se nos países africanos a Sul do Sara, que têm também o número mais elevado de mulheres infectadas. Ali, onde apenas um terço dos seropositivos tem acesso a tratamento, o drama da doença espalha-se para as gerações mais novas: já há 12 milhões de órfãos. Na infecção em adultos, a Suazilândia tem a taxa mais elevada do mundo: 26% da sua população.
A ONUSIDA, parceria das Nações Unidas com outras organizações para contrariar a devastação da sida, sublinha no seu relatório ontem divulgado que a diminuição do número de infecções e óbitos se deve a duas razões: estendeu-se um pouco a cobertura das terapias antiretrovirais e, em algumas regiões do mundo, as populações começaram a aderir ao uso de preservativos quando há parceiros múltiplos.
Esta mudança de comportamentos é também assinalada relativamente a algumas regiões de África, como a correspondente aos Camarões, onde a iniciação sexual antes dos 15 anos deixou de ser tão comum como antes.
Apesar de os números globais indiciarem uma relativa travagem na disseminação da doença, a ONUSIDA constata que em algumas regiões ou países aumentou a taxa de novas infecções. É o caso da China, Indonésia, Quénia, Rússia, Ucrânia, Moçambique e Vietname.
A Europa de Leste e a Ásia central viram duplicar as suas taxas desde 2001. Por outro lado, em países como a Alemanha, Canadá e Estados Unidos, aumentou a taxa de infecção passada entre homens. No caso de África são as relações heterosexuais as que mais contribuem para o aumento do número de infectados.
Com excepção de África, as novas contaminações ocorrem em maioria por uso de drogas injectáveis, prostituição (e seus frequentadores) e relações não protegidas entre homens. Um dos progressos constatados pela ONUSIDA tem a ver com a passagem de novas infecções das grávidas para os fetos. Houve, em 2007, menos 40 mil casos no mundo. Mas esta realidade não esconde uma outra: a nível mundial, no ano passado, mais 370 mil crianças com menos de 15 anos ficaram infectadas, continuando a tendência verificada logo no começo do século. Isto faz com que vivam com VIH dois milhões de crianças. E, mais uma vez, é em África que estes casos se concentram, numa taxa de 90%.
Portugal partilha com 15 países (entre os quais alguns minúsculos reinos da Oceania, mas também a Dinamarca, Alemanha e Israel) uma classificação relativa aos casos com cobertura por terapias antiretrovirais. Estaremos com 75% de cobertura. A mesma lista indica que estarão com cobertura de 50 a 75% países como a Suécia, Luxemburgo e a Noruega. A Europa ocidental tinha, em 2007, cerca de 800 mil pessoas infectadas, enquanto os Estados Unidos tinham 1,2 milhões.
Só com o tratamento de todos os infectados até 2010 se poderia inverter o andamento da doença por volta de 2015, lembra o relatório citando os objectivos do Milénio. Para tanto serão necessárias mais verbas e uma estratégia que combine medicação com prevenção.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Ciência

28 Julho 2008 - 16h49

Investigador da Universidade do Porto

Português distinguido com prémio internacional

O investigador português do Instituto de Biologia Celular e Molecular da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Pedro Martins, foi distinguido com o prémio da Federação Europeia de Engenharia Química na categoria de Cristalização Industrial.
Pedro Martins estudou o crescimento cristalino, nomeadamente a cristalização da sacarose em soluções puras e impuras, e contou com uma bolsa de doutoramento da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). Estagiou no Instituto do Açúcar de Audubon da Universidade de Louisiana, EUA, com subsídio parcial da Fundação Calouste Gulbenkian.
O prémio, com o valor de 1500 euros, permite o acesso ao “International Symposium on Industrial Crystallization” agendado para 14 a 17 de Setembro em Maastricht, na Holanda.

domingo, 27 de julho de 2008

Peixe que fala



Poisson parleur

NOUVELOBS.COM 18.07.2008 13:00

Certains poissons peuvent communiquer par grognements, grâce à leur vessie natatoire, durant la parade nuptiale et pour protéger leur territoire.


Poisson crapaud,Opsanus beta Margaret A. Marchaterre, Cornell University

Les poissons-crapauds, ou batrachoididae, sont des créatures bruyantes. Elles partagent avec beaucoup d'autres animaux, des oiseaux à l'homme en passant par la grenouille, la capacité de produire des sons par la bouche. Une nouvelle étude, parue dans la revue Science, suggère que le mécanisme cérébral en jeu dans cette vocalisation est très primitif.

Chez les poissons crapauds, les sons émanent de la vessie natatoire, une poche de gaz située dans l’abdomen et permettant de réguler la flottabilité selon qu’elle est plus ou moins remplie. Cet organe serait « l’ancêtre » des poumons des tétrapodes. Pour faire du bruit, les poissons crapauds utilisent leurs muscles parmi les plus rapides des vertébrés et font vibrer leur vessie natatoire. Cette forme de communication primaire les aide à attirer leur partenaire sexuel ou à défendre leur territoire.

Ces poissons ont dans le cerveau un circuit de neurones qui s'activent en rythme pour fixer la vitesse de contraction des muscles vocaux et donc le ton et la durée de leurs appels. Des chercheurs américains, des Universités de Californie et d’Ithaca, ont identifié la structure neuronale en cause et ont pu suivre son développement sur des larves de batrachoididae. Comme chez les autres vertébrés dotés d’une « voix », le réseau prend naissance dans une région spécifique incluant la base du cerveau postérieur et le sommet de la moelle épinière. Un argument en faveur d’une origine très ancienne du circuit nerveux associé à la vocalisation. Selon les chercheurs, il serait apparu il y a plus de 400 millions d'années avec les premiers vertébrés aquatiques. En revanche, les organes spécialisés comme la vessie natatoire des poissons, le syrinx des oiseaux ou le larynx des mammifères semblent avoir évolué de manière indépendante.


J.I.
Sciences et Avenir.com
18/07/2008

Google

ENCYCLOPEDIE


Google invente le wiki qui rapporte

NOUVELOBS.COM 24.07.2008 15:18

Depuis hier, Google propose un nouveau service à mi-chemin entre l’encyclopédie participative et le blog. Le tout financé par la publicité.
Ce devait être le concurrent direct de Wikipedia, la célèbre encyclopédie participative et gratuite mais «Knol » (pour Knoxwledge, connaissance) sera en définitive une sorte d’hybride mêlant des fonctionnalités wiki et des outils utilisés par les bloggeurs. Si le principe reste le même : mettre a profit l’expertise des internautes dans leur domaine de compétence afin de réaliser un ouvrage encyclopédique exhaustif en ligne, Google a pris le parti de monétiser l’information. Chaque auteur aura en effet la possibilité d’utiliser l’outil AdSense pour inclure dans la page dans laquelle sera édité son article des espaces publicitaires comme des milliers d’internautes le font déjà sur leurs sites ou pages perso. Les contributeurs percevront ainsi une rémunération en fonction du nombre de consultations de leurs pages. Si certains se réjouissent de cette nouvelle, plusieurs bloggeurs redoutent les effets pervers que pourraient engendrer ce système. En effet, les sujets les plus populaires, donc les plus rémunérateurs, vont être largement documentés au détriment des thèmes moins « commerciaux ». D’autant plus, autre nouveauté, que plusieurs « Knol » pourront être édités sur le même sujet, ce qui laisse déjà entrevoir plusieurs difficultés pour catégoriser et classer ces contributions. Enfin, à la différence de Wikipedia chaque auteur restera propriétaire de son article qui ne pourra pas être modifié par les visiteurs. Ces derniers pourront tout de même commenter le sujet et proposer des modifications mais celles-ci avant d’être appliquées nécessiteront l’approbation de l’auteur. Knol n’existe pour l’instant qu’en langue anglaise mais Google ne devrait pas tarder à décliner son service en plusieurs langues.

J.I.
Sciences et Avenir.Com 24/07/2008

Codex


NUMERISATION

Codex en ligne

NOUVELOBS.COM 25.07.2008 11:20

Le Codex sinaiticus, considéré comme la plus vieille Bible du monde, est maintenant consultable en ligne.


Le Codex sinaiticus

Rédigé en grec, entre 330 et 350 ap JC, par les moines du monastère Sainte-Catherine sur le mont Sinaï, en Egypte, le Codex sinaiticus est considéré comme l’une des plus anciennes versions de la Bible. Il a été découvert en 1859 par Constantin von Tischendorff, un savant Allemand originaire de Leipzig qui effectuait des fouilles dans le monastère, financées par Alexandre II, Tsar de Russie. L’ouvrage est constitué de 400 pages de parchemin écrites recto-verso reprenant non seulement la plupart des textes de l'Ancien Testament mais également la totalité du Nouveau.

Propriété des Russes jusqu’à la révolution de 1933, il a ensuite été vendu à la British Library de Londres. Durant cette période un peu trouble nombre de ses pages furent dispersées si bien que quatre institutions en possèdent aujourd’hui des parties : la British Library elle-même, le monastère Sainte-Catherine du Sinaï, la Bibliothèque d'État de Russie et l'université de Leipzig. En 1985, les anglais ont lancé un programme de recherche interdisciplinaire (coût estimé: 680 000 livres) autour du célèbre manuscrit. Selon trois axes : la conservation, la numérisation et la traduction.

Cette entreprise se concrétise aujourd’hui avec la mise en ligne des 43 pages allemandes et des 67 de la British Library. Chacune d’entre elles a été photographiée en haute définition puis numérisée. Sur le site, a côté de la photographie le visiteur peut afficher un zoom de certains détails, la transcription de la page en grec et la traduction de plusieurs passages en anglais et allemand. Les responsables du projet espèrent mettre à disposition la totalité de l’ouvrage avant la fin 2009.


J.I.
Sciences et Avenir.com
25/07/2008

http://fr.wikipedia.org/wiki/Codex_Sinaiticus
http://www.codex-sinaiticus.net/en/

sábado, 26 de julho de 2008

E viva a Ciência (também no feminino)

Elvira na quinta-feira, depois de receber a confirmação oficial do prémio

European Research Council

A cientista que ganhou 2,5 milhões de euros

Elvira Fortunato, da Universidade Nova, conquista o maior prémio de sempre dado a um investigador português.
Virgílio Azevedo
17:00 Sábado, 26 de Jul de 2008

Foi uma semana verdadeiramente louca para a carreira de Elvira Fortunato. Antes ela já soubera por via não oficial que fora contemplada com o primeiro prémio na área da Engenharia do European Research Council (ERC), organização que pela primeira vez atribui em 2008 aqueles que são considerados uma espécie de Prémios Nobel europeus.
O nome do projecto vencedor em inglês é 'Invisible' (Invisível) e propõe-se fazer transístores e circuitos integrados transparentes usando óxidos semicondutores, uma ideia arrojada e inovadora a nível mundial. Mas faltava a carta do ERC com a confirmação oficial.
Só que outros acontecimentos se meteram pelo meio. Na segunda-feira, na véspera de fazer 44 anos, a cientista da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (UNL) recebeu uma prenda antecipada fantástica: a reitoria da UNL enviou para os "media" nacionais e estrangeiros um comunicado onde anunciava que a equipa do Centro de Investigação de Materiais (Cenimat), dirigida por Elvira, tinha produzido pela primeira vez no mundo transístores com uma camada de papel como material isolante, em vez do tradicional silício.
A notícia entrou imediatamente nas edições "on-line" de vários jornais portugueses, incluindo o Expresso, foi manchete na edição em papel de terça-feira do 'Público', levou Elvira Fortunato nesse mesmo dia ao jornal da noite na SIC, surgiu na edição "on-line" do 'Financial Times' e caiu que nem uma bomba nos meios científicos mundiais. De tal maneira que na quinta-feira à noite, uma pesquisa no Google com as palavras em inglês "paper transistor" (papel transístor) encontrava já mais de quatro milhões de sítios na Internet em todas as línguas - incluindo chinês e russo - a falarem do tema, a maioria deles referindo-se à descoberta da equipa liderada por Elvira Fortunato.
"Nesta semana não consegui simplesmente trabalhar, porque estava sempre a receber telefonemas e "mails" de parabéns, inclusive de pessoas que nem sequer conheço, e pedidos de entrevistas e de informações vindos de revistas e de sítios especializados, principalmente dos EUA", conta a investigadora. A esta agitação juntaram-se ainda contactos de empresas estrangeiras, incluindo a conhecida consultora norte-americana Frost & Sullivan, e convites para conferências fora do país.
Catarina, a filha única de 11 anos de Elvira, ficou contentíssima depois de a ver na SIC e fez-lhe de imediato duas perguntas: "Mãe, agora vais ser uma estrela? E vais ganhar muito dinheiro?". A cientista riu-se, mas, dois dias depois, na quinta-feira à tarde, a resposta às perguntas de Catarina chegava pelo correio: o European Research Council confirmava oficialmente a atribuição do 1º Prémio de 2,5 milhões de euros com a nota máxima da tabela classificativa (8), e incluía o nome de Elvira Fortunato no Top 5 mundial dos investigadores em electrónica transparente.
O prémio é pessoal e traduz-se num financiamento para os próximos cinco anos que a directora do Cenimat poderá utilizar na investigação como quiser, onde quiser e com a equipa que entender. Mas o que fará a cientista ao dinheiro?
"Este dinheiro é fundamental para o centro de investigação, porque vai permitir consolidar a actividade da minha equipa na electrónica transparente, uma área com potencialidades que hoje ninguém imagina". Assim, a maior parte dos 2,5 milhões será aplicada na compra de um microscópio electrónico para observações à nanoescala e fabrico de nanotransístores, e em despesas de pessoal.
Estas despesas incluem a contratação de mais um doutorado e um técnico, e o pagamento de metade do salário de Elvira Fortunato durante cinco anos, "o que significa que posso contratar um professor para dar as minhas aulas, de modo a dedicar-me inteiramente à investigação, sem qualquer prejuízo para a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova". Hoje trabalham com a cientista três alunos de mestrado, dez de doutoramento e seis doutorados estrangeiros oriundos da China, Índia e Sri Lanka.
UMA CARREIRA BRILHANTE
23 de Julho de 2008 - 1º Prémio do European Research Council na área da engenharia (€ 2,5 milhões)
21 de Julho de 2008 Divulgação mundial do fabrico de transístores com papel
26 de Maio de 2008 - Nova geração de mostradores desenvolvidos para a Samsung (telemóveis e outros suportes) é apresentada em Los Angeles Fevereiro de 2008 Contrato com a multinacional japonesa Fuji para o desenvolvimento de células solares de terceira geração
2007 - Nomeada directora do I3N (Instituto de Nanoestruturas, Nanomodelação e Nanofabricação)
2005 - Prémio de Excelência Científica da Fundação para a Ciência e Tecnologia
1998 - Nomeada directora do Centro de Investigação de Materiais (Cenimat) da Universidade Nova

terça-feira, 22 de julho de 2008

Novos transistores

Os novos transistores têm a espessura do papel

Na Universidade Nova de Lisboa

Cientistas portugueses desenvolvem o primeiro transístor com papel

Nicolau Ferreira

Investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa desenvolveram os primeiros transístores com papel, uma descoberta que pode permitir a criação de sistemas electrónicos descartáveis a baixo custo.“O transístor é a peça de lego para construir qualquer coisa”, explicou ao PÚBLICO Elvira Fortunato, que juntamente com Rodrigo Martins, são os coordenadores do grupo de investigação Cenimat/I3N, responsável pela descoberta.
Os transístores nasceram no final dos anos 40 e substituíram as válvulas utilizadas nos computadores e nas redes telefónicas. Tiveram o condão de reduzir o tamanho dos equipamentos, aumentar a velocidade e a durabilidade. Hoje, qualquer aparelho com um circuito integrado contém estes “interruptores” electrónicos. O “interruptor” é formado por três componentes. Um material semicondutor que tem uma entrada e uma saída, chamadas fonte e dreno, por onde passa a corrente. E uma porta que é o que induz e controla a corrente, mas que está separada do semicondutor por um material isolante, impedindo curto-circuitos.
É esta porta que “liga” e “desliga” o transístor e que equivale ao sistema binário 0/1 em que toda a informação está codificada. É assim que os computadores, os ecrãs, os telefones, as aparelhagens funcionam. Com muitos milhões destas unidades.
O material isolante, que é a componente dieléctrica do transístor, era feito de vários materiais como o silício. As unidades eram construídas a 1200 graus célsius, por exemplo. Agora, os investigadores conseguiram o fabrico à temperatura ambiente, utilizando papel que é um “dois em um” porque também funciona como o suporte do transístor.
A celulose tem outras propriedades e não é tão boa como o silício. “Mas pode-se fazer sistemas descartáveis a baixo custo”, explicou Elvira Fortunato. E mais, pode dobrar-se que não se estraga. Estas características permitem explorar várias ideias como ecrãs de papel, etiquetas, pacotes inteligentes, chips de identificação ou aplicações médicas.“Pode utilizar-se nos sensores biológicos para diagnóstico [na saúde]. Muitos sensores são de papel, funcionam através de uma reacção química, com o transístor pode haver uma mais-valia”, exemplificou a investigadora.
O artigo com a descoberta já foi aceite pela revista científica “Electron Device Letters” e vai ser publicado em Setembro. O pedido de patente também está feito. Agora é só ficar à espera de uma próxima plataforma digital que, antes de se deitar fora, ainda pode servir como post-it, porque, como explica a investigadora, os novos transístores “não deixam de ser papel”.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Bactéria E.T.

Portugueses isolam bactéria "E.T."

SÉRGIO DUARTE

Cientistas portugueses participaram na descoberta uma nova classe de bactérias. Os cientistas da Universidade de Coimbra vão continuar a estudar "o micróbio mais estranho dos últimos 20 anos".
Chamam-lhe E.T. por causa das características estranhas, mas a nova classe de bactérias foi descoberta, a cerca de 1450 metros de profundidade, no Mar Vermelho. O microrganismo foi estudado por um grupo de cientistas que incluía uma equipa da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), coordenada por Milton Costa e André Antunes.
Esta descoberta é o resultado de uma investigação iniciada em 2004 com uma expedição ao Mar Vermelho organizada por investigadores alemães. Vários microrganismos foram depois isolados na Alemanha, com a colaboração de um grupo de cientistas da Universidade de Regensburg. A caracterização foi posteriormente concluída em Coimbra. "A maior parte dos estudos bioquímicos, fisiológicos e do modo de vida da bactéria foram feitos por nós", disse ao JN Milton Costa, do Departamento de Bioquímica.
O microrganismo "Haloplasma contractile" foi isolado por André Antunes, do Centro de Neurociências e Biologia Celular, a partir de amostras de organismos recolhidas do fundo das fossas salgadas do Mar Vermelho, onde não há luz nem oxigénio.
O E.T. revela características muito particulares e o coordenador da equipa portuguesa não tem dúvidas que "em termos de microbiologia fundamental é o micróbio mais estranho e interessante descoberto nas últimas duas décadas".
As diferenças em relação a outras bactérias são tanto a nível do ambiente em que vive como da morfologia. "Sobretudo esta, é muito distinta porque tem uns tentáculos que se contraem e expandem como nunca foram observados em nenhum outro micróbio", explicou Milton Costa.
Dadas as profundas diferenças é difícil perceber totalmente o microrganismo e vai ser ainda necessário proceder à realização de estudos. Estes passam, por exemplo, por sequenciar o genoma do micróbio e caracterizar o seu ambiente.
A equipa portuguesa vai continuar envovolvida no estudo e Milton Costa afirma estarem "particularmente interessados em saber o que o organismo acumula em resposta ao sal". Há também já um investigador na Alemanha, a estudar a mobilidade do ET.
No reino das bactérias são conhecidas pouco mais de vinte classes. Este micróbio representa mais um destes grupos mas com características muito diferentes das até agora encontradas . Em termos evolutivos, uma classe corresponde a um grupo de organismos como os mamíferos, as aves ou os insectos.

sábado, 12 de julho de 2008

O Ferroviário

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Malaca

Unesco: Malaca declarada património da Humanidade

07 de Julho de 2008, 19:17

Quebeque, 7 Jul (Lusa) - A UNESCO acrescentou hoje Malaca, uma antiga fortaleza portuguesa no sudeste asiático, à sua famosa lista de tesouros da Humanidade.
Malaca, ou Melaka, como se diz hoje em malaio, foi conquistada por Afonso de Albuquerque em 1511 e posteriormente ocupada pelos holandeses. A sua nomeação foi aprovada pelo Comité do Património Mundial da Unesco juntamente com Gweorge Town, outra povoação histórica da actual Malásia.
O comité, cuja reunião anual decorre até 10 de Julho no Quebec, acrescentou ainda dois outros locais à sua lista: o templo hindu de Preah Vihear, no Cambodja, e a antiga área agrícola de Kuk, na Papua Nova Guiné, devido ao seu "excepcional valor histórico".
É o primeiro local da Papua Nova Guiné a fazer parte do Património Mundial, cuja lista passou agora a ter 858 nomes.

AC.
Lusa/Fim

sábado, 5 de julho de 2008

Pensões

Empresários fazem alerta para "quebra brutal" das pensões


O Compromisso Portugal apresentou ontem o Estado da Governação em Julho de 2008, considerando que a nível da reforma da segurança social , que manteve o tradicional regime de repartição, "na prática significará sobretudo uma quebra brutal das pensões em relação ao sistema anterior".

Ou seja, o cidadão que se reforma em vez de receber 80 por cento do seu último ordenado, vai passar a receber pensões equivalentes a 55 por cento, "com previsíveis menores actualizações posteriores, dependentes do valor da reforma, da esperança de vida e do crescimento do produto interno bruto (PIB), o que poderá diminuir ainda mais o valor real das suas reformas.

O Compromisso Portugal não deixa porém de considerar que a contenção da despesa de Segurança Social, que a prazo vai contribuir para uma maior consolidação orçamental, é um dos aspectos positivos da governação. "A sustentabilidade corrente ficou assegurada até 2036 e a ruptura do sistema foi adiada, pelo menos, para 2060."

António Carrapatoso, um dos promotores da iniciativa, disse que o executivo falhou o seu objectivo essencial de conseguir um crescimento económico significativo, sustentado e convergente com a União Europeia. Recusando dar uma "nota" ao governo, lembrou ainda que o PIB/per capita português - ou seja, o rendimento médio de cada cidadão - não evoluiu positivamente face à média da UE entre 2004 e 2007, enquanto a coesão social pouco melhorou.

A nível da taxa de desemprego, António Carrapatoso lembrou que esta subiu de 6,7 por cento em 2004 para 8 por cento em 2007, a par de um elevado endividamento externo das famílias e das empresas, numa conjuntura de crise que irá implicar o agravamento do custo do financiamento externo.

O Compromisso Portugal voltou a defender a necessidade de se introduzir uma nova metodologia para investimentos públicos de maior relevância, quer na fase de aprovação quer no seu acompanhamento.

Depois das "novelas" do novo aeroporto e do TGV, os empresários defenderam uma nova metodologia. Passa pela recomendação, não vinculativa, de uma comissão multidisciplinar constituída por técnicos e personalidades de elevada capacidade e prestígio.

Rui Ramos, outro dos coordenadores da iniciativa , chamou a atenção para a receptividade da sociedade portuguesa para algumas das reformas necessárias , mas que mexeram em classes profissionais e interesses relevantes. "Há na sociedade portuguesa uma compreensão da necessidade de reformas dolorosas e uma disponibilidade para as absorver."

Internet mais barata...

d.r.
04 Julho 2008 - 14h53

Na zona Interior do país
BE propõe baixa de preços da Internet

O Bloco de Esquerda (BE) apresentou esta sexta-feira um projecto de Lei para acabar com a proposta da Anacom que permite preços mais altos do acesso à Internet a zonas do interior.

O deputado bloquista, Francisco Louçã, mostrou um mapa de Portugal com as regiões do país que podem vir a ter reduções de preços no acesso à Internet, no litoral, e aquelas onde os preços se deverão manter, maioritariamente no interior.


“É um país a duas velocidades”, afirmou Louçã que pretende incluir o acesso à Internet de banda larga no serviço universal de telecomunicações, estabelecendo preços mais baixos e de fácil acesso às diferentes zonas do país.


Também em 2002, a bancada bloquista apresentou um projecto idêntico mas nunca chegou a ser submetido a uma votação final. O projecto de lei apresentado hoje pretende incluir o acesso à Internet de banda larga no serviço universal de telecomunicações, com o acesso à banda larga “a preços acessíveis” e sem depender de qualquer “subscrição de serviços adicionais”.

Jovens e comportamentos

Jovens agrediam para fazer vídeos e pôr na Net


LÍLIA BERNARDES

Um grupo de seis jovens de ambos os sexos, entre os 12 e os 16 anos, foi identificado pela PSP Madeira como responsável pelos ataques violentos perpetrados na via pública ao longo de três meses no Funchal, sobretudo a crianças e idosos, e posteriormente, reproduzidos na Internet. As cenas de violência eram captadas por telemóvel e colocadas em sites como o YouTube e noutros locais de acesso livre.

"A PSP foi alertada através das queixas. A investigação iniciou-se de imediato, tendo conseguido, recentemente, apreender os vídeos que estariam prontos a ser colocados online", disse ao DN, o comissário da PSP, Roberto Fernandes. Os jovens, naturais da Madeira (concelhos do Funchal e de Santa Cruz), actuavam de forma "deliberada e organizada" chegando ao ponto de misturarem substâncias químicas e alimentares - lixívia, criolina, maionese e ketchup - obtendo, assim, um produto viscoso com um grau de toxicidade elevado com a única finalidade de ser utilizado "indiscriminadamente" junto das vítimas que sofriam os efeitos secundários, quer em termos de integridade física, quer de danos materias (vestuário), explicou Roberto Fernandes.

O grupo actuava nos parques públicos, recintos escolares e zonas balneares. Após referenciar os jovens, a PSP contactou os familiares, pessoas oriundas de classe média e inseridas socialmente. Para o comissário, estas são situações graves e os pais devem ser alertados para acompanharem os filhos a vários níveis, incluindo à forma como estes se ligam às novas tecnologias.

O caso, inédito na ilha, preocupa as autoridades pelo mimetismo com o caso do Carolina Michaelis e por revelar comportamentos desviantes.

USO DE TELEMÓVEIS AO VOLANTE

Cinco vezes ao telemóvel dá direito a ficar sem carta

RITA CARVALHO

Condução

Três infracções muito graves e cinco graves ou muito graves vão conduzir à cassação da carta. Regras já estavam no Código da Estrada, mas agora os procedimentos serão mais céleres e eficazes.
Instrução de multas está um caos, dizem especialistas
Para voltar a conduzir, só sendo submetido a novo exame e dois anos depois
Ser apanhado cinco vezes a falar ao telemóvel ou não parar três vezes num sinal stop, num período de cinco anos, vai levar à cassação da carta.
Para voltar a conduzir, só fazendo novo exame, dois anos depois.
As regras que constam do decreto-lei que entra amanhã em vigor já estavam previstas no Código da Estrada de 2005, mas não têm sido aplicadas devido a dificuldades na instrução dos processos e ao que muitos dizem ser o "caos" que reina na Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).
Agora, garante o Governo, o processo administrativo foi simplificado e será mais eficaz.
Quanto ao que se passou nos últimos três anos, pouco se pode dizer.
Apesar de haver um regime transitório, que promete não ignorar o histórico das infracções cometidas entre 2005 e 2008, poucos acreditam que seja possível recuperá-lo e utilizá-lo.
A própria ANSR já reconheceu que mais de 300 mil multas passadas entre 2006 e 2007 ainda nem sequer entraram nos registos informáticos e que está apenas a dar seguimento às contra-ordenações graves e muito graves ocorridas após Maio de 2007.
Notícias sobre a existência de mais de seis milhões de multas em risco de prescrever também vieram a público recentemente.
Ao DN, Nuno Magalhães, deputado do CDS, dá um exemplo para provar o que diz ser a distância entre a teoria desta legislação e o que será a prática. "Nem quando é exigido pelo tribunal, a ANSR tem conseguido dizer o que está no registo individual do condutor."As mesmas críticas são dirigidas pelo presidente da Associação dos Cidadãos Auto-Mobilizados. "Mais uma vez, o Governo aparece com a postura de que desta é que é de vez", ironiza Manuel João Ramos, presidente. Na sua opinião, esta "limpeza" serve para preparar a entrada em vigor da carta por pontos, embora este novo sistema ainda esteja a ser preparado e obrigue a nova revisão do Código.
"Para começar esta contagem (de pontos negativos e positivos ao longo dos anos) dá jeito ter os ficheiros limpos e parece mais fácil assumir que entre 2005 e 2008 não houve contabilidade."
Outra explicação apontada, e não só por Manuel João Ramos, é a extinção da Direcção Geral de Viação e a criação da Autoridade. "Na transição, os juristas deixaram de processar as multas. É o resultado de uma extinção feita em cima do joelho."
José Manuel Trigoso, presidente da Prevenção Rodoviária, também considera que só agora o histórico passará a contar de forma clara. E explica que este decreto-lei serve apenas "para agilizar procedimentos administrativos que estavam a dificultar o trabalho interno da ANSR e a aplicação do que já está previsto desde 2005". Agora, a cassação pode ser determinada pelos técnicos da ANSR que recebem esta competência por delegação do presidente.
O DN tentou obter esclarecimentos junto do Ministério da Administração Interna durante o dia ontem, mas não foi possível.

OVNI

D.R.

Muitas pessoas confundem OVNI com outros objectos

05 Julho 2008 - 00h30

Ciência: Serra da Gardunha é o local com mais casos de OVNI

11 objectos voadores por explicar

A Sociedade Portuguesa de Ovnilogia (SPO) tem em investigação 11 casos de relatos de avistamentos de Objectos Voadores Não Identificados (OVNI) para os quais ainda não encontrou resposta satisfatória. Em actividade desde 2005, esta associação diz-se céptica até prova em contrário. "O facto de não terem explicação não significa que sejam de origem extraterrestre", explica Nuno Montez da Silveira, presidente da Sociedade Portuguesa de Ovnilogia.


A verdade é que, como faz questão de sublinhar ao CM, 'o desconhecimento e a falta de informação levam à descrição de fenómenos alegadamente extraterrestres', que não passam de objectos made in Planeta Terra’. 'Até ao momento, estes 11 casos de avistamentos não têm uma explicação científica, como a maioria tem. Muitas vezes, as pessoas confundem OVNI com objectos visíveis a olho nu como balões meteorológicos, o Planeta Vénus, satélites ou até estrelas.'

A Serra da Gardunha, no distrito de Castelo Branco, parece ser um local privilegiado para este tipo de situações inexplicáveis: 'Aí existem quatro casos para os quais não temos resposta, seguido da Grande Lisboa com três; Setúbal (dois) e Abrantes e Azóia (Sintra/Cascais) ambos com um.'

Composta por quatro elementos, a SPO procura dar resposta às inúmeras solicitações que recebe ao longo do ano, atribuindo um grau de importância/veracidade aos contactos de quem diz ter visto um OVNI. Após uma selecção, uma equipa desloca-se ao local, de forma a entrevistar as testemunhas, registando os depoimentos em áudio e vídeo para posterior análise. 'O que pretendemos é juntar uma equipa multidisciplinar, com psicólogos, astrónomos e cientistas de outras áreas. Só em conjunto conseguiremos atingir explicações para este tipo de fenómenos', afirma Nuno Montez da Silveira, dando conta de que esse é o objectivo do I Encontro Internacional de Ovnilogia, a realizar hoje no auditório do Instituto Português da Juventude no Parque das Nações, em Lisboa.

Ademar José Gevaerd, um dos oradores presente no encontro, fundou em 1983 o Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores. O ‘caso Varginha’, ocorrido a 20 de Janeiro de 1996 no Brasil, será a base do seu testemunho.

AO DETALHE

CASO OTA-CÓRDOVA

O caso Ota-Córdova é a 'prova de que existem OVNI em Portugal, observados por pilotos credenciados', comenta Nuno Montez da Silveira, referindo-se à equipa de quatro pilotos liderada por Lemos Ferreira e a Conceição e Silva que, em 1959, assistiu à queda de ‘cabelos de anjo’ numa parada militar em Sintra.

CASO ROSWELL

'Considero Roswell um mito. Foi a investigação civil que obrigou a força aérea dos EUA a reconhecer que mentiu. Primeiro era um OVNI, depois um balão meteorológico e, por fim, o projecto Mogul para espiar a União Soviética', diz o presidente da SPO.

AGÊNCIAS ESPACIAIS

'Não estão sensibilizadas, nem podem deslocar recursos para algo que não tem uma existência concreta' diz, sobre NASAe ESA.

TERORIA DA CONSPIRAÇÃO

'Resulta do medo das superpotências de reconhecer que existe algo que não conhecem', conclui.



André Pereira

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Mortos "brilhantes"

Des morts qui brillent de tous leurs feux

AFP 01.07.2008 15:31

La plupart des gens finissent à six pieds sous terre ou partent en fumée, quelques-uns se font congeler ou momifier. Mais de plus en plus de mortels passent leur éternité sous la forme d'un diamant, moyennant finances et une délicate transformation chimique pratiquée notamment en Suisse.

Dans la petite ville de Coire (est), la société Algordanza reçoit chaque mois du monde entier entre 40 et 50 urnes funéraires dont le contenu est patiemment transformé en pierre précieuse.

"Il y a toutes sortes de personnes: ça va du chauffeur routier au prof de philo", observe Rinaldo Willy, un des deux cofondateurs de l'entreprise, dans le laboratoire où une quinzaine de machines fonctionnent en permanence.

Une laborantine, aux yeux protégés par de grosses lunettes en plastique, travaille derrière une ligne jaune et noire que le visiteur n'a pas le droit de franchir, par respect envers les morts.

"Cinq cents grammes de cendres suffisent pour faire un diamant, alors qu'un corps humain laisse en moyenne entre 2,5 et 3 kilos de cendres", explique le jeune Rinaldo Willy (28 ans).

Les cendres sont d'abord métamorphosées en carbone puis en graphite. Soumises à de très hautes pressions et à des températures de 1.700 degrés, elles deviennent des diamants artificiels en l'espace de quatre à six semaines. Dans la nature, le même processus prend des millénaires.

"Chaque diamant est unique: la couleur varie du bleu foncé au presque blanc", assure M. Willy. "C'est un reflet de la personnalité".

Une fois obtenu, le diamant brut doit encore être poli et taillé suivant la forme désirée par les proches du défunt, souvent celle d'un coeur que l'on pourra porter en pendentif ou bien monter sur une alliance.

Le prix de cette âme translucide varie entre 4.500 et 17.000 francs suisses (2.800 à 10.600 euros) suivant le poids de la pierre (de 0,25 à un carat). Un montant qui n'inclut pas la monte, mais qu'Algordanza juge raisonnable.

"Un enterrement revient très cher: c'est 12.000 euros en Allemagne", lance M. Willy, qui ne révèlera pas le chiffre d'affaires de sa société.

Le patron d'Algordanza reconnaît qu'il est impossible de prouver que chaque diamant provient bien des cendres d'une personne particulière. "L'ADN brûle", explique-t-il. Mais "l'empreinte chimique" des cendres, déterminée à leur arrivée au laboratoire, permet d'établir une documentation et de retrouver l'origine du produit fini, assure M. Willy.

L'industrie du "diamant humain" est en plein essor, avec des concurrents installés en Espagne, en Russie, en Ukraine et aux Etats-Unis.

Fondée en 2004, la société suisse a ouvert des bureaux dans une vingtaine de pays, dont six en dehors d'Europe, et emploie au total une centaine de personnes de par le monde. Elle marche très fort au Japon, qui lui envoie chaque jour entre deux et quatre urnes, et vise désormais l'Inde et la Chine.

La plupart des urnes proviennent de familles qui veulent garder le souvenir d'un proche. Mais certaines personnes choisissent de leur vivant d'être incinérées puis diamantisées, un service qui est même offert désormais par des compagnies d'assurance vie.

La mobilité de la vie moderne est propice au secteur, estime Rinaldo Willy, qui remarque qu'il est difficile de se déplacer avec une urne à chaque déménagement --d'autant que certains pays interdisent de conserver les cendres d'un défunt à domicile-- ou bien d'entretenir une tombe si l'on n'habite plus à proximité.

Quant à l'incinération, elle est de plus en plus courante: en Suisse, elle représente 75% des décès.

Le mot "algordanza" signifie "souvenir" en romanche, l'une des quatre langues officielles de la Suisse.

Sistema solar

Vue d'artiste représentant voyager 2 à l'extérieur du système solaire. Nasa.


SYSTEME SOLAIRE

Comme un œuf !

NOUVELOBS.COM 03.07.2008 12:23

Le système solaire n’est pas rond mais ressemble plutôt à un œuf révèlent des données transmises par les sondes de la Nasa Voyager 1 et 2.

L’analyse des observations faites par les sondes Voyager rend compte d’une structure asymétrique du système solaire. Ce dernier est délimité par l’influence des vents solaires. Au-delà de l’héliopause, la limite extérieure, la poussée du vent solaire n'est plus suffisante pour repousser le milieu interstellaire, constitué par les flux particulaires émanant des autres étoiles de la Voie lactée.

Au sein de cette bulle, l’héliosphère, il existe une autre limite appelée « choc terminal », à ce niveau les vents solaires sont brusquement ralentis et passent d’une vitesse supersonique à une vitesse subsonique. C’est ce choc terminal qui a été franchi par les sondes Voyager (en 2004 pour Voyager 1 et en 2007 pour voyager 2). Or les deux sondes n’ont pas parcouru la même distance pour l’atteindre. Voyager 2 a atteint le choc terminal 1,5 milliard de km plus près de la Terre que Voyager 1 plus au Nord.

Les chercheurs, qui publient leurs résultats dans la revue Nature cette semaine, en concluent donc que le système solaire n’est pas rond mais qu’il subit une poussée d’intensité variable à ces frontières. Cette poussée provient du champ magnétique qui se trouve entre les systèmes d'étoiles de la Voie lactée, elle frappe le système solaire à un angle différent au Sud et au Nord. Cette découverte va permettre de mieux comprendre comment le Soleil interagit avec le reste de la Galaxie, affirment les auteurs

Les sondes Voyager ont été lancées en 1977 par la Nasa. Avant de foncer vers les frontières du système solaire, elles ont exploré les planètes Jupiter, Saturne, Uranus, Neptune ainsi que 48 de leurs lunes. Chacune porte à son bord un disque sur lequel est gravé un message ainsi que plusieurs photos et sons à destination d’une hypothétique civilisation extraterrestre. Mais les sondes n’atteindront pas leur prochaine étoile avant quarante mille ans !


J.I.
Sciences et Avenir.com
03/07/2008

Desigualdades

Portugal é o país da "Europa rica" com mais desigualdades salariais


MANUEL ESTEVES

Estudo. Os gestores ganham em média 4,4 vezes mais do que os seus empregados de escritório, revela um estudo da consultora Hay Group. Este hiato salarial coloca Portugal, a par da Grécia, como o país onde as diferenças nas retribuições entre trabalhadores "intelectuais" são mais elevadas
Numa lista de 61 países, Portugal ocupa a 39.ª posição
Já se sabia que Portugal tem uma das maiores divergências salariais da União Europeia a Quinze (UE15). Porém, um relatório da consultora Hay Group, baseado numa enorme base de dados com 12 milhões de empregados, revela que esta desigualdade também é significativa entre os trabalhadores por conta de outrem com funções intelectuais (deixando de fora o trabalho braçal).

Em Portugal, um gestor recebe em média 4,4 vezes mais do que um trabalhador de escritório. Ou seja, um funcionário que receba um ordenado mensal de mil euros terá chefes que ganham em média 4400 euros. Na UE 15, Portugal disputa com a Grécia o lugar cimeiro no ranking dos mais desiguais. Em 2006, o nosso país levou a melhor, situando-se na 38.ª posição, numa lista de 61 economias. Em 2007, os gregos superaram-nos, apresentando um diferencial de 4,6, tendo Portugal passado para o 39.º lugar, ombreando com o Botswana - um caso de estudo no continente africano.

Conforme refere o relatório Global pay gaps report, "a Europa é um microcosmo da disparidade que existe entre as economias estabilizadas e as emergentes, com contrastes significativos entre a Europa Ocidental e a do Leste". Com efeito, dos dez países com mais baixos diferenciais remuneratórios, nove são da "Europa rica". No extremo oposto, entre os dez Estados onde existem mais divergências salariais, figuram dois países da Europa do Leste - Roménia e Polónia.

Motivos para as desigualdades

O hiato salarial entre gestores e funcionários de escritório está relacionado com a lei da oferta e da procura. A oferta diz respeito aos níveis de qualificação dos empregados por conta de outrem, enquanto a procura está sobretudo dependente do ritmo de crescimento económico. Como pano de fundo, está a globalização, que levou à criação de um mercado internacional de trabalhadores altamente qualificados.

"Os dados reflectem a crescente globalização do mercado dos trabalhadores altamente especializados, o que leva a que mesmo as empresas nos países em desenvolvimento precisem de pagar um 'salário internacional' para atrair os gestores de topo", explica Gavin Brown, da filial britânica do Hay Group, citado no relatório. O mesmo já não se passa com os trabalhadores de escritório, que desempenham funções menos qualificadas e relativamente indiferenciadas. "Os trabalhadores de escritório estão imunes ao mercado global do 'talento' e são menos propensos à mobilidade internacional e, por isso, tendem a ser pagos mais em função da evolução dos custos de vida", acrescenta o mesmo responsável britânico. Ora, nos países onde o custo de vida é especialmente baixo, como sucede nas economias emergentes e em desenvolvimento, as diferenças face aos "salários internacionais" tendem a ser maiores.

Os níveis de instrução são fundamentais nesta equação salarial. Como explica Charlotte Park, do Hay Group, "quanto maior for a população bem instruída e com altos níveis de formação profissional, mais pequena é a disparidade remuneratória". É o caso de Singapura, onde os trabalhadores conseguem, em média, alcançar significativos ganhos salariais nos primeiros anos de carreira. Segundo o mesmo responsável, os empregados registam, em média, aumentos de 24% dos seus salários nos dois primeiros anos de trabalho.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

ARRIVEE INGRID BETANCOURT AEROPORT MILITAIRE

Ciência - Saúde

Vírus: Descoberta poderá um dia acabar com o herpes - Nature
03 de Julho de 2008, 12:41

Lisboa, 03 Jul (Lusa) - Cientistas norte-americanos descobriram o mecanismo que permite ao vírus do herpes simples manter-se escondido no corpo até ressurgir na pele ou em mucosas em pequenas vesículas, indica um estudo hoje publicado na revista Nature.

A descoberta, segundo os seus autores, poderá abrir caminho a uma combinação terapêutica capaz de reactivar o vírus, que é inacessível na sua forma latente, e eliminá-lo com o anti-viral.

O vírus em causa, chamado herpes simples (VHS-1, vírus herpes tipo 1), pode manter-se inactivo nos gânglios nervosos durante anos e entrar em acção seguindo pelas fibras nervosas até reaparecer na pele ou nas membranas mucosas na forma de vesículas, por efeito de stress, fadiga ou exposição solar.

O VHS-1 é o agente que determina a formação desse tipo de vesículas nos lábios ou úlceras na córnea do olho, transmitindo-se em geral por contacto com secreções da boca ou da sua vizinhança.

No estado latente o vírus não se multiplica mas produz um tipo de material genético, o RNA-LAT, cuja finalidade se desconhecia.

A equipa dirigida pelo Prof. Bryan Cullen, do Centro Médico da Universidade de Kent, em Durham (Carolina do Norte), descobriu que essa forma de ARN (ácido ribonucleico) se apresentava em unidades mais pequenas, ou micro-ARN, que mantinham o vírus dormente ao bloquearem a produção das proteínas necessárias à sua proliferação.

Mas por efeito de stress, estes micro-ARN ficam em menor número e já não conseguem bloquear o fabrico das proteínas, que recomeça, activando o vírus.

Em teoria, será possível activar todo o stock de vírus latentes no organismo e eliminá-los definitivamente, afirma Bryan Cullen, cujo laboratório começou a estudar em animais o melhor meio de administrar este tipo de tratamento.

Os seus trabalhos poderão servir para combater outros vírus latentes como os do herpes genital (VHS-2) ou da varicela, segundo o investigador.

O vírus da varicela e da zona (VZV) fazem parte do grupo dos vírus herpes.

CM

Lusa/fim

Ingrid Betancourt


Betancourt deixa para trás 6 anos de cativeiro lúcida e incisiva
Há 1 hora

BOGOTÁ (AFP) — Com os longos cabelos trançados e usando um chapéu e um colete camuflados do Exército, a ex-candidata à presidência da Colômbia Ingrid Betancourt chegou na tarde desta quarta-feira a Bogotá, deixando para trás seis anos e cinco meses de cativeiro na selva nas mãos das Farc.

Betancourt foi a primeira a descer a escada do avião presidencial que a trouxe da selva de Guaviare (sudeste colombiano) para a base militar de Catam, oeste de Bogotá, após ser resgatada junto com três americanos e 11 militares e policiais colombianos, em uma operação militar durante a qual não foi disparado um tiro sequer.

Ao desembarcar do avião apoiada no braço do ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos, a política se abraçou com a mãe, Yolanda Pulecio, e com o marido, Juan Carlos Lecompte.

Atrás dela seguiram os onze militares e policiais, alguns dos quais estavam há mais de dez anos em cativeiro. Eles se abraçaram e em seguida começaram a rezar.

"A operação foi absolutamente impecável", elogiou Betancourt em suas primeiras declarações, ainda na base aérea, onde agradeceu a Deus e aos soldados por sua libertação.

"Se não tivessem corrido o risco que correram, teríamos ficado sabe lá quantos anos mais nesse calvário que vivemos", agradeceu, dirigindo-se ao presidente Uribe e ao ministro Santos.

Betancourt agradeceu ainda ao ex-presidente francês Jacques Chirac, ao atual presidente, Nicolas Sarkozy, e aos franceses por seu apoio e solidariedade. Ela também pediu para que todos continuem lutando pelos 24 reféns que continuam em poder das Farc.

Sobre a operação, contou que ao amanhecer desta quarta-feira seus captores disseram que eles seriam levados em um helicóptero para um chefe das Farc, que supunham ser Alfonso Cano, líder máximo do grupo rebelde.

Dos helicópteros saíram com vários homens que falavam e se comportavam como guerrilheiros - alguns vestiam camisetas com a imagem de Che Guevara.

Betancourt disse que nem os membros das Farc nem eles, seqüestrados, suspeitavam de nada, e que só compreenderam a situação quando os dois chefes rebeldes que subiram no helicóptero foram submetidos e um dos militares gritou: "somos o Exército da Colômbia, vocês estão livres".

Muito lúcida e dando sinais de estar bastante informada, Betancourt também falou de política, apontando que a reeleição de Uribe, em 2006, foi o golpe mais duro para as Farc.

Além disso, pediu que os dirigentes rebeldes respeitem a vida dos guerrilheiros que os escoltavam e que ficaram na floresta.

"As pessoas que ficaram lá, os guerrilheiros que eram nossos guardas, nós os deixamos vivos, e Deus queira que continuem assim, porque espero que não sejam executados pelas Farc".