sexta-feira, 30 de novembro de 2007
Empréstimo
2007-11-30 19:59
Empréstimo
Posição do PSD na CML não é consensual
Há quem defenda que o partido deve viabilizar o plano financeiro de António Costa.
O presidente e o secretário-geral do PSD já reuniram com todos os que têm assento na assembleia municipal de Lisboa para discutir a posição que o partido tomará quando na terça-feira for votado o pedido de empréstimo no total de 500 milhões de euros para pagar dívidas da autarquia.
Luís Filipe Menezes nega ter dado indicação para o voto ser contra mas Ribau Esteves não esconde que a posição do PSD deve mesmo ser essa no órgão onde tem a maioria.
Só que esta posição não é unânime no PSD/Lisboa, e António Preto não é o único a defender a viabilização do empréstimo. António Costa que já admitiu poder demitir-se na sequência deste caso diz não perceber porque é que o PSD acha o montante exagerado. Na terça-feira se verá o desenlace do «braço-de-ferro».
TVI
PSD na Assembleia Municipal Pode Inviabilizar Lisboa
GABINETE VEREADORES CIDADÃOS POR LISBOA
APELO AO BOM SENSO
Os vereadores da lista “Cidadãos por Lisboa” manifestam a sua grande preocupação perante a eventualidade de a Assembleia Municipal não aprovar o empréstimo de 500 milhões de euros, imprescindível para que a Câmara Municipal de Lisboa pague dividas do passado, herdadas de várias gestões.
Apelamos aos deputados municipais do PSD, que têm a maioria na Assembleia Municipal, no sentido de ponderarem o seu voto, viabilizando o empréstimo e colocando os interesses da cidade acima das questões partidárias. Não é altura de se andarem todos a culpar uns aos outros, num jogo político que esquece o principal: a Câmara deve ser uma entidade de bem, deve ter condições para pagar aos seus credores.
O empréstimo solicitado, já aprovado pelo executivo, está condicionado à autorização da Assembleia Municipal na totalidade e por tranches.
Não conseguimos compreender que o PSD tenha viabilizado, na Assembleia, o Plano de Saneamento Financeiro e agora ameace inviabilizar o empréstimo inerente ao mesmo Plano.
Nem compreendemos, tão pouco, que o PSD e o PS tenham chegado a um acordo secreto, a nível nacional, para mudar a legislação autárquica e não sejam capazes de se entender para garantir a estabilidade e eficiência da Câmara Municipal de Lisboa.
O movimento “Cidadãos por Lisboa” não tem eleitos na Assembleia Municipal. Por isso dirigimos este apelo a todos os seus membros esperando que na próxima terça-feira o bom senso e o sentido de responsabilidade prevaleçam.
Publicado: 30 / Novembro / 2007
Vidas Alternativas
Empréstimo: António Costa diz cumpriu condições impostas PSD
O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa (PS), afirmou hoje que cumpriu as condições impostas pelo PSD à contratação do empréstimo e que fez «todos os esforços» para se aproximar da posição dos sociais-democratas.
«A única condição que o PSD colocou foi ter garantias que a segunda tranche [do empréstimo] não se transformaria num saco azul. Fizemos tudo para garantir que não o era», afirmou aos jornalistas à margem da inauguração de uma exposição de arte pública de Robert Indiana, no Rossio.
Essas garantias passam pela obrigatoriedade de a Assembleia Municipal autorizar a movimentação de qualquer parcela do montante da segunda tranche, incluída na proposta de contratação de empréstimo.
«É necessário bom-senso de ambas as partes e por isso temos feito todos os esforços para nos aproximarmos da posição do PSD», afirmou.
«A faca e o queijo estão na mão do PSD. Daquele dinheiro não poderá ser feito nada que não seja pagar dívidas da gestão anterior», frisou.
António Costa referiu ter estado «sempre disponível» e tido «encontros com o PSD a todos os níveis».
Confrontado com a acusação do PSD de que o valor do empréstimo é «excessivo», António Costa argumentou não ter «inventado um número à toa».
«É o número que resulta do relatório e contas a 31 de Julho aprovado pela Assembleia Municipal», afirmou.
António Costa acusou ainda o PSD de ter votado contra a contratação do empréstimo da autarquia de 500 milhões de euros à Caixa Geral de Depósitos, em reunião do executivo, na quarta-feira, «sem apresentar qualquer proposta alternativa».
«O que a Câmara pede à Assembleia é o mínimo que se pode pedir: condições para pagar as dívidas que herdámos», declarou.
António Costa não excluiu quarta-feira a hipótese de se demitir do cargo se o PSD inviabilizar na Assembleia Municipal a contratação de um empréstimo de 500 milhões de euros para pagar a fornecedores.
A proposta poderá ser inviabilizada na próxima terça-feira na Assembleia Municipal, órgão em que o PSD está em maioria absoluta.
A contratação do empréstimo à Caixa Geral de Depósitos e duas tranches, a primeira de 360 milhões de euros para pagamento imediato de dívidas a fornecedores, a segunda de 140 milhões para dívidas que estão em contencioso judicial, teve os votos contra do PSD, a abstenção dos eleitos da lista Lisboa com Carmona e os votos favoráveis do PS, PCP, Cidadãos por Lisboa e Bloco de Esquerda.
Diário Digital / Lusa
30-11-2007 19:06:00
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quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Escultura
RIRKRIT TIRAVANIJA
Teahouse / Casa del Thè, 2005
foto Sillani
PATRICK TUTTOFUOCO
Twister, 2005
foto Sillani
PIOTR UKLANSKI
Untitled (Thing), 2007
foto a.l.t.
CARSTEN HOLLER
RB Ride, 2007
foto a.l.t.
http://www.villamanincontemporanea.it/eventi_e.html
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madredeus
OS DIAS DO GRUPO MADREDEUS A CAMINHO DO FIM
DAVIDE PINHEIRO e ISABEL LUCAS
Os "dias da Madredeus" podem ter chegado ao fim. Pedro Ayres Magalhães, mentor e fundador, disse em entrevista ao DN que "é uma hipótese não voltar à estrada um grupo chamado Madredeus", a propósito de uma entrevista de Teresa Salgueiro à SIC em que a cantora anunciou a sua saída. O músico não recebeu a notícia com surpresa e adiantou que está a pensar no que fazer a seguir juntamente com Carlos Maria Trindade, o teclista.
Mas voltemos ao princípio. Tudo começou quando Teresa Salgueiro deu conta da sua falta de disponibilidade para se dedicar "em exclusivo" à banda que lhe deu projecção mundial. A cantora, agora com uma carreira a solo, disse ter necessidade de acarinhar "todos os [três] projectos novos que surgiram".
Todavia, num comunicado, a agora ex-vocalista disse que "tal facto não prejudicará uma eventual colaboração (...) se isso for tido como conveniente. Pedro Ayres Magalhães revelou ainda que tanto José Peixoto como Fernando Júdice já o tinham informado sobre o seu abandono dos Madredeus em Julho último. "Quando, por circunstâncias variadas, os músicos não podem dedicar-se tanto a este projecto, recebo isso muito bem. Temos um percurso extraordinário", defendeu o compositor principal ao DN. Para Pedro Ayres Magalhães, a vocalista "era a actriz da música do grupo".
Um pouco por todo o mundo, costumavam perguntar-lhe "o que seriam os Madredeus sem ela. Mesmo assim, o guitarrista "consegue imaginar outra voz" naquele lugar. Rodrigo Leão, antigo elemento da banda, hoje com uma distinta carreira em nome próprio, revelou ao DN que recentemente Pedro Ayres Magalhães lhe tinha confidenciado que "procurava outra voz".
Pode, no entanto, dizer-se que a notícia do fim dos Madredeus não é propriamente nova. No ano passado, a agência espanhola do grupo, a Syntorama, deu como certo o ponto final no percurso da banda, o que levou Pedro Ayres Magalhães a reagir imediatamente, desmentindo o que se tinha dito. Todavia, o cérebro do grupo anunciou um ano sabático marcado por " uma redução de datas para evitar problemas financeiros". O músico disse então que "não é possível financeiramente manter uma iniciativa independente e fazer tantos concertos".
Só que, em 2007, os Madredeus não deram um único concerto, o que levou a que uma série de projectos paralelos se desenvolvessem. "Fizemos uma pausa e uma reorganização para reflectir sobre o empenhamento do grupo", explicou. A Bunkamura Orchard Hall, em Tóquio, foi, aliás, a última sala a receber o colectivo português mais internacional de sempre. É preciso não esquecer que os álbuns mais recentes da banda - Um Amor Infinito e Faluas do Tejo - estiveram longe de obter bons resultados comerciais, se comparados com êxitos globais como Ainda ou Espírito da Paz. Pedro Ayres Magalhães lembra que "há um ano não colocava a hipótese de terminar", embora o futuro do grupo nunca tenha "estado certo", porque "primeiro era preciso saber se os músicos estavam satisfeitos, depois o público e finalmente a disponibilidade para viajar".
Olhando para o passado, fica com "uma sensação de tranquilidade por um trabalho bem feito", até porque "ninguém se zangou". Mas Rodrigo Leão, antigo músico e ainda hoje admirador da carreira da banda, não acredita que "a separação seja definitiva".|
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"O Soldadinho não volta..."
Memorial on-line para o soldado
2007/11/27 17:52 Hugo Beleza
Militar que morreu no Afeganistão escreveu sobre a sua experiência numa página pessoal da rede social Hi5. Depois do falecimento, os amigos passaram a homenageá-lo com poemas e mensagens sentidas: «Com a tua partida o mundo ficou um lugar mais triste» ou «O que é belo não morre, transforma-se em outra beleza...» Milhares de pessoas assistiram ao funeral de Sérgio Pedrosa
Multimédia:
«A maior experiência da minha vida está prestes a começar». A frase entre aspas é do soldado Sérgio Pedrosa e foi assinada no dia 23 de Agosto na sua página de Hi5, na Internet, antes de partir para o Afeganistão, país onde perderia a vida, três meses depois, num acidente de viação, durante uma patrulha militar.
Madrugada de sábado passado nos arredores de Cabul, noite de sexta-feira em Crestuma. Segundo o Google Earth são 6.645 quilómetros de distância em linha recta, entre o local sobre o qual disse ser «o fim do mundo» e aquele para onde queria voltar «no Natal». O jovem paraquedista estava na vigia de um Hummer blindado. Uma berma. Um capotamento. A fragilidade humana. Sérgio morreu com 22 anos.
Longe de casa, a tecnologia manteve-o à distância virtual de um endereço. Na página que tinha registado no sítio de relacionamento HI5 tem associados «585 amigos». Muitos deles serviram-se do espaço como memorial.
«Com a tua partida o mundo ficou um lugar mais triste». Lê-se no último comentário que deu entrada no perfil de Sérgio, até à conclusão desta peça. Abaixo, as mensagens sucedem-se no mesmo tom: «O que é belo não morre, transforma-se em outra beleza...», «as palavras fogem num momento como este», «até sempre».
Menina dos Olhos Tristes
Menina dos olhos tristes
O que tanto a faz chorar?
- O soldadinho não volta
Do outro lado do mar.
Senhora de olhos cansados,
Por que a fatiga o tear?
- O soldadinho não volta
Do outro lado do mar.
Vamos senhor pensativo,
Olhe o cachimbo a apagar.
- O soldadinho não volta
Do outro lado do mar.
Anda bem triste um amigo,
Uma carta o fez chorar.
- O soldadinho não volta
Do outro lado do mar.
A Lua, que é viajante,
É que nos pode informar.
- O soldadinho já volta
Do outro lado do mar.
O soldadinho já volta
Está mesmo a chegar.
Vem numa caixa de pinho.
Desta vez o soldadinho
Nunca mais se faz ao mar.
Reinaldo Ferreira
MENINA DOS OLHOS TRISTES
(versão fonográfica de José Afonso)
Música: José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos, dito José Afonso (1929-1987)
Letra: Reinaldo Edgar de Azevedo e Silva Ferreira, dito Reinaldo Fereira ((1922-1959)
Incipit: Menina dos Olhos Tristes
Origem: Algarve (Faro)
Data: ca. 1962-1963
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Demissão?
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa não exclui a possibilidade de se demitir do cargo que assumiu há quatro meses. António Costa responsabiliza o PDS por ter votado contra uma proposta de um empréstimo bancário, o que "indicia o pior" sobre a votação do mesmo partido na Assembleia Municipal de Lisboa (AML), onde o mesmo PSD tem maioria absoluta.
António Costa considera o empréstimo "essencial para o funcionamento da câmara", pelo que o possível chumbo da proposta ontem aprovada é "um facto da maior gravidade e que ameaça a sustentabilidade do município e a governabilidade da cidade". "Sem este empréstimo a câmara não pode funcionar, é uma irresponsabilidade não o aprovar e é uma irresponsabilidade arrastar mais de sete mil credores para esta situação", pelo que, sublinhou, "neste momento, não posso excluir qualquer cenário". "É fundamental que quem criou 500 milhões de euros de dívidas a mais de sete mil credores nos deixe criar condições para podermos pagar as dívidas que deixaram", continuou António Costa, criticando o PSD.
A proposta de um pedido de crédito, junto da Caixa Geral de Depósitos, prevê um empréstimo de 500 milhões de euros divididos em duas tranches: uma de 360 milhões de euros, para as dívidas a curto prazo, e outra de 140 milhões de euros, que só poderá ser utilizada para eventuais dívidas de casos que ainda estão em contencioso judicial. "Esta segunda tranche só poderá ser usada para dívidas anteriores a31 de Julho de 2007, anteriores à minha tomada de posse, e o seu uso tem que ser aprovado em câmara e na AML. O PSD tem a faca e o queijo na mão e não vejo mais como atar as mãos", disse.
Por seu lado, o vereador social-democrata José Salter Cid considerou que esta não é uma situação de crise, porque "a proposta foi aprovada". Sobre o previsível chumbo na AML, não se quis pronunciar: "Sou vereador. Os deputados municipais é que sabem como vão votar e há muitos [os presidentes de Junta] que são deputados municipais por inerência". Salter Cid não quis explicar porque o PSD não apresentou uma alternativa ao empréstimo, que consta do plano de saneamento financeiro já aprovado em câmara e na mesma AML, votação em que o PSD se absteve.
Na discussão da proposta, os três vereadores limitaram-se a defender que o valor global do empréstimo é "muito elevado". Costa considera que "o PSD quer fingir que a situação não é tão grave como é, porque tem vergonha da situação em que deixou a câmara". |
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quarta-feira, 28 de novembro de 2007
terça-feira, 27 de novembro de 2007
Crime
Contrariando a tendência da União Europeia, Portugal regista uma diminuição significativa do número de crimes de tráfico de droga, entre 1995 e 2005, segundo os dados do Eurostat relativos à criminalidade nos Estados membros. Se em 1995 se registaram 4512 ocorrências, em 2005 foram 3535 (-22%).
Em França, por exemplo, o panorama é diferente. Em 1995 registaram-se 5661 crimes, passando para 6108 em 2005, correspondendo, em média, a um crescimento na ordem dos 10 por cento. Na Hungria, o tráfico de droga, naquela década, aumentou 30 por cento, ao passo que na Bulgária o crescimento foi de 37%. Na Holanda registou-se um aumento de 11% e de 16% na Roménia.
Portugal tem-se afirmado como um dos países mais eficazes no combate à droga. Durante aquela década, recorde-se, a Direcção Central da Investigação do Tráfico de Estupefacientes (DCITE), da Polícia Judiciária (PJ), esteve comandada por José Braz. Este operacional, entretanto, pediu demissão do cargo depois de o Director Nacional ter solicitado ao ministro da Justiça uma sindicância àquele serviço, no seguimento da prisão preventiva de uma inspectora suspeita de ter desviado dali dinheiro. O ministro nunca revelou o resultado da sindicância, embora o DN já tenha divulgado que apenas foram propostas rectificações administrativas, sem nada de grave se apontar. Entretanto, comparando-se os resultados de Janeiro a Setembro de 2006 com o período homólogo deste ano, verifica-se que a percentagem de buscas na DCITE diminuiu 14,3% e o de vigilâncias 16,4%.
Assaltos a bancos decresceram 44%
Os assaltos a instituições bancárias desceram este ano significativamente na área da PSP. Segundo apurou o DN, a redução é da ordem dos 44%, já que até ao início de Novembro tinham sido registados apenas 34 casos, contra 61 do ano passado, no mesmo período. Na área da GNR, e segundo fonte da instituição, também não há mais casos este ano do que em 2006.
Dados oficiais da PSP confirmam que Lisboa e Porto são as zonas onde mais se registam este tipo de crime. Dos 34 casos registados até ao início de Novembro, 15 ocorreram em Lisboa e dez no Porto.
A manter-se esta tendência, os assaltos a bancos deverão registar uma descida significativa. No entanto, tal apenas poderá querer significar que os roubos estão a ser desviados para outras áreas mais lucrativas, como caixas multibanco, carrinhas de transportes de valor e ourivesarias, explicou ao DN fonte policial.
Sublinhou que, este ano, já foram desmanteladas algumas redes pela PJ, nomeadamente o "gangue da Peruca", o que também contribuiu para esta redução.
Há um ano, dados fornecidos pela PSP indicavam que os assaltos a bancos tinham aumentado 39% relativamente a 2005. Em Setúbal dispararam, tendo sido registados 23 assaltos ao longo de 2006.
Crescem o roubo e crime violento
LICÍNIO LIMA
Os dados são do Eurostat, entidade responsável pelas estatísticas da UE, que regista, para o nosso país, um crescimento na ordem dos cinco por cento para o crime violento, que engloba violência contra as pessoas, roubo com violência e crimes sexuais. À frente, no crescimento, surge a França (7%) seguida da Holanda (6%).
Relativamente aos roubos, a percentagem em Portugal cresceu também 5%, a par da Suécia, sendo o aumento deste tipo de criminalidade liderado pela Polónia e Eslováquia (8%), seguindo a França com 6%.
Em termos da criminalidade global, os Estados membros registam naquele período um crescimento na ordem dos 0,6 por cento. Portugal destaca-se com três por cento, significando uma das mais altas taxas de evolução negativa. Pior só a Polónia, com 5%, e a Eslovénia, com 10%.
Roubo (4,9%), tráfico de droga (4,2%) e crime violento (4,1) são os tipos de criminalidade que registaram maior aumento naquela década, segundo os últimos dados do Eurostat relativos ao crime e à justiça criminal na UE. Os olhares europeus, contudo, estão especialmente voltados para os países candidatos à União. Por exemplo, a Croácia, na década em avaliação, teve um aumento da criminalidade violenta na ordem dos 16%. Mas na Macedónia foi pior, tendo aumentado cerca de 20%. Os sete por cento da França são sobretudo um sinal para o coração da UE, sabendo-se que aquele país continua a ser uma espécie de "laboratório" do Velho Continente.
Mas nem tudo são más notícias. O roubo de veículos com motor diminuiu cerca de 5% na generalidade dos países da UE, registando-se a mesma tendência relativamente aos homicídios (-3,2%) e a assaltos a residências (-3%). Apenas a Irlanda destoa, nesta década, com os assaltos a casas a aumentarem cerca de 5%. Na Bélgica e na Roménia, em contrapartida, diminuíram 8 e 13%.
A diminuição dos roubos de veículos é também uma realidade em praticamente todos os Estados membros. A Bélgica, com -14%, a Bulgária, com -19%, e a Alemanha, com -9%, são os países que mais se destacam. Neste último país também se regista uma diminuição dos homicídios (-4%), acontecendo o mesmo na Hungria (-5%).
Os números portugueses
O relatório da Segurança Interna relativo a 2006 dá conta do aumento da criminalidade grave, mas com números que relativizam os do Eurostat.
As participações no âmbito da criminalidade denominada de violenta e grave sofreram um acréscimo de 2% em relação ao ano anterior. Mas, adianta o relatório, o peso que este tipo de criminalidade tem no total nacional continua a ser baixo, cifrando-se em apenas 5,5%. De entre os crimes que integram esta tipologia, destacam-se, pelo seu peso relativo, o crime de furto/roubo por esticão e o crime de roubo na via pública, os quais representam 80% do total de registos da criminalidade violenta e grave.
Apesar de em 2006 se registar, na globalidade, um acréscimo no número de participações criminais relativamente a 2005, se comparado com os anos de 2004 e 2003 verifica-se, ao invés, um decréscimo de, respectivamente, 3,6% e 4,5%, destaca ainda o relatório da Segurança Interna.
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segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Mário Cesariny
II
E era uma vez este homem
que era um chevrolet
casado com uma mulher de vidro
que era uma colher de prata
Tempos depois sobreveio uma zanga
que era uma criança nua
entre umas tábuas de passar a ferro
e dois elevadores lindíssimos
Metrónomo (disseram eles)
Verdadeira saudade pernilonga
o pára-raios pôs-se a esfardar romanticamente o toldo
de uma máquina de escrever disposta para o amor às quatro no
interior de um quarto
que era uma planície redonda semeada de vírgulas violeta
com um pequeno garfo nas costas
que era o amanhecer que é uma árvore
na boca de uma mosca de veludo rosa
Metrónomo metrónomo (disseram eles ainda)
é uma árvore é uma pedra que vai começar o terceiro canto?
É a aflição dos outros, meu amor.
Lembro-me de tudo como se fosse hoje
as crianças brincavam nos jardins
com um pequeno garfo nas costas
sem dúvida o mesmo de há bocado
e até era domingo vê lá tu
de repente apareceste muito devagar a meu lado
arrastando sem esforço dois aparadores baratíssimos
ai! minha tristeza não era uma barca
breve houve lapidações em série
com um ligeiro clic de chaufagem aberta
todos os meus irmãos começaram a andar velozmente para trás
pobres dos meus irmãos que será feito deles e de nós que fizemos?
Impossível saber-se até onde irá connosco a nossa confiança
Ficaste, mão que aperto todas as manhãs para atravessar incólumes
os espaços vazios
Ficaste, peito sangrento do mundo largada para o sol entre os bichos
e eu
meu único amor meu amor meu múltiplo amor meu
tu que és uma mesa redonda enamorada dos seus próprios círculos
um alcaide sem discos um maço de cigarros
que se descobriu flor
que se descobriu água
que se abriu de repente
que gritou de repente
que implantou na minha vida de repente a carola perfeita
da desorganização
Não me encontrarás como um anel na curvatura I - Z do teu dedo
mindinho
nem na treva que exalta os teus cabelos
nem no espantoso hall da tua testa fechada iluminadíssima
encontrar-me-ás numa nuvem de escamas milimétricas em torno da
tua boca
com toda a força principal na boca
ou nesta casa que é um homem morto
rodeado de rostos sempre translúcidos
- Onde está o homem que era um chevrolet
casado com uma vírgula de amianto?
Certo e sabido que anda sobre as águas que o matei sem querer
estas estrelas brilham com tal nitidez
que acabam sempre por tornar-se suspeitas
Não importa transfigurá-lo-ei em poderoso egípcio
Abracadabra! Vram! Abracadabra!
Os teus olhos estão belos como a lua dos rios exteriores
Mário Cesariny
Pena Capital II
pena capital
2ª edição
Assírio & Alvim
1999
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Ciência
Ciência: Investigadora portuguesa descobre que os genes que diferenciam as células estaminais estão activos desde o início
26 de Novembro de 2007, 18:24
Lisboa, 26 Nov (Lusa) - Os genes que orientam as células estaminais na descoberta da sua vocação para se transformarem em determinado órgão estão activos desde o início e não completamente desligados, como se pensava, revela um estudo da investigadora portuguesa Ana Pombo.
As células estaminais são células embrionárias muito pouco diferenciadas, que têm o potencial de se diferenciarem para dar origem a quaisquer outras células dos mais de 200 tipos que temos no nosso organismo.
"Qualquer órgão começa sempre com uma célula estaminal, que pode dar origem a uma célula do fígado ou uma célula nervosa ou do músculo, por exemplo, mas o que distingue os diferentes resultados, as diferentes células, é que elas vão ter uma 'cromatina' diferente, vão expressar os genes de maneira diferente", explicou à Agência Lusa Ana Pombo, investigadora no Imperial College London, que liderou o estudo "Ring1-mediated ubiquitination of H2A restrains poised RNA polymerase II at bivalent genes in ES cells", publicado esta semana na Nature Cell Biology.
"Cada um dos diferentes tipos de células usa o genoma de forma diferente e expressa certos tipos de genes de uma maneira muito controlada, de forma que se olharmos para uma célula do fígado, ela vai estar a fazer todos os processos que têm a ver com metabolizar, mas se olharmos para uma célula do cérebro ela vai ter outros tipos de proteínas", acrescentou.
O estudo de Ana Pombo debruçou-se sobre estes genes encarregues de iniciar a diferenciação, chamados "developmental regulator genes", e que fazem com que as células tomem estas decisões 'vocacionais' logo ao princípio.
"O que nós vimos é que estes genes estão num estado muito peculiar nas células estaminais, o que tem provavelmente a ver com o facto de eles terem de ser usados desta maneira tão importante", afirmou.
Por um lado, estes genes têm de estar silenciosos, porque assim que uma célula estaminal começa a expressar este gene de diferenciação começa a diferenciar-se e deixa de ser estaminal.
"Mas, por outro lado, têm que poder activar-se muito facilmente", salienta Ana Pombo.
"É como deixar a televisão em stand-by", exemplifica.
"É só carregar no botão e ele avança", explica, salientando que, antes deste trabalho, a comunidade científica pensava que estes genes estavam, inicialmente, completamente inactivos, "como se a televisão estivesse desligada na ficha ou mesmo dentro da caixa".
"O que nós vimos é que eles estão muito prontos para serem expressados, é só mesmo ligar, mas é claro que o processo é complexo e não se trata só de um botão, mas de um comando com muitos botões", refere.
Quando determinado 'desenvolvimental regulated genes' começa a ser expresso numa determinada célula estaminal, "ela pensa, por exemplo, que tem de se transformar em músculo ou, se ele está desligado, a célula começa a pensar que vai dar origem a uma célula nervosa".
"Se fizermos um diagrama começamos com as células estaminais e depois fazemos setinhas que vão dar a outras células que se chamam 'progenitor', que já enveredaram por um caminho, mas ainda não se decidiram. Estas vão depois dar a outras células já mais diferenciadas e depois do crescimento do embrião vamos então ter células que já estão completamente diferenciadas", sintetizou.
"A partir do momento em que isto acontece já não se pode voltar atrás, pelo menos naturalmente", salienta a investigadora.
Daí a importância de estudar estes genes, visto que controlam as primeiras etapas da diferenciação.
A equipa pretende agora descodificar este processo de diferenciação.
"Nós não sabemos exactamente como é que isto se estabelece. O que descobrimos é que a enzima que transcreve a informação destes genes está numa configuração muito estranha, como se, voltando à analogia anterior, o tal comando tivesse botões com uma forma que não conhecemos", afirmou.
"O que vamos tentar compreender é como é que estes genes adquirem esta configuração, como é que se activam, como é que funcionam e isto vai-nos ajudar a entender como é que podemos controlar os processos de diferenciação para fazer terapias celulares ou partir de células adultas para criar células estaminais, à semelhança dos actuais métodos das técnicas de clonagem, que têm obtido resultados pouco eficientes", salienta.
"Não sabemos se vamos chegar a melhorar esta eficiência, mas o nosso trabalho actualmente é nesta área: procurar entender melhor no futuro como é que a cromatina e a regulação destes genes funciona", conclui.
RCS.
Lusa
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Mário Cesariny
Amigos evocam Mário Cesariny no primeiro ano da sua morte
Panteão e livro alfredo cunha
Ana Vitória
Amigos evocam Mário Cesariny
no primeiro ano da sua morte
Oescritor Luiz Pacheco e o pintor Cruzeiro Seixas, ambos na casa dos 80 anos, nunca se haviam envolvido num projecto comum. Mas foi a sua profunda e sincera admiração por Mário Cesariny de Vasconcelos que os levou a aceitar homenagear o "poeta do corpo". Fazem-no através de uma edição especial do livro "Comunidade", de Luiz Pacheco, a que Cruzeiro Seixas juntou 18 pinturas suas. A obra, impressa exclusivamente em serigrafia, é lançada hoje, por ocasião do primeiro aniversário da morte de Mário Cesariny, a quem o livro foi originalmente dedicado, em 1972.
A iniciativa partiu da Perve Galeria, a que Cesariny, poeta e pintor, esteve ligado e onde, em Novembro do ano passado, pouco antes da sua morte, realizou a última exposição, que reuniu, 56 anos depois, os seus companheiros, também pioneiros do movimento surrealista, Cruzeiro Seixas e Fernando José Francisco.
A obra "Comunidade", agora dedicada por Luíz Pacheco e Cruzeiro Seixas ao inventor do "Jornal do gato", inclui 18 quadros, impressos em serigrafia e assinados pelos autores, que foram realizados por Cruzeiro Seixas entre os anos 50 e a actualidade.
Colaboração inédita
Cabral Nunes, director da Perve Galeria e director artístico da edição, explicou, ao JN, que alguns dos quadros têm no livro a sua primeira divulgação pública.
Por outro lado, lembra o mesmo responsável, "este livro é a primeira (e única, até agora) colaboração entre Luiz Pacheco (escritor e editor) e Artur do Cruzeiro Seixas (co-fundador, com Cesariny, do anti-grupo "Os Surrealistas", no qual participaram, entre outros, António Maria Lisboa, Pedro Oom, Mário Henrique-Leiria e Fernando José Francisco)".
"Com esta publicação, os dois co-autores prestam homenagem àquele que é, sem dúvida, um dos expoentes máximos da arte e da cultura em Portugal, Mário Cesariny de Vasconcelos", acrescenta Cabral Nunes.
O lançamento da obra, com a presença de Luiz Pacheco e Cruzeiro Seixas, está agendado para as 18 horas de hoje, nas instalações onde em tempos funcionou, no Rossio, o Café-Gelo, um lugar referencial de tertúlias de intelectuais e artistas, entre os quais "Os surrealistas", na primeira metade do século XX.
Do grupo "Os surrealistas", em cuja criação estiveram envolvidos Cruzeiro Seixas e Mário Cesariny, fizeram parte, entre outros, António Maria Lisboa, Pedro Oom e Mário Leiria.
Ainda hoje, mas às 21 horas, na Livraria Almedina, Fórum Saldanha, em Lisboa, serão exibidos videodocumentários, alguns dos quais inéditos, sobre Pacheco, Seixas e Cesariny.
No espaço da livraria, ficarão em exposição até 16 de Dezembro algumas serigrafias do livro.
No âmbito da homenagem, a Perve Galeria lança igualmente quatro edições em serigrafia, de 100 exemplares cada, de quatro pinturas do livro e a edição de "Timothy McVeigh - O condenado à morte", último livro de Cesariny, publicado em 2006 e impresso em serigrafia.
Mário Cesariny
Pintor e poeta, natural de Lisboa, onde nasceu, em 1923, a sua formação artística inclui o curso da Escola de Artes Decorativas António Arroio e estudos na área de música, com Fernando Lopes Graça. Viria a frequentar a Academia de La Grande Chaumière, em Paris, cidade onde conheceu André Breton, em 1947. Atraído pelas propostas do movimento surrealista francês, viria a integrar, ainda naquele ano, o Grupo Surrealista de Lisboa.
Luiz Pacheco
Escritor, crítico literário, polemista maldito, fundador da editora Contraponto, nasceu em Lisboa, em 1925. Próximo da tendência surrealista, frequentou o curso de Filologia Românica na Faculdade de Letras de Lisboa, que não concluiu, sendo admitido, em 1946, como agente fiscal da Inspecção de Espectáculos, vindo a tornar-se terceiro oficial. Começa a publicar em 1945 diversos artigos em jornais e revistas. Dedicou- -se à crítica literária e cultural, ganhando fama de crítico irreverente.
Cruzeiro Seixas
Nasceu na Amadora, em 1920. Pintor autodidacta, integra, no final dos anos 40, o Movimento Surrealista Português, sendo considerado um dos seus máximos expoentes. Com uma figuração ímpar de criatividade, os seus desenhos, de exímia execução técnica, revelam um eterno universo envolto em mistério e em poesia. É através das suas personagens e textos que vai publicando que Cruzeiro Seixas se assume como criador determinante.
Para assinalar a passagem do primeiro ano sobre a morte de Mário Cesariny, o livro "Comunidade" terá, hoje, um preço especial de lançamento, no valor de 650 euros (o preço de venda normal será de 900 euros). Para quem não possa deslocar-se a esta iniciativa, que decorre em Lisboa, é possível encomendar o livro previamente através do endereço electrónico galeria@perve.org.pt". Foram ainda realizadas quatro edições em serigrafia, de 100 exemplares cada, assinadas por Cruzeiro Seixas, de quatro pinturas do livro, com preço especial de lançamento de 200 euros (o preço normal é de 300).
Por outro lado, Cesariny vai ser homenageado com uma grande exposição sobre a sua vida e obra, que irá decorrer, em 2008, no Panteão Nacional, em Lisboa. O anúncio foi feito, ao JN, por Cabral Nunes, um dos especialistas que está a trabalhar na homenagem.
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domingo, 25 de novembro de 2007
Fim do Mundo
Já há data para o fim do Mundo
2007/11/23 12:31
Ainda falta algum tempo para acontecer... 500 milhões de anos
A Terra num relógio
O Mundo não vai acabar tão cedo, apenas daqui a 500 milhões de anos. A Terra vai deixar de ser um planeta azul para se tornar castanho avermelhado, como Marte, e os homens vão colonizar outros planetas ou ser substituídos por andróides. O cenário não é ficção científica, mas uma realidade explorada pelo especialista em alterações climáticas Filipe Duarte Santos no livro «Que Futuro? Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento e Ambiente» que vai ser lançado segunda-feira em Lisboa.
«Há uma incerteza muito grande para os próximos 50 ou 100 anos, porque esse futuro depende muito da nossa acção individual e colectiva. Mas num horizonte de milhões de anos, são certas as transformações que o planeta vai sofrer» com a nova era glaciar, explicou à agência Lusa o especialista.
Nos próximos 500 milhões a 800 milhões de anos, o aumento da luminosidade do sol e da temperatura na atmosfera, que já se regista actualmente de uma forma lenta, é o principal responsável pelas grandes transformações.
Filipe Duarte Santos, baseando-se nos últimos estudos científicos sobre o tema, dá como certo o desaparecimento dos oceanos, cujos fundos ficarão cobertos por espessas camadas de sal e gesso.
Portugal Diário
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Annie Leibovitz
Annie Leibovitz: Eye of the beholder
High captures a snapshot of A Photographer's Life
BY FELICIA FEASTER
Published 05.23.07
It comes as something of a shock in photographer Annie Leibovitz's solo exhibition at the High to see an artist synonymous with enshrining celebrity in the most adulatory terms also treating the idea of ordinary people and mortality in the same breath.
In the realm of celebrity portraiture, Annie Leibovitz: A Photographer's Life, 1990-2005 doesn't offer too many revelations that viewers might have missed in the pages of Vanity Fair and Rolling Stone, beyond a preference for photographing older male stars shirtless. Leibovitz seems as apt to romanticize and eroticize her male subjects as her female ones, and that gender equality at least gives her celebrity portraits the tang of originality.
But for the most part, movie stars and musicians play their conventionalized role of gods and goddesses: assuming grandiose poses such as Cindy Crawford draped in a snake as Eve or former It couple Johnny Depp and a naked Kate Moss simultaneously occupying the celeb holy trinity of Youth, Beauty and Sex Appeal.
Even Leibovitz herself clearly needs the occasional break from celebrity, provided in her deeply haunting photos taken in Sarajevo in 1993 and in Rwanda. The latter feature bloody hand and footprints of Tutsi children slaughtered in that region's genocide, offering evidence of unspeakable brutality outside the golden light of fame and fortune.
Images such as this, as well as a series of work devoted to the prolonged deaths of her lover, Susan Sontag (called her "longtime friend" in the exhibit's euphemistic text) and her father, tend to make Leibovitz's celebrity work stick in the craw. These black-and-white, smaller-scale personal photos give the exhibition its heart and soul. Whether a curatorial decision meant to show the extremes of Leibovitz's photographic work, or some implicit commentary, the collision on one wall of a black-and-white image of Leibovitz's once-robust Air Force veteran father dying becomes all the more troubling when seen beside a seductively reclining Scarlett Johansson. That image of Johansson is suddenly crudely, depressingly symbolic of the superficial values of youth and sexuality the culture values at the exclusion of more important ones.
Annie Leibovitz: A Photographer's Life, 1990-2005. Through Sept. 9. $10-$15 general admission, free for members and children under age 6. Tues.-Wed., 10 a.m.-5 p.m.; Thurs., 10 a.m.-8 p.m.; Fri.-Sat., 10 a.m.-5 p.m.; Sun., noon-5 p.m. High Museum of Art, 1280 Peachtree St. 404-733-HIGH.
http://atlanta.creativeloafing.com/gyrobase/Content?oid=oid%3A247550
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Plastic Makes Perfect
Published 10.03.07
Almost all of the participating photographers use plastic cameras or lenses to make their work. The cameras – many of them initially intended as toys – vary from that photographer's creaky fetish item, the Holga, to an underwater camera and a vintage Brownie.
The 12 photographers offer both hot and cold work. Much of it feels tossed off. But the show itself is instructive. Despite those instances of weak or unengaging work, the show is an apt one for the month when Atlanta Celebrates Photography.
With so much of photography either a rich person's art – full of gargantuan prints expensive to make and more expensive to frame – or still clinging to the pristine rigor of classical black-and-white, it's a relief to see a bit of sloppiness and play.
Plastic Makes Perfect shows the virtue in happy accidents.
The imperfectionist's beloved, the cheapo Chinese toy camera, the Holga, has a special reputation for glorying in flaws. That tendency to embrace the goof is evident in an abundance of photos that revel in light flares, vignetting and fuzziness. But the blurry images work their own magic; an ability to evoke the character of hazy summer days or fond memories. Of all the photographers present, it is Otto Kitchens whose work best illustrates the Holga's ability to confer a melancholy dreaminess, as in an image of yellow flowers lazily swooning on a bright blue day. Gordon Gyor achieves a similar effect in his ode to a summer day's quiet passage, where a molten sun sinks behind a sandy beach at day's end.
In addition to the formal embrace of the toy camera's technical snafus, Plastic Makes Perfect also offers pleasingly scintillating work.
Chris Carder's "Rural State," for example, is a Gummon-esque tale in three acts. Using the Russian-made LOMO Lubitel, Carder's grainy images sum up the not so nostalgic, less than wholesome character of country livin'. In a nutshell: nuclear reactors, all-terrain vehicles, dead sunflowers. Got it.
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Hollis Hildebrand-Mills
Hollis Hildebrand-Mills
Hildebrand-Mills: The end
Artist gets ready for the apocalypse, at Callenwolde
BY FELICIA FEASTER
Published 08.01.07
Callanwolde Fine Arts Center Gallery
VORTEX ABLAZE: Hollis Hildebrand-Mills' "Blue Lava"
A woman of few words, artist Hollis Hildebrand-Mills admits that "I think the world's a scary place right now." That fear factor is front and center in her paintings of rivers of lava, explosions, fires and spewing volcanoes that are Hildebrand-Mills' way of dramatizing a general zeitgeisty cultural panic.
In "Cherry Bomb," a volcano ejaculates lava onto an innocent pink village, and in "E.P.I.C.," a ghostly plane hovers above a metropolis consumed by flames and smoke. Though the artist says she's more interested in a general idea of disaster than a specific hullabaloo, she also says people tend to assume the plane, the skyscrapers and the flames reference 9/11.
Americans like to own disaster when they can.
Hildebrand-Mills is in love with an assaultive, stand-back color palette that underscores the violent doings in her canvases. Colliding colors – sea-breeze blues and caution-sign yellows – and mushrooming plumes of smoke, fire and human body parts make her canvases – which hover between abstraction and representation – into miasmas of conflicting forces.
One of the most arresting works for the way that wild-eyed color scheme and the aura of disaster cohere into a deeply satisfying whole is "Blue Lava," a vortex of blue and flame yellow. In the foreground the kind of curvy babe borrowed from pulp mags looks tortured by the bummer of the world's end. Evoking anime, camouflage and the distinct, articulated shapes of paint-by-numbers, the work exerts a dramatic punch.
Not every artist profits from going venti, but Hildebrand-Mills work tends to give the eye room to roam and keeps things more interesting the bigger she goes. Smaller canvases feel muddy, vague and less theatrical, like the difference between watching Armageddon in a theater or on a laptop. Despite a wonderful mix of contemporary-feeling color and a retro-primitive style, Hildebrand-Mills' work is exploratory and still developing. You long for the artist to tighten things up, to tweak the ideas and the technique, and make things coalesce as well as they do in "Blue Lava."
Recent Paintings: Hollis Hildebrand-Mills. Through Sept. 7. Mon.-Fri., 10 a.m.-8 p.m.; Sat., 10 a.m.-3 p.m. Callanwolde Fine Arts Center Gallery, 980 Briarcliff Road. 404-872-5338. www.callanwolde.org.
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Saramago
"Dou graças à vida"
Mesmo doente, discursou durante 15 minutos
José Saramago pode estar muito debilitado fisicamente mas não deixa de levantar a voz contra as situações que o desgostam e de alertar as consciências. Foi isso que aconteceu ontem em Lanzarote, após ter inaugurado a terceira sala da exposição "La Consistencia de los Sueños", ao agradecer a presença de várias centenas de convidados.
Rodeado pelo ministro da Cultura espanhol, César Antonio Molina, e pelas autoridades de Lanzarote, o escritor pediu para que protegessem a ilha da invasão dos turistas e evitassem que se "tornasse uma sucursal de Marbella". Pediu ainda desculpa por não respeitar o protocolo habitual - os cumprimentos às autoridades - para agradecer em primeiro lugar o enorme esforço da Fundação César Manrique nesta preservação da natureza de Lanzarote. Justificou este agradecimento por ter "encontrado em Lanzarote a Azinhaga recuperada. Não tem nada a ver esta paisagem com a da minha terra, estamos separados por centenas de quilómetros, mas há algo que nos une porque todos somos humanos".
Em seguida, agradeceu a realização desta exposição que sempre pensou "que seria irrealizável" e afirmou que "se eu fosse um rei - que não sou - este seria o acto da minha coroação", depois de ter efectuado uma demorada visita ao espaço dedicado principalmente a divulgar o reconhecimento mundial da sua obra literária. Fez questão também de afirmar, numa alusão ao seu quadro clínico que o poderia ter impedido de ver a exposição, que "dou graças à vida. Não estava nas minhas previsões fazê-lo e o que parecia impossível tornou-se realidade".
Numa das paredes, estão centenas de exemplares de quase todas as edições traduzidas, noutra as fotografias que documentam a relação com escritores de todos os países, com governantes nacionais e estrangeiros e as acções de cariz político que o fizeram correr o País e o planeta nas últimas décadas. Encontram-se também expostos quatro poemas que enviou a Jorge de Sena datados de 1961, alguns anos antes de publicar Os Poemas Possíveis. No centro do espaço, recupera--se o cenário onde o escritor fez os livros que lhe deram fama, através da exibição da sua máquina de escrever Hermes, da pequena biblioteca de então, dos dicionários e enciclopédias para consulta e dos óculos (de grandes armações) que usava.
Ontem, José Saramago fez questão de entrar pelo seu próprio pé na exposição. Aplaudido pela multidão que aguardava a sua chegada, situação que se repetiu à partida, o escritor só se sentou na cadeira de rodas já no interior. Em representação de Portugal estava o embaixador em Madrid, José Filipe de Moraes Cabral, que destacou ao DN o "impacto esmagador das soluções encontradas para expor tanto acervo", notando-se a ausência de qualquer das outras entidades portuguesas convidadas para esta cerimónia. O editor de Saramago, Zeferino Coelho, revelou que pensa editar muitos destes inéditos brevemente, enquanto a filha Violante se revia em muitas das situações retratadas e se "emocionava como está a acontecer ao meu pai". O investigador Carlos Reis mostrou-se impressionado pela montagem da mostra e considerou que "é preciso reestudar o período da formação do escritor" e que se estava perante "a sua verdadeira dimensão universal".
Nos planos do escritor para os próximos seis meses está o desejo de finalizar o seu novo livro, A Viagem do Elefante, do qual já se podem ver algumas páginas nesta exposição. Quanto à agenda de deslocações, que a sua mulher suspendeu pelos próximos tempos, vão ficar por responder solicitações vindas de todo o mundo a exigir a voz do Prémio Nobel.
JOÃO CÉU E SILVA, em Lanzarote
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Rainha
Tela superou cálculos dos especialistas e atingiu 3,4 milhões de euros
O mais antigo retrato conhecido da rainha Isabel I de Inglaterra em corpo inteiro foi vendido por 2,6 milhões de libras (cerca de 3,4 milhões de euros), num leilão realizado esta semana pela Sotheby's de Londres.
Segundo a BBC, pensa-se que a obra, pintada pelo artista holandês Steven van der Meulen, deverá ter sido encomendada para ajudar a monarca a "publicitar-se" a potenciais pretendentes à sua mão.
Aquela que ficou conhecida por "Rainha Virgem" acabou por nunca se casar, apesar de ter tido vários pretendentes entre as décadas de 1560 e 1570.
Os especialistas tinham calculado que a obra iria render menos de metade da quantia por que acabou por ser licitada, o que constituiu uma grande surpresa.
O quadro tem dois metros de altura e representa a rainha, de tez muito branca, vestida com um vestido de cetim cor de carmim, enfeitado com pérolas e pedras preciosas.
A obra estava pendurada, e ignorada, há mais de meio século numa sala de reuniões do Tribunal de Aylesbury, no Buckinghamshire.
Segundo declarou Emmeline Hallmark, da Sotheby's, "tal como o seu pai, Henrique VIII, ela tinha plena consciência da importância da sua imagem. O quadro é muito bonito e decorativo, e o simbolismo alude ao facto de a rainha estar na plenitude da sua existência".
Filme fracassa
Se o quadro de corpo inteiro de Isabel I atingiu, em leilão, uma soma que nem os especialistas calculavam que pudesse atingir, já o filme Elizabeth: A Idade de Ouro, segundo de uma trilogia sobre a lendária rainha de Inglaterra, interpretada por Cate Blanchett, é um inesperado fracasso de bilheteira.
Assinada por Shekar Kapoor, a fita lucrou apenas 16 milhões de dólares (10,7 milhões de euros) nas bilheteiras americanas e 21 milhões de dólares (14,1 milhões de euros) no mercado internacional.
O filme inaugural da trilogia, Elizabeth, de 1998, havia sido um sucesso comercial e crítico, e ganhou um Óscar técnico.
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sábado, 24 de novembro de 2007
Universidade de Coimbra
Universidade de Coimbra entre as melhores
O ranking é do jornal “The Times”
A Universidade de Coimbra foi considerada a melhor instituição de ensino superior em Portugal. A distinção é feita pelo jornal “The Times” que publicou a lista das melhores universidades a nível mundial. Neste ranking, Coimbra aparece também como a quarta melhor universidade da Península Ibérica e a terceira melhor do mundo lusófono.
O vice-reitor da Universidade de Coimbra (UC) Pedro Saraiva congratulou-se com o facto de a instituição ser considerada a melhor a nível nacional no "ranking" mundial THES-QS, publicado pelo "The Times". "É o reconhecimento do esforço desenvolvido sermos, pela segunda vez consecutiva, a universidade mais cotada do universo nacional", disse o catedrático à agência Lusa.
Relativo a 2007, o "ranking" THES-QS, divulgado recentemente pelo Times Higher Education Supplement, coloca a UC como a quarta melhor universidade da Península Ibérica e a terceira melhor do mundo lusófono.
Na classificação de 2006, a Universidade de Coimbra foi considerada também a melhor dos países de língua portuguesa, sendo ultrapassada este ano pelas congéneres brasileiras de São Paulo e Campinas.
Pedro Saraiva desvaloriza esta descida, atribuindo-a a alterações nos critérios de avaliação.
Universidades do mundo anglo-saxónico estão no topo do THES-QS World Universities Rankings 2007, arrebatando os 16 primeiros lugares da classificação, com Harvard (EUA), Cambridge (Reino Unido), Yale (EUA) e Oxford (Reino Unido) à cabeça.
No ranking de 500 instituições, a UC surge na 319 posição, seguida da Universidade Nova de Lisboa (no 341 lugar) e da Católica.
Em termos europeus, a mais antiga universidade portuguesa ocupa a 153ª posição.
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sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Let Me Entertain You - Natalie Wood (by request)
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Tuberculose
Mapeado genoma de tuberculose resistente a drogas
Cientistas americanos e sul-africanos decifraram pela primeira vez o mapa genético de uma cepa da tuberculose resistente à maioria dos remédios, informou nesta terça-feira o Instituto Broad do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos.
Os cientistas disseram que a cepa do Mycobacterium tuberculosis está vinculada a um surto da doença que matou mais de 50 pessoas na província sul-africana de Kwazulu-Natal.
Num relatório sobre sua pesquisa, os cientistas informaram que a análise inicial revelou poucas diferenças no DNA entre a bactéria resistente aos remédios (XDR) e as que são mais sensíveis.
"A cepa decifrada é responsável pela maioria dos mais de 300 casos de XDR identificados até agora na região", disse Willem Sturm, decano da Escola de Medicina Nelson Mandela e um dos principais participantes da pesquisa.
"A caracterização genética é essencial para o desenvolvimento dos instrumentos necessários no controle da epidemia", acrescentou Sturm no relatório do Instituto Broad.
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Pornografia infantil
Cerco à pornografia infantil
A Guarda Civil espanhola deteve, ontem, 40 pessoas, em 22 províncias, no âmbito de uma operação contra a pornografia infantil na Internet e através de telefones móveis. Os detidos e mais sete suspeitos são acusados de crimes de corrupção de menores e de posse de pornografia infantil, devendo agora ser apresentados a juízes de instrução.
A investigação começou há cerca de um ano, tendo envolvido a análise de mais de 72 mil mensagens de telemóvel. Tudo partiu da denúncia de um segurança, em Tudela (Navarra), depois de ter recebido no seu telemóvel uma imagem pornográfica com crianças, disse, em conferência de Imprensa, o delegado do Governo em Navarra, Vicente Ripa.
Na operação de ontem, foram realizadas buscas em 45 casas e confiscados mais de uma centena de telefones móveis e milhares de arquivos digitais de vídeo e fotografia com imagens pedófilas.
As investigações estenderam-se, ainda, à Colômbia e à Argentina, para determinar a origem de algumas imagens.
De acordo com o coronel da Guarda Civil Benito Salcedo, as idades das crianças envolvidas eram "muito inferiores aos 10 anos" e os detidos utilizavam canais especiais através das operadoras de telemóveis, bem como pseudónimos para dificultar a sua localização.
Os investigadores consideram que os arquivos contêm "uma grande concentração de perversidade", quer pelo conteúdo pornográfico das imagens quer pelas idades das crianças, até porque um dos detidos queria envolver bebés.
Jornal de Notícias
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José Rodrigues dos Santos
Nunca disse que iria despedir José Rodrigues dos Santos
Almerindo Marques deixa estação pública para presidir empresa Estradas de Portugal
Cláudia Luís
Almerindo Marques, que hoje toma posse na liderança da Estradas de Portugal, despediu-se da presidência do Conselho de Administração da RTP, ontem à noite, no programa "Grande entrevista", conduzido por Judite Sousa. O gestor falou, pela primeira vez, sem rodeios, sobre o caso do processo disciplinar de José Rodrigues dos Santos "Nunca disse que o iria despedir".
Almerindo Marques afirmou também que "já esperava que as minorias activistas fossem projectar este caso publicamente". O caso remonta a declarações de Rodrigues dos Santos em que este falou de interferências da administração na informação da RTP.
O gestor - que começou a trabalhar aos 13 anos como aprendiz de mecânico - revelou que o ministro lhe pediu para continuar à frente da RTP. Contudo, Almerindo Marques, que até tinha "disponibilidade para continuar", recusou a hipótese. Além de "rejeitar as posições de comodidade", considera que "a RTP já não é um problema do país".
O entrevistado referiu ainda que "a RTP tinha tendência para o atabalhoamento da indisciplina" e que ele não era "um esbanjador nem um facilitador da indisciplina".
Na perspectiva do docente Francisco Rui Cádima, esta saída sucedeu com "uma pedra no sapato na área da gestão de recursos humanos em tempo de crise, particularmente, no caso do pivô, ele foi mais intransigente do que exigente".
O mesmo comentador considera que Almerindo Marques deixou para trás "uma gestão excelente do ponto de vista financeiro". Numa análise à sua administração na RTP, o docente recorda que, "o ministro Morais Sarmento acho que este gestor tinha o melhor perfil para resolver uma situação de falência técnica da RTP que, há vários anos, tinha uma dívida de 200 milhões de contos".
O administrador opta, então, por indexar a dívida a todas as receitas de publicidade, baseando-se numa estimativa "A RTP tem seis minutos de publicidade por hora e é com base nesse cálculo que a dívida perdurará por cerca de dez anos".
Ora, ainda segundo o coordenador da obra "História da Comunicação Social em Portugal", "como ficará esta situação caso venha a verificar-se uma alteração do modelo de serviço público de televisão no sentido de banir a publicidade?"
Desta forma, a questão que passa a estar na ordem do dia prende-se com o modelo de serviço público a desenvolver e, nesse aspecto, Cádima defende sua "redução progressiva, criando apenas o necessário para tornar-se numa alternativa aos privados". Ou seja, a aposta "megalómana" de implementar o serviço público em todas as plataformas não é, para o analista, "necessária".
Do ponto de vista dos conteúdos, Rui Cádima salienta, como aspecto mais positivo da administração de Almerindo Marques, "a reformatação de canais temáticos", de que é exemplo a RTP Memória. Negativamente, o docente critica "as perseguições em tribunal de jornalistas e críticos de televisão e o hipercontrolo dos jornalistas, que acabam por praticar um serviço de informação institucional". Em suma, um tipo de jornalismo "apagado e burocrático" em detrimento de "jornalismo de investigação".
Ainda no capítulo dos conteúdos, Cádima é peremptório em afirmar que "a programação da RTP1, por regra, não faz serviço público de televisão, seguindo um modelo comercial".
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Branqueamentos
Conselho de Ministros aprova propostas de Lei
O Governo estabeleceu novas coimas para situações de branqueamento de capitais e o financiamento ao terrorismo.
Esta medida insere-se na proposta de Lei aprovada esta quinta-feira em Conselho de Ministros, que impõe novas formas de combate a este tipo de crimes, transpondo ainda para a Lei 2 directivas comunitárias.
«Com esta iniciativa, (..) procede-se à reformulação do regime contra-ordenacional de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, elevando também o nível das coimas aplicadas, afirmou o secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, Carlos Pina, na conferência de imprensa.
O responsável adiantou ainda esses valores. No caso de entidades financeiras, para as colectivas a multa pode ir de 25 mil a 2,5 milhões de euros e, para as singulares, de 12.500 euros a 1,25 milhões. Se se tratar de entidades não financeiras, a coima para as colectivas vai de 5 mil a 500 mil e, para singulares, de 2.500 a 250 mil euros.
Agência Financeira
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quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Pobreza
Portugal é, neste momento, o sexto país mais pobre no clube dos 30 que fazem parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
Segundo os dados da OCDE, a riqueza nacional vale menos 28% do que a média dos países mais desenvolvidos, e indica ainda que, em 2005, estávamos muito pior do que em 2002, já que a República Checa ultrapassou Portugal.
O Luxemburgo, a Noruega e os Estados Unidos surgem no topo da tabela e, nos últimos lugares, aparece a República Checa que ultrapassou Portugal.
Apesar de serem considerados mais pobres, os portugueses mantiveram o ritmo de consumo, e segundo o relatório, os cidadãos nacionais pagam mais por aquilo que consomem, como refere a TVI.
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Alzheimer
Um café por dia poderá prevenir Alzheimer
Estudo levado a cabo por investigadores da UC
Um grupo de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) está a desenvolver uma pesquisa para perceber os mecanismos de doenças neuro-degenerativas, assim como identificar alvos terapêuticos.
A doença de Alzheimer é um das doenças neuro-degenerativas mais estudadas pois só em Portugal afecta cerca de 70 mil pessoas e estima-se que, com o aumento da esperança média de vida, venha a crescer ainda mais o número destes doentes.
Cláudia Pereira, investigadora do Centro de Neurociências da Universidade de Coimbra, revela que tomar uma dose diária de café pode vir a prevenir a Alzheimer e «poderá eventualmente haver uma estratégia terapêutica para problemas associados à memória».
No que se refere à cafeína esta «poderá ser um princípio activo de fármacos em doenças neuro-degenerativas», conclui a investigadora.
Esta conclusão foi observada comparando dois grupos de pessoas, sendo que num dos grupos, as pessoas tinham por hábito beber café, e no outro, estavam as que não incluíam o café nos seus hábitos diários, adianta o Jornal Sol.
Segundo Cláudia Pereira, estes «estudos são importantes, mostram que os próprios hábitos podem influenciar a doença de Alzheimer, como acontece com as cardiologias».
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Internet
PÚBLICO (Arquivo)
O investimento na rede deveria ser de mais 65 por cento que o estimado
Crescente procura de ligações em banda larga
Consultora dos Estados Unidos adverte para saturação da rede da Internet em 2010
22.11.2007 - 10h04 Lusa
O crescente uso da Internet e a falta de investimento em infra-estruturas poderão saturar a rede nos próximos três anos, revela um estudo da consultora Nemertes Research divulgado ontem nos Estados Unidos.
Segundo a Nemertes, os utilizadores poderão ter cortes no serviço da Internet se não forem aumentados os investimentos na rede, em especial na América do Norte.
A consultora defende que deveriam ser investidos 42 a 55 mil milhões de dólares (28,2 a 37 mil milhões de euros), o equivalente a cerca de 65 por cento a mais do estimado nos planos actuais para melhorar a rede.
O problema, de acordo com o estudo, é que a infra-estrutura actual não consegue cobrir a crescente procura de ligações em banda larga.
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Nanotecnologia
UE: Nanotecnologia exige mais investimento e parcerias
A Europa tem de aumentar o investimento na nanotecnologia e concretizar mais parcerias entre entidades públicas e privadas para poder «competir» com os Estados Unidos, disse hoje, em Braga, a Comissária Europeia para a Sociedade de Informação e Media.
«A Europa continua na liderança das nanotecnologias porque, nos últimos anos, houve mais capital para a investigação tecnonológica e aumentaram as parcerias entre o sector público e o privado», afirmou à Lusa a comissária europeia Viviane Reding, no final da Conferência de Alto Nível sobre Nanotecnologia.
A conferência reuniu algumas dezenas de cientistas na Universidade do Minho, em Braga, cidade que foi escolhida pelos chefes de governo José Sócrates e Zapatero, em 2005, para a instalação do Instituto Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), a primeira parceria entre Portugal e Espanha na nanociência.
«Existe em Espanha uma rede de centros de nanotecnologia e é assim que tem de ser. Tem de haver colaboração conjunta, com critérios de qualidade internacionais e com objectivos internacionais», considerou o ministro da Tecnologia, Ciência e Ensino Superior, Mariano Gago.
A opinião foi partilhada pela ministra espanhola da Ciência e Comunicação, Mercedes Calvo-Sotelo, que, referindo haver «um compromisso político para que o instituto funcione», considerou que tal «é mais importante do que o dinheiro».
A conferência, realizada no âmbito da Presidência Portuguesa da União Europeia, juntou decisores políticos, cientistas e responsáveis por empresas nas áreas da nanociência e da nanotecnologia.
«A nanotecnologia é a tecnologia de fabricar estruturas com moléculas e átomos. É como se os tijolos usados na nanotecnologia fossem os átomos e as moléculas», explicou Luís Magalhães, presidente da Agência para a Sociedade do Conhecimento.
Na medicina, «a intervenção é feita a nível molecular. É como se iludíssemos as moléculas e as puséssemos a fazer o que queremos que elas façam e não o que seria natural fazerem», precisou Mário Barbosa, responsável do Instituto de Engenharia Biomédica da Universidade do Porto.
O INL pretende vir a constituir-se como um laboratório de «excelência científica internacional».
Luís Rivas, presidente da respectiva comissão instaladora, disse à Lusa que em 2008 vão começar as obras de construção do centro e serão iniciadas as contrataqções dos primeiros dos duzentos investigadores.
Diário Digital / Lusa
21-11-2007 12:05:00
A nanotecnologia é a capacidade potencial de criar coisas a partir do mais pequeno, usando as técnicas e ferramentas que estam a ser desenvolvidas nos dias de hoje para colocar cada átomo e cada molécula no lugar desejado. Se conseguirmos este sistema de engenheria molecular, o resultado será uma nova revolução industrial. Além disso, teria também importantes consequências económicas, sociais, ambientais e militares.
http://www.euroresidentes.com/futuro/nanotecnologia/nanotecnologia_responsavel/introducao_nanotecnologia.htm
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quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Casa Pia
Não haverá tolerância para qualquer tipo de maus-tratos no interior da Casa Pia. A garantia foi dada, terça-feira à noite, pelo ministro do Trabalho e da Solidariedade Social. Vieira da Silva anunciou ainda que, dentro de dois meses, devem estar concluídos os processos disciplinares levantados a dois funcionários da Casa Pia, um deles suspeito de abusos sexuais.
A noite foi de festa, numa sessão solene que assinalou o arranque de mais um ano lectivo na Casa Pia. É assim todos os anos e este, mais uma vez, reuniu muitos alunos e ex-alunos. Presente também, claro, esteve o ministro que tutela a instituição. E porque nos últimos dias muito se tem voltado a falar de abusos sexuais na Casa Pia, Vieira da Silva aproveitou a ocasião para falar em «tolerância zero» face a qualquer tipo de abuso.
Para breve, garante o ministro, são esperadas as conclusões dos processos disciplinares instaurados aos funcionários da Casa Pia, alegadamente envolvidos em casos de abusos sexuais.
O Governo reforçou entretanto os mecanismos de protecção e vigilância das crianças da Casa Pia. Palavra do ministro Vieira da Silva, que garantiu estar de consciência tranquila e manifestou a total confiança nos profissionais da instituição. Em especial na presidente do Conselho Directivo, Joaquina Madeira.
TVI
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Fotografia
Francesca Woodman, da série From House, Providence, 1976
(Cortesia George e Betty Woodman)
http://artephotographica.blogspot.com/2007/08/rbus-w-oodman.html
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Ciência
Cem instituições científicas abertas ao público até domingo
Cerca de uma centena de instituições científicas de todo o país estão esta semana de portas abertas com mais de 450 iniciativas, para explicar ao público o que fazem e onde trabalham os cientistas portugueses.
Na Semana da Ciência e da Tecnologia 2007, a decorrer até domingo, mais de uma centena de instituições científicas, universidades, escolas, associações e museus de todo o país estão à disposição para dar a conhecer as actividades que desenvolvem, através de um contacto directo com o público em actividades como oficinas, workshops, visitas a laboratórios, museus e exposições, palestras e conferências, tertúlias sobre ciência, passeios e observações, documentários e filmes.
A semana junta-se anualmente ao Dia Nacional da Cultura Científica, que se comemora a 24 de Novembro para assinalar o nascimento de Rómulo de Carvalho «e divulgar o seu trabalho na promoção da cultura científica e no ensino da ciência», realça, num comunicado, a Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica, a quem cabe a organização.
Entre as principais actividades está o evento final do projecto europeu «WONDERS», a decorrer no próximo fim-de-semana no Pavilhão do Conhecimento, Lisboa, no qual 35 parceiros de 25 países europeus apresentam os projectos que desenvolvem.
Nesta iniciativa, os visitantes poderão «entrar num vulcão, construir um holograma ou uma molécula de futeboleno, assistir a pequenas peças de teatro, ser detective num local de crime e levar para casa uma pulseira com códigos genéticos», entre outras actividades, revela a organização.
O Centro Ciência Viva de Estremoz realiza em Évora uma sessão em que será exibido o filme «Jangada de Pedra - Viagem ao nosso passado mais remoto», baseado na obra de José Saramago, que terá na assistência o Nobel da Literatura para depois participar num debate ao lado do realizador e com investigadores.
Quinta-feira, em Lisboa, uma palestra promovida pelo Centro de Geologia da Universidade de Lisboa abordará os estudos geológicos por detrás da obra do túnel do Rossio e o que falta para a sua reabertura.
Também na quinta-feira, mas em Coimbra, a Universidade presta homenagem a Rómulo de Carvalho com a apresentação do Centro de Recursos Rómulo de Carvalho.
No Porto, investigadores do Laboratório de Tecnologia Subaquática do Instituto de Sistemas e Robótica apresentam sexta-feira veículos submarinos, barcos e aviões autónomos que têm desenvolvido, explicando o papel que podem desempenhar em inspecções a pontes e barragens ou no estudo da evolução das condições dos ecossistemas fluviais ou marinhos.
O programa completo das mais de 450 actividades previstas está disponível em http://www.cienciaviva.pt/semanact/edicao2007.
Diário Digital / Lusa
19-11-2007 15:39:28
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HIV
HIV infecta seis portugueses por dia
DIANA MENDES
Sexo sem protecção e uso de seringas contaminadas justificam os dados
No ano passado foram infectados por HIV seis portugueses por dia. Segundo o relatório anual da Onusida, foram contabilizados 2162 novos casos em 2006, o que coloca o País em quarto lugar entre os países da Europa Ocidental. As relações sexuais desprotegidas são a principal causa de infecção. Em Portugal e Espanha, o uso de seringas contaminadas entre os toxicodependentes continua a ter grande peso nas estatísticas.
O consumo de drogas injectáveis tem vindo a decrescer em Portugal. Já no ano passado, o relatório concluía que o número de casos reportados de HIV caiu 31% em quatro anos. No entanto, a infecção relacionada com o consumo de drogas injectáveis é uma preocupação manifestada no relatório das Nações Unidas. A epidemiologista Teresa Paixão disse ao DN que "tem havido um declínio acentuado", mas admitiu que há sempre casos associados.
"Entre as mulheres com mais de 55 anos, também tem havido um ligeiro aumento de casos", refere. No Reino Unido, a infecção subiu entre os homens que têm sexo com outros homens, homens heterossexuais e mulheres que adquirem a infecção em países com alta prevalência. Os casos duplicaram, passando de 4152, em 2001, para 8925 em 2006, colocando o país no topo da lista.
"A transmissão entre homossexuais tem vindo a aumentar ligeiramente, bem como entre os mais jovens devido a aspectos comportamentais", calcula. A França e a Alemanha são os outros dois países com mais infecções por HIV do que Portugal.
A África do Sul continua a registar um terço do número de novas infecções por HIV e, na Europa de Leste, 90% dos novos casos foram registados na Rússia e na Ucrânia. A Europa de Leste e a Ásia Central terão 150 mil pessoas a viver com a infecção, um número que subiu 150% desde 2001.
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Internet?
Lisboa 21.11.07
dn.homepage » dn.sociedade
JÚLIO ALMEIDA, Aveiro
Protecção de Menores reúne-se de urgência
Um grupo de jovens de 14 anos residentes em Vale de Cambra terá organizado práticas de automutilação, consumadas em pelo menos um caso, e poderia estar a preparar um suicídio colectivo. A denúncia, que está a ser investigada desde ontem ao fim da tarde, surgiu após o desabafo de um dos menores em conversa recentemente mantida com uma amiga, residente na cidade de Gaia, que por sua vez acabaria por alertar a mãe. Seria esta a dar conta do sucedido, usando um contacto de um agente da PSP de Aveiro.
O jovem terá comentado com a amiga que "andava triste e a pensar no suicídio", dando-lhe a conhecer, também, as práticas de automutilação supostamente inspiradas num site da Internet. Fonte policial esclareceu que a denúncia recebida não esclarecia, exactamente, qual era o site que o grupo consultava como incentivo para automutilação, ou se se tratava de num chat de conversação.
O caso foi comunicado ontem, ao final da tarde, à Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco (CPCJR) Menores do concelho do Norte do distrito de Aveiro que esteve reunida de emergência para tomar medidas urgentes de acompanhamento e fazer uma avaliação da gravidade dos factos a apurar. Ainda ontem à noite, as autoridades policiais, a CPCJR, que integra um representante do Ministério Público, começou a ouvir os pais dos adolescentes, devendo ser aberto um inquérito judicial.
"Chegou a informação por fax cerca das 17.00, relatando a situação. A comissão decidiu logo diligenciar para apurar o que estaria em causa", informou a vereador da Câmara vale-cambrense Célia Tavares, confirmando que o caso não estava referenciado até agora. O presidente da Comissão de Protecção de Menores, David Loureiro, anunciou ontem à noite a abertura de um processo para averiguar os contornos do caso denunciado junto da polícia. "Decidimos agir de imediato com várias diligências para avaliar a situação, seguindo o que diz a lei", afirmou o responsável.
Os membros permanentes da comissão, incluindo um elemento do Ministério Público, visitaram em casa a família de um dos menores referenciados e hoje o encarregado de educação deverá assinar o consentimento para a intervenção poder ter seguimento.
David Loureiro preferiu "não confirmar nem desmentir" o teor das informações de supostas auto-mutilações ou cenários de suicídios. Esclareceu apenas que o "menor está bem mas não foi interrogado", por ainda não ser "a altura adequada." Negou, também, a existência de qualquer "alarme local", até porque o caso foi divulgado ao final do dia. "Pedimos que protejam as crianças", apelou o presidente da Comissão de Protecção de Menores.
Segundo o DN apurou, os jovens frequentam a Escola Secundária de Vale de Cambra. Segundo informação policial, o grupo de menores, "foi supostamente incentivado", através da internet, para a automutilação. Esta prática terá acontecido "parcialmente em concreto pelo menos com um dos menores" do grupo "cujos objectivos passariam ainda por um suicídio colectivo". Não há qualquer informação de que os membros do grupo tenham tido necessidade de receber assistência médica.
Dor mental
Mas o que é que pode desencadear uma situação deste género? Rui Coelho, psiquiatra do Hospital de São João (no Porto) explica que pode tratar-se de um caso em que "a dor mental é tal que quem sofre é o corpo", ou seja, o adolescente quer provocar alterações no seu corpo devido a um grande "sofrimento psicológico e emocional" - que pode resultar de um "envolvimento social e afectivo difícil".
O especialista diz que, para prevenir situações deste tipo se deve atentar em sintomas depressivos, como "apatia, inibição, desencanto" ou, pelo contrário, "hiperactividade, inconstância, agressividade". Alerta para a necessidade de " uma vigilância maior" sobre os conteúdos a que os jovens acedem na Internet" e aconselha "escutá-los e tentar entendê-los". A solução "é o diálogo".
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