Seitas

À espera do fim do mundo

Membros de uma seita russa estão barricados numa caverna desde o início do mês
Membros de uma seita russa que acredita no fim do mundo permanecem desde o início do mês fechados numa caverna, a sudeste de Moscovo, e ameaçam cometer suicídio colectivo. Entre as três dezenas de pessoas, estão quatro crianças.
Lá dentro uma criança de 1 ano e meio está entre as 29 pessoas que montaram um autêntico acampamento no interior de uma caverna. Munidos de alimentos e mantimentos para vários meses, debatem-se com temperaturas abaixo dos 12 graus centígrados e com a convicção de que, em Maio do próximo ano, o mundo vai acabar.

Cá fora, a par dos médicos e das equipas de resgate, vários psicólogos negoceiam com os membros da "Verdadeira Igreja Ortodoxa Russa" como se intitulam. Alguns padres católicos tentaram sem sucesso ajudar nas conversações, mas mantém-se a recusa para libertar as quatro crianças.

Os barricados ameaçam fazer explodir 100 toneladas de explosivos que alegam possuir no interior da caverna, caso os forcem a sair.

O líder desta seita, Kuznetsov Pyotr, não acompanhou os seguidores. De acordo com a agência de notícias russa Kuznetsov, foi detido e está a ser alvo de exames psiquiátricos. Responde a um processo por formar uma organização com actividades associadas à violência. Este homem, que se declarou profeta há alguns anos, mantém contacto com os seguidores.

A seita proíbe as crianças de frequentar a escola, ver televisão ou ouvir rádio. As autoridades russas tentam arranjar uma alternativa segura para terminar com a situação.

SIC