Sonda Messenger revela face oculta de Mercúrio e evidência de atividade vulcânica
WASHINGTON (AFP) — A sonda americana não tripulada Messenger, que sobrevoou Mercúrio no dia 14, transmitiu centenas de imagens e numerosos dados da face oculta do menor planeta do sistema solar, considerados surpreendentes pelos cientistas, além de revelarem evidências de uma atividade vulcânica generalizada naquele planeta.
"Mercúrio não é o planeta que achávamos que era", disse na quarta-feira Sean Solomon, da Carnegie Institution. "É um planeta muito dinâmico onde acontecem muitas coisas", acrescentou, em referência às atividades vulcânicas e à magnetosfera de Mercúrio.
Como exemplo dos novos indícios de atividade vulcânica registrados pela sonda, foi citada uma bacia em forma de cratera que havia sido inundada por material fluido, provavelmente lava vulcânica.
Outras provas colhidas na década de 1970 pela sonda Mariner 10 já haviam indicado a existência de atividade vulcânica no planeta do sistema solar mais próximo do Sol.
Apesar de, num primeiro momento, Mercúrio se parecer com a Lua, com numerosas crateras e superfície rochosa, é de fato muito diferente, insiste o pesquisador.
"Esse sobrevôo nos permitiu visualizar uma parte do planeta que nenhuma sonda havia registrado antes e obter uma gama de informações impressionantes", assinalou Solomon. Cerca de 55% da superfície do planeta nunca havia sido vista até esse momento.
A sonda Messenger (Mercury Surface, Space Environment, Geochemistry and Ranging) se aproximou, no dia 14 de janeiro, a cerca de 200 km da superfície do planeta mais próximo do Sol, no primeiro sobrevôo desde 1975 de Mercúrio.
Os sete instrumentos da sonda mostraram a topografia das crateras e outras formações geológicas da face escondida do planeta.
As imagens mostram que o planeta - cujo diâmetro é de um terço da Terra - possui despenhadeiros de várias centenas de quilômetros de altura, formados aparentemente pelo movimento de placas tectônicas em um passado longínquo.
A superfície do astro também está marcada por numerosas crateras, produzidas pela queda de asteróides e, provavelmente, vulcões. A sonda Messenger fotografou também bacias de mais de 2.000 metros de profundidade, assim como montanhas de quase 5.000 metros.
A sonda descobriu uma formação geológica que os cientistas batizaram de "The Spider" (a aranha), já que é formada por centenas de valas retas que irradiam de um ponto central, como as patas de uma aranha.
"The Spider" fica no centro da bacia Caloris, formada há quase 4 bilhões de anos, provavelmente pelo impacto de um enorme asteróide.
Segundo os instrumentos da Messenger, o diâmetro dessa grande bacia é de quase 1.600 quilômetros, muito maior que a estimativa realizada a partir dos dados anteriores.
Além desse sobrevôo de janeiro, a Messenger irá realizar outros dois, em outubro de 2008 e setembro de 2009, antes de entrar na órbita de Mercúrio em março de 2011. A sonda foi lançada em 3 de agosto de 2004.
A última missão para Mercúrio, com a sonda Mariner 10, foi realizada em 1975. Uma face de Mercúrio fica permanentemente voltada para o Sol. Em outras partes, em que há noite e dia, as temperaturas variam cerca de 500 graus centígrados.
"Mercúrio não é o planeta que achávamos que era", disse na quarta-feira Sean Solomon, da Carnegie Institution. "É um planeta muito dinâmico onde acontecem muitas coisas", acrescentou, em referência às atividades vulcânicas e à magnetosfera de Mercúrio.
Como exemplo dos novos indícios de atividade vulcânica registrados pela sonda, foi citada uma bacia em forma de cratera que havia sido inundada por material fluido, provavelmente lava vulcânica.
Outras provas colhidas na década de 1970 pela sonda Mariner 10 já haviam indicado a existência de atividade vulcânica no planeta do sistema solar mais próximo do Sol.
Apesar de, num primeiro momento, Mercúrio se parecer com a Lua, com numerosas crateras e superfície rochosa, é de fato muito diferente, insiste o pesquisador.
"Esse sobrevôo nos permitiu visualizar uma parte do planeta que nenhuma sonda havia registrado antes e obter uma gama de informações impressionantes", assinalou Solomon. Cerca de 55% da superfície do planeta nunca havia sido vista até esse momento.
A sonda Messenger (Mercury Surface, Space Environment, Geochemistry and Ranging) se aproximou, no dia 14 de janeiro, a cerca de 200 km da superfície do planeta mais próximo do Sol, no primeiro sobrevôo desde 1975 de Mercúrio.
Os sete instrumentos da sonda mostraram a topografia das crateras e outras formações geológicas da face escondida do planeta.
As imagens mostram que o planeta - cujo diâmetro é de um terço da Terra - possui despenhadeiros de várias centenas de quilômetros de altura, formados aparentemente pelo movimento de placas tectônicas em um passado longínquo.
A superfície do astro também está marcada por numerosas crateras, produzidas pela queda de asteróides e, provavelmente, vulcões. A sonda Messenger fotografou também bacias de mais de 2.000 metros de profundidade, assim como montanhas de quase 5.000 metros.
A sonda descobriu uma formação geológica que os cientistas batizaram de "The Spider" (a aranha), já que é formada por centenas de valas retas que irradiam de um ponto central, como as patas de uma aranha.
"The Spider" fica no centro da bacia Caloris, formada há quase 4 bilhões de anos, provavelmente pelo impacto de um enorme asteróide.
Segundo os instrumentos da Messenger, o diâmetro dessa grande bacia é de quase 1.600 quilômetros, muito maior que a estimativa realizada a partir dos dados anteriores.
Além desse sobrevôo de janeiro, a Messenger irá realizar outros dois, em outubro de 2008 e setembro de 2009, antes de entrar na órbita de Mercúrio em março de 2011. A sonda foi lançada em 3 de agosto de 2004.
A última missão para Mercúrio, com a sonda Mariner 10, foi realizada em 1975. Uma face de Mercúrio fica permanentemente voltada para o Sol. Em outras partes, em que há noite e dia, as temperaturas variam cerca de 500 graus centígrados.
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