Arte Lisboa aberta ao público a partir de hoje e até segunda-feira, no Pavilhão 4 da FIL
Ontem inaugurou-se só para convidados, mas a partir de hoje abre ao público, e até segunda-feira no Pavilhão 4 da FIL, das 16.00 às 23.00, a nova edição da Arte Lisboa. São cerca de 70 galerias de arte portuguesas (45) e espanholas (21), e a Alemanha, o Brasil, a Coreia e Moçambique marcam presença com uma galeria cada. O espírito geral é o combate ao espírito pessimista da crise económica dominante e assumir a feira não só como amostra significativa e importante do mercado português da arte, mas igualmente como plataforma de divulgação das diferentes dinâmicas criativas.
A edição deste ano da única feira de arte em Portugal não apresenta alterações ao formato que nos anos anteriores se tem mostrado relativamente eficaz, a julgar pelo crescimento do número de visitantes, bem como na consolidação do número de galerias participantes tanto portuguesas como estrangeiras.
A grande expectativa diz respeito não só à capacidade do aumento do número de visitantes (este ano as estimativas apontam para vinte mil), mas sobretudo no modo como a presente crise financeira vai afectar os negócios que se vão realizar durante estes dias. Muitos galeristas estão cépticos e falam de uma participação não motivada pelo negócio, mas sobretudo pelo dever de fazer parte de um dos mais importantes acontecimentos da cena artística nacional, mas são notadas as ausências da mais internacional galeria portuguesa, a Cristina Guerra, da agência Vera Cortês e de Fernando Santos. Mas se existem ausências, é de salientar a integração de mais seis galerias portuguesas e o aumento da participação espanhola.
Ainda relativamente aos negócios, a organização já garantiu, através do seu clube de coleccionadores, que cerca de 80 mil euros serão gastos em compras nesta edição da feira. E, paralelamente às vendas institucionais anunciadas, existe um programa especial para coleccionadores (nacionais e estrangeiros) que é realizado com o intuito de motivar e seduzir potenciais compradores.
Mas se os negócios e o modo como a crise afecta os negócios da arte vão ser os temas dominantes das conversas, a Arte Lisboa mantém a importante presença das salas de projecto, em que artistas individuais mostram projectos realizados propositadamente para a feira, e organiza um conjunto de debates e conferências dedicados ao coleccionismo, ao investimento em arte, ao pós-colonialismo na arte portuguesa, além de outros temas que reunirão nomes importantes da crítica, artistas, galeristas, entre outros (programação em www.artelisboa.fil.pt).
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Há 11 anos
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