quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Patos

Portugal importou patos de zona com foco de H5N1
JASON BYE / epa

Detecção do vírus implicou o abate imediato de 6500 animais


A confirmação da presença da estirpe mais letal da gripe aviária em dezenas de animais de uma exploração no Leste de Inglaterra lançou o pânico numa herdade portuguesa, que importou recentemente dois milhares de patos daquela região.

Segundo informação ontem divulgada pelo Ministério da Agricultura, os animais foram adquiridos por uma herdade de Coruche. Sem querer alarmar, fonte citada pela Lusa adiantou que foram já feitas análises a alguns patos, aguardando-se resultados para hoje ou amanhã. A mesma fonte tratou de esclarecer, contudo, que o surto de H5N1 detectado na Redgrave Park Farm, em Suffolk, afectou perus, e não patos. O alarme foi dado no domingo, depois de ali se terem encontrado cerca de 60 aves mortas, tendo sido preparado imediatamente o abate de 6500 animais, entre perus, patos e gansos, sem esperar pelos resultados das análises.

Recorde-se que a mesma região fora palco, em Fevereiro deste ano, de um surto da mesma estirpe da gripe aviária num aviário da empresa Bernard Matthews. Na altura, procedera-se ao abate de 160 mil aves, num caso que assustara a comunidade portuguesa, dado o facto de ali trabalharem vários cidadãos nacionais. Não será o caso desta vez, segundo informações fornecidas pela própria empresa e por um sindicato, apesar de a Redgrave Park Farm ficar situada na fronteira do Suffolk com o Norfolk, zona onde residem e trabalham milhares de portugueses.

As autoridades sanitárias britânicas admitem que o foco tenha sido causado por uma ave migratória. Segundo o chefe dos serviços veterinários do Ministério do Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais, dados iniciais "sugerem que está relacionado com surtos na República Checa e na Alemanha". Foram estabelecidos perímetros de protecção de três e dez quilómetros em torno do local e proibidos os movimentos de aves. Produtora de aves para o Natal, a quinta garante que não foi vendido qualquer animal para consumo.

Jornal de Notícias

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