Microsoft alerta para falha crítica no Internet Explorer
2008-12-16 12:46:26
Washington – Prevendo que se poderá assistir a uma vaga de ataques na Web, devido a uma falha crítica descoberta no Internet Explorer, a Microsoft divulgou novas medidas de protecção aos usuários do navegador.
A falha, divulgada pela empresa, afecta os internautas que usam o navegador em vários dos sistemas operacionais oferecidos pela empresa como o Windows XP, Server e Vista e permite que os hackers explorem a vulnerabilidade do browser e ataquem os usuários, ficando com o controle do computador e roubando senhas e informações pessoais.
Já há seis mil páginas infectadas e o número tem tendência para crescer. Segundo os investigadores do Malware Protection Center Blog, 0,2% de todos os utilizadores da Internet devem ter estado expostos a páginas onde esta falha é explorada.
A vulnerabilidade pode ser encontrada em todas as versões do browser e não há previsão de quando estará corrigida mas até lá a Microsoft divulgou medidas específicas para lidar com o problema. Recomenda aumentar o nível de segurança nas opções de internet do computador e aconselha também a que os internautas desabilitem um componente chamado OLEDB32.dll e a função conhecida como XML Island. Estas medidas dificultarão o acesso às informações do usuário e reduzem o impacto do problema.
(c) PNN Portuguese News Network
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Insegurança
Publicada por make a smile à(s) 10:48 0 comentários
domingo, 14 de dezembro de 2008
sábado, 13 de dezembro de 2008
Ciência
Os primeiros engenhos terrestres que foram a Júpiter, Saturno e Plutão
Físicos do Técnico resolvem mistério das sondas 'Pioneer'
FILOMENA NAVES
Física. Investigadores do Instituto Superior Técnico fizeram abordagem inovadora ao problema da até agora inexplicável desaceleração das naves 'Pioneer' 10 e 11 e encontraram a solução. Anomalia é causada pelas próprias fontes de energia das naves, que têm nela um efeito térmico desaceleradorFontes de calor das naves causam desaceleraçãoAs naves Pioneer 10 e 11, lançadas no início da década de 70 pela NASA para espreitar de perto Júpiter e Saturno pela primeira vez, cumpriram as suas missões sem problema. Enviaram para a Terra os primeiros close-ups dos dois planetas e seguiram viagem, empurradas para fora do sistema solar pela sua própria trajectória. Até que se percebeu, pelos sinais de rádio que continuaram a enviar, que havia qualquer coisa que não batia certo. As naves mostravam uma desaceleração inexplicável, prontamente baptizada por "anomalia das Pioneer", que acabou por gerar grandes debates na comunidade científica. Um grupo de físicos portugueses, do Instituto Superior Técnico (IST), deu agora o que parece ser a primeira resposta fundamentada para o problema, ao determinar que se trata de um efeito térmico causado pelas próprias fontes de energia nuclear das naves. Com ela, o grupo liderado pelo físico Orfeu Bertolami parece ter resolvido um mistério que durava há anos. "São resultados preliminares, que terão que ser confirmados pelo estudo que está a ser feito no Jet Propulsion Laboratory (JPL) da NASA sobre o problema, mas o nosso método é fiável e a nossa resposta fará parte da solução", disse ao DN Orfeu Bertolami, do IST. Este físico e os seus colegas Frederico Francisco, Paulo Gil e Jorge Páramos, todos do Técnico, assinam o artigo publicado no início de Novembro, na Physical Review, no qual expõem as suas conclusões.Quando a desaceleração das naves foi detectada, ainda na década de 80, os responsáveis pela missão deram conta dela em comunicações breves. Por qualquer razão, as Pioneer exibiam uma aceleração, embora mínima, na direcção do centro do sistema solar (para o Sol ou para Terra, não se sabe). O efeito verificável era que as naves estavam aquém do que deviam na sua viagem para fora do sistema solar. Isso podia ser medido através dos sinais de rádio que continuaram a enviar: a Pioneer 11 até 1996, ano em que se calou, e a 10 até 2003, quando emudeceu também para sempre. Para se ter uma ideia, quando a Pioneer 10 enviou para a Terra o seu último bip, em 2003, já tinha viajado 10,5 mil milhões de quilómetros através do sistema solar. Mas, feitas as contas, estava 400 mil quilómetros mais próxima da Terra do que devia. Esse era o efeito acumulado da tal desaceleração, após três décadas de viagem.Em meados dos anos 90, a questão começou a ser discutida com mais calor e levantaram-se muitas hipóteses, umas mais estranhas que outras, para explicar o fenómeno. Tratar-se-ia de uma fuga de gás? Seria um qualquer efeito gravítico desconhecido, ou antes um fenómeno térmico inesperado, causado pelas próprias fontes de energia das naves?A debate instalou-se . A hipótese da fuga de gás foi descartada. "Se fosse isso, o efeito teria que ser pontual e não contínuo, como se verificou", explica Orfeu Bertolami.Em 2002, a equipa do JPL que estava a estudar o problema, liderada por Slava Turychev, publicou um extenso artigo pormenorizando a questão e todas a s hipóteses possíveis para a explicar, mas sem apresentar uma solução. O mistério mantinha-se. Para avaliar mais profundamente o fenómeno, a equipa do JPL lançou então um estudo exaustivo, recuperando os registos de todos os dados da missão e incluindo todas as medições de temperatura das naves, e recorreu a uma sofisticada modelação computacional, que ainda está a decorrer.Entretanto, no IST, o jovem Frederico Francisco resolveu interessar-se pelo assunto em 2007 e Orfeu Bertolami sugeriu-lhe que fosse pela via da física. "Decidimos calcular uma distribuição de fontes de calor que explicasse a desaceleração, e em Fevereiro já tínhamos resultados interessantes", conta Orfeu Bertolami. Depois disso, era preciso determinar a margem de erro com diferentes fontes de calor. "Essa é a parte espectacular", diz Bertolami. "Verificámos que era mínima e que não precisávamos de nos preocupar com elas". No final, os resultados mostraram que 35% a 60% da desaceleração é devida aos tais efeitos térmicos. No JPL a azáfama continua. No final, esperam os portugueses, as conclusões deverão coincidir.
Publicada por make a smile à(s) 02:50 0 comentários
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
domingo, 7 de dezembro de 2008
"mulas da internet"
Coimbra: investigadores europeus divulgam "mulas da internet", uma alternativa para zonas remotas
Coimbra, 07 Dez (Lusa) -- Uma nova filosofia de internet, capaz de ligar a rede global a zonas remotas do mundo, vai ser divulgada na próxima semana em Coimbra por investigadores do grupo europeu que desenvolve o projecto.
A iniciativa é do Instituto Pedro Nunes (IPN), ligado à Universidade de Coimbra, que no projecto internacional, participado por 12 instituições europeias, tem a tarefa de integração final dos segmentos de investigação de cada grupo, as experiências em África e a colocação do produto no mercado.
Terça realizam-se em Coimbra sessões de divulgação do denominado "N4C", dirigidas a empresários, essencialmente de telecomunicações, transportes e novas tecnologias, políticos e ONG'S (Organizações Não Governamentais).
"Queremos dizer que daqui a algum tempo haverá uma nova tecnologia, uma nova alternativas, que pode resolver alguns problemas" em regiões remotas, que não tem acesso à banda larga, realçou António Cunha, do IPN.
Na quarta-feira haverá uma sessão de cariz mais académico voltada para os problemas da integração de sistema em que participam universitários, investigadores e representantes de empresas, como a portuguesa Critical Software e a multinacional Intel.
Durante esta semana estão também reunidos no IPN investigadores das 12 instituições que fazem parte deste consórcio -- empresas, universidades, institutos de investigação -- da Suécia, Espanha, Irlanda, Noruega, Polónia, Eslovénia e Reino Unido.
António Cunha, administrador executivo do Laboratório de Automática e Sistemas do IPN, de Coimbra, o representante português no projecto, revelou á agência Lusa que se trata da "primeira reunião de integração", para "perceber como se vai interligar tudo", os vários segmentos da investigação, da responsabilidade de cada equipa.
O "N4C", iniciado em Maio passado e a decorrer até 2011, é um ambicioso projecto Europeu que vai permitir levar a Internet até ao "Fim do Mundo", refere uma nota de imprensa da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).
Trata-se de uma nova filosofia de Internet que consiste na criação de "mulas" para tornar acessíveis as tecnologias da comunicação em zonas recônditas do mundo, que continuariam arredadas delas. Essas "mulas" irão fazer o vai-vem da informação entre as zonas recônditas e as dotadas de redes de fibra óptica, com acesso de Internet.
Esta engenhosa forma de democratizar o acesso à informação está a ser desenvolvida a pensar no povo Sami, da Lapónia, e na região montanhosa de Kocevje, da Eslovénia, onde serão realizados testes, bem como noutras regiões isoladas da Europa, mas é em África que se vaticina um grande impacto social, revelou à agência Lusa António Cunha.
A "mula" não é mais do que um dispositivo tecnológico que se pode instalar num helicóptero de transporte de turistas, como é o caso da Lapónia, em pessoas que fazem caminhadas na natureza, nos veículos que fazem o transporte de pessoas ou mercadorias entre as cidades e as zonas remotas.
O sistema prevê que essas zonas remotas sem acesso à Internet estejam equipadas de computador, que poderá ser utilizado pelos habitantes para enviar e-mail, ou dados. Com a passagem de uma "mula" pela localidade a informação é recolhida e transportada e, depois, enviada quando ela passar por uma zona servida por Internet
Através de comunicação WIMAX ou WIFI o dispositivo capta a informação do computador na zona remota e ao passar por uma zona servida com Internet descarrega-a na rede e recolhe a informação que por sua vez leva para essa região remota.
Esta tecnologia inovadora, denominada DTN (Delay and Disruption Tolerant Networking) está já a ser utilizada num projecto-piloto na Lapónia, com o povo Sami, considerado um dos maiores grupos nómadas na Europa, cuja actividade principal é a criação de renas.
Em Fevereiro, no norte da Suécia, na comunidade Sami, serão realizados "testes de inverno", destinados a avaliar as capacidades dos equipamentos e a arquitectura do sistema, bem como a sua robustez, num ambiente muito agreste de temperaturas negativas, explicou António Cunha.
FF.
Lusa
Publicada por make a smile à(s) 07:10 0 comentários
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Descoberto híbrido animal-planta
O primeiro animal que faz a fotossíntese foi encontrado no Atlântico.
Virgílio Azevedo
22:15 Terça-feira, 2 de Dez de 2008
A lesma marinha adquire a capacidade de fotossíntese depois de comer uma alga
É uma pequena lesma marinha com três centímetros de comprimento, que vive na costa atlântica da América do Norte, e que tem um poder até agora desconhecido na Natureza entre o reino animal: depois de comer uma alga adquire a capacidade de fotossíntese característica das plantas.
Chama-se "elysia chlorotica" e foi descoberta por uma equipa de investigadores de universidades norte-americanas e da Coreia do Sul, liderada por Mary Rumpho-Kennedy, professora de bioquímica e investigadora na Universidade do Maine. Segundo a revista científica 'New Scientist', a lesma marinha "é a forma suprema de energia solar: come uma planta e torna-se fontossintética". Este híbrido animal-planta gelatinoso de cor verde parece uma folha de árvore e conquista essa capacidade - que se mantém durante vários meses - com genes provenientes da alga que come, a "vaucheria litorea".
O pequeno ser obtém os cloroplastos - isto é, os objectos celulares verdes ricos em clorofila que permitem às células das plantas converter a luz solar em energia - e armazena-os nas células ao longo do seu intestino. O mais curioso é que as "elysia chlorotica" no estado jovem que se alimentem de algas durante duas semanas, podem viver o resto das suas vidas - um ano, em média - sem comer.
Mas os cientistas ainda não conseguiram descobrir tudo sobre este estranho ser marinho, como reconhecem num artigo publicado na revista de referência mundial 'Proceedings of the National Academy of Sciences'. Com efeito, os cloroplastos contêm ADN para codificar apenas 10% das proteínas necessárias para os manter activos e a equipa norte-americana está a ponderar várias explicações para este mistério. Mas, apesar disso, Mary Rumpho-Kennedy admite que "estes organismos fascinantes podem transformar o próprio ensino dos princípios básicos da biologia".
Texto publicado na edição do Expresso de 29 de Novembro de 2008
Publicada por make a smile à(s) 01:03 0 comentários