Ministério da Defesa britânico diz que afinal eles não andam aí
"Está alguém aí fora?" Provavelmente... não. Segundo um relatório confidencial do Ministério da Defesa britânico, afinal, parece que "eles não andam aí". O documento - mantido secreto há seis anos e agora divulgado pela primeira vez - conclui que não há provas da visita de extraterrestres ao Planeta Azul e reduz muitos objectos voadores não identificados (ovnis) a fenómenos naturais mais ou menos bizarros. Explicações que não convencem todos.
O estudo, intitulado "Fenómenos Aéreos Não Identificados no Reino Unido", iniciou-se em 1996. Mas foram precisos quatro anos para que os peritos de uma célula especial do Ministério da Defesa conseguissem analisar os mais de dez mil relatos de testemunhas - muitas delas militares. Em 2000, as conclusões sobre as observações de objectos voadores não identificados (ovnis) foram reunidas finalmente num documento com mais de 400 páginas e o dossier rotulado como "Secreto: Apenas para o Reino Unido". Até agora.
O documento veio a público graças a um requerimento de David Clarke, um investigador da Sheffield Hallam University, que obteve acesso ao relatório ao abrigo da lei que regula a liberdade de informação no Reino Unido.
"Não há provas que sugiram que os fenómenos observados são hostis ou estão sujeitos a qualquer tipo de controlo que não o das forças físicas naturais", lê-se no relatório confidencial, citado ontem pela BBC.
Para as milhares de pessoas que juram ter avistado estranhas luzes e formas no céu, o documento explica: "Há provas consideráveis que apoiam a tese de que os eventos são quase de certeza atribuíveis a fenómenos físicos, eléctricos e magnéticos, na atmosfera, mesosfera e ionosfera." O que acontece, diz o autor - cuja identidade permanece secreta -, é que eles parecem ter origem em condições "observadas com tão pouca frequência, que se tornam únicas para a maioria dos observadores."
E até para aqueles que contam ter vivido experiências estranhas, depois de um "encontro imediato" com um ovni, o relatório oferece uma explicação científica. "A aproximação a campos de plasma pode ter efeitos adversos sobre um veículo ou uma pessoa." Mais: a medicina prova que a exposição a este tipo de campos pode "gerar respostas no lóbulo temporal do cérebro humano", que fazem com que o observador faça uma "descrição, vívida mas incorrecta, do que experienciou".
Na lista de possíveis causas para a existência de ovnis estão ainda os aviões com luzes particularmente brilhantes, os balões meteorológicos ou mesmo estranhos bandos de pássaros. Explicações que, no entanto, estão longe de gerar consenso entre os que se dedicam ao estudo do fenómeno (ver texto ao lado).
Independentemente de se acreditar ou não nas conclusões do relatório, uma coisa é certa: o mistério que envolveu a sua elaboração e o manteve incógnito durante seis anos permanece por explicar.
"Porquê este secretismo? O relatório esclarece muitos rumores em torno dos ovnis e não há razão para não ter vindo a público mais cedo", estranha David Clarke, citado pelo The Guardian, estimando que a iniciativa do governo terá custado mais de 146 mil euros.
As dúvidas quanto à natureza confidencial do documento não parecem, no entanto, preocupar os responsáveis britânicos. Um porta-voz do ministério da Defesa negou que tenha existido qualquer intenção em esconder o relatório, até porque as conclusões são as mesmas que as de um outro documento - Flying Saucer Working Party -, produzido por um grupo de cientistas e militares em 1952 e já tornado público: "Não me parece que tenha ocorrido aos responsáveis que alguém poderia ter particular interesse nisto", afirmou. E, acrescenta, não estão previstos mais estudos sobre o assunto.
O estudo, intitulado "Fenómenos Aéreos Não Identificados no Reino Unido", iniciou-se em 1996. Mas foram precisos quatro anos para que os peritos de uma célula especial do Ministério da Defesa conseguissem analisar os mais de dez mil relatos de testemunhas - muitas delas militares. Em 2000, as conclusões sobre as observações de objectos voadores não identificados (ovnis) foram reunidas finalmente num documento com mais de 400 páginas e o dossier rotulado como "Secreto: Apenas para o Reino Unido". Até agora.
O documento veio a público graças a um requerimento de David Clarke, um investigador da Sheffield Hallam University, que obteve acesso ao relatório ao abrigo da lei que regula a liberdade de informação no Reino Unido.
"Não há provas que sugiram que os fenómenos observados são hostis ou estão sujeitos a qualquer tipo de controlo que não o das forças físicas naturais", lê-se no relatório confidencial, citado ontem pela BBC.
Para as milhares de pessoas que juram ter avistado estranhas luzes e formas no céu, o documento explica: "Há provas consideráveis que apoiam a tese de que os eventos são quase de certeza atribuíveis a fenómenos físicos, eléctricos e magnéticos, na atmosfera, mesosfera e ionosfera." O que acontece, diz o autor - cuja identidade permanece secreta -, é que eles parecem ter origem em condições "observadas com tão pouca frequência, que se tornam únicas para a maioria dos observadores."
E até para aqueles que contam ter vivido experiências estranhas, depois de um "encontro imediato" com um ovni, o relatório oferece uma explicação científica. "A aproximação a campos de plasma pode ter efeitos adversos sobre um veículo ou uma pessoa." Mais: a medicina prova que a exposição a este tipo de campos pode "gerar respostas no lóbulo temporal do cérebro humano", que fazem com que o observador faça uma "descrição, vívida mas incorrecta, do que experienciou".
Na lista de possíveis causas para a existência de ovnis estão ainda os aviões com luzes particularmente brilhantes, os balões meteorológicos ou mesmo estranhos bandos de pássaros. Explicações que, no entanto, estão longe de gerar consenso entre os que se dedicam ao estudo do fenómeno (ver texto ao lado).
Independentemente de se acreditar ou não nas conclusões do relatório, uma coisa é certa: o mistério que envolveu a sua elaboração e o manteve incógnito durante seis anos permanece por explicar.
"Porquê este secretismo? O relatório esclarece muitos rumores em torno dos ovnis e não há razão para não ter vindo a público mais cedo", estranha David Clarke, citado pelo The Guardian, estimando que a iniciativa do governo terá custado mais de 146 mil euros.
As dúvidas quanto à natureza confidencial do documento não parecem, no entanto, preocupar os responsáveis britânicos. Um porta-voz do ministério da Defesa negou que tenha existido qualquer intenção em esconder o relatório, até porque as conclusões são as mesmas que as de um outro documento - Flying Saucer Working Party -, produzido por um grupo de cientistas e militares em 1952 e já tornado público: "Não me parece que tenha ocorrido aos responsáveis que alguém poderia ter particular interesse nisto", afirmou. E, acrescenta, não estão previstos mais estudos sobre o assunto.
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