Tabaco mata mais 7,9 % do que o álcool
Conclusão do Estudo Comparativo dos Custos e Carga da Doença Atribuíveis ao Tabaco e ao Álcool
O estudo comparativo dos custos e carga de ambos os problemas de saúde pública conclui que 11, 7% das mortes em Portugal são atribuíveis ao tabaco, em comparação com 3,8% que têm como causa o consumo de álcool.
O “Estudo Comparativo dos Custos e Carga da Doença Atribuíveis ao Tabaco e ao Álcool”, realizado pelo Centro de Estudos Aplicados da Universidade Católica Portuguesa (CEA) e pelo Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência (CEMBE) da Faculdade de Medicina de Lisboa, teve como principal objectivo estimar comparativamente a carga e os custos da doença atribuíveis a ambas as adições, tomando como base os dados das estatísticas demográficas e de saúde disponíveis em Portugal para o ano de 2005.
As conclusões vêm demonstrar que o tabagismo é a principal causa de morte: apenas 3,8% das mortes em Portugal, 4.054 óbitos, são atribuíveis ao álcool, enquanto que 11,7% são atribuíveis ao tabagismo, 12.615 óbitos, num total de 107.839 mortes.
Ao estimar a carga global da doença, verifica-se que os anos de vida perdidos ajustados por incapacidade para as doenças atribuíveis ao tabagismo foram de 145.801, enquanto que para as doenças atribuíveis ao alcoolismo foram 41.257. Esta medida dá o valor dos anos de vida perdidos por morte e incapacidade (redução da Qualidade de Vida) atribuível a estas patologias.
No alcoolismo, as doenças do fígado (28,3%) e os acidentes de viação (26,2%), foram as maiores origens da carga da doença, ao passo que no caso do tabagismo, as doenças respiratórias (49,4%) e o cancro (26%) foram as principais.
De salientar ainda que, o total de 96,3 milhões de Euros para os custos com internamentos atribuíveis ao consumo de álcool é inferior aos 126,2 milhões de Euros estimados para os custos com internamento atribuíveis ao tabagismo. Para mais informações, consulte o site da iniciativa.
19 de Setembro de 2008
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